Cap. 11

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Quando acordei Jacob não estava mais lá, minha mãe disse que ele tinha ido embora cedo e pediu pra me agradecer pela gentileza

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Quando acordei Jacob não estava mais lá, minha mãe disse que ele tinha ido embora cedo e pediu pra me agradecer pela gentileza.
"Mal sabe ele que foi mais interesse do que gentileza."

(...)

Me sento nas arquibancadas e observo os garotos do time treinando, assim como as líderes de torcida em um canto mais afastado. Por incrível que pareça, não ví Jacob treinando junto com os outros, o que é extremamente estranho já que ele é o melhor amigo do capitão.
Olho as líderes de torcida e vejo mais uma coisa estranha, Normani não está com elas. E ela nunca, NUNCA falta aos treinos.

Pensei na possibilidade de encontrar os dois juntos, mas isso logo desapareceu da minha mente quando vi a negra de corpo deslumbrante andando em minha direção.

– Oi, Leylla! – fala gentil enquanto se aproxima.

– Normani, oi! – respondo simples, sorrindo.

– Como você está? Vi que você foi pegar seus horários na diretoria ontem, mas eu estava tão ocupada que não pude falar com você. – se senta ao meu lado.

Sei que ela está sendo sincera e gentil, mas ela normalmente não vem diretamente até mim para conversar – muito menos quando ela deveria estar treinando junto com as outras.

– Estou bem. Percebi que estava ouvindo alguns sermões ontem, briga?

– Não, só uma pequena discussão com uma loira de farmácia novata. – fala com desgosto e eu rio baixo.

– Então, o que vai me pedir? Sei que não saiu do seu horário de treino atoa.

– Ah, sim. – ri, concordando comigo – Queria saber se pode fazer um favor pra mim.

– Depende.

– Soube que é irmã de Harry Liam.

– Meia-irmã. – a corrigo e ela dá de ombros.

– Dá no mesmo. Enfim... – tira uma carta do bolso e me mostra – Queria saber se pode entregar isso a ele...? – pergunta envergonhada.

– Hum, cartinhas de amor, é? – brico e a vejo corar.

– Eu soube que a mãe dele é um pouco exigente, e eu já tenho problemas demais pra ir casa dele.

– Eu só não entendo, porque carta? Ninguém se comunica mais por cartas, hoje em dia. Não seria mais fácil mandar uma mensagem?

– Seria, mas resolvi mandar uma carta. Minha avó me disse uma vez, que precisamos fazer coisas inesperadas as vezes.

O que ela disse foi apenas um comentário, mas isso despertou meu interesse e eu fiquei completamente confusa com sua última frase.

– Me explica? – pedi e ela sorriu me olhando meiga; como se eu fosse a irmã mais nova que ela nunca teve.

– Se queremos despertar o interesse de alguém, mesmo que essa pessoa já esteja interessada em você, precisamos ser imprevisíveis. No bom sentido. – acrescentou – E encontrar uma forma de mostrar que você presta atenção naquela pessoa, que você observou que ela gosta de determinadas coisas e que você quer conhecer ela de verdade.

– Isso é previsível no início de qualquer relacionamento.

– Mas não no meio dele. – me corrige – É por isso que existem tantas pessoas terminando e se divorciando. Depois que conseguem o que querem, elas perdem o interesse e param de se preocupar em fazer a outra pessoa feliz.

Sinto as mãos de Normani segurarem as minhas e vejo a sinceridade em seus olhos – tudo o que ela falou é verdade.
Foi exatamente isso que aconteceu com meus pais, e foi exatamente isso que aconteceu comigo e Alex.

– Se você quer aquela pessoa pra você, demostre; e faça isso da forma mais surpreende possível. – sorri, apertando minhas mãos de leve.

Eu queria dizer alguma coisa, mas era como se ela soubesse exatamente tudo sobre a minha vida.

Todas as vezes que algum garoto confessou que gostava de mim, todas as vezes que algum deles tentou se aproximar, a única coisa que fiz foi me afastar mais. E tudo isso por que? Por medo.
Medo de fazer algo errado e acabar machucando ele, medo de não ser suficiente e ele procurar outra, medo de tudo ser só uma brincadeira e as intenções dele serem diferentes do que eu esperava, de me machucar, de me arrepender, de... Tentar.
Tentar ser eu mesma, tentar fazer as coisas darem certo, tentar dar certo com alguém e me permitir amar e ser amada.

Só que com o amor vem a dor. Não importa quantas vezes eu acerte, ou o quanto eu me dedique e me entregue. Eu sempre me machuco.
Então... Será que eu estou disposta a amar mais uma vez? E será que existe alguém disposto a me amar de verdade?

O Badboy da JanelaOnde histórias criam vida. Descubra agora