Cap. 25

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- Tem certeza que vai ficar bem sozinha, meu amor? - me olha triste assim que nos afastamos do abraço

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- Tem certeza que vai ficar bem sozinha, meu amor? - me olha triste assim que nos afastamos do abraço.

- Tenho, mãe. - a abraço novamente.

Nos afastamos quando escutamos a última chamava pra o vôo dela, ela me deu um beijo na bochecha e foi.
Primeiro o meu pai, agora a minha mãe. E aqui estou eu, completamente sozinha dessa vez!

Volto para o carro, onde Jacob me esperava mechendo no celular sorridente.
"Talvez não tão sozinha, né?'

- Ela já foi? - me olha, quando entro no carro e me sento no banco a seu lado.

- Já. - fecho a porta e ele dá partida no carro.

(...)

Passamos alguns minutos em silêncio, o aeroporto é um pouco longe de onde moramos, então a viagem é consideravelmente longa.
Eu ainda não acredito que minha mãe foi morar na França, é como se não entrasse na minha mente.

- Por que não foi com ela? - Jacob pergunta, me tirando do meu transe.

- Não sei, acho que eu só não queria ir embora. Deixar tudo pra trás.

- Tudo? Tudo, tipo o que?

- Minha irmã, minha casa, a escola, a cidade... São coisas que durante a minha vida toda eu não dei muito valor, mas só de pensar em perder, fico horrorizada.

- Ah, mas a França é um lugar legal. Teria uma casa nova, escola nova, faria amigos novos... Seria uma vida nova!

Eu estava prestes a fazer uma pequena brincadeira com ele, quando vi o celular dele vibrar e a tela acender, mostrando uma notificação.
Mensagem da Claire, dizendo:

"ok, achei um pouco cedo, mas assim podemos ver o pôr do sol juntos🥰"
"acho que vou vestir algo justo e decotado, o que acha?"

Agora entendi o motivo do sorriso no carro.

- Bom, não se preocupe. Se acha que vou ficar te pedindo favores e atrapalhando os seus encontros, pode ficar tranquilo porque isso não vai acontecer. - saio do carro assim que ele para o mesmo em frente ao meu prédio.

Idiota, idiota, idiota!
Talvez eu não tenha contado, mas eu e Jacob passamos um bom tempo juntos na semana passada. E com "um bom tempo juntos", eu quero dizer: "damos alguns amassos".

- Espera, como assim? - sai do carro, correndo até mim, que já estava dentro do prédio - Leylla, o que deu em você?

- O que deu em mim? Sério? E aquela história de "gosto de você"? - fiz aspas com os dedos - Ou aquela de "a Claire nunca vai ser tão linda quanto você"? Sério, Jacob, para! - entro no elevador e aperto o botão do meu andar.

- Eu só vou conversar com ela.

- Ah, claro! "Algo justo e decotado", certo?

Ele iria responder alguma coisa, mas para o seu azar, a porta do elevador se fechou e eu me permiti escorregar pela parede do elevador e deixar as lágrimas escorrerem.
Eu não mereço isso. Essa coisa de divórcio, passado da Jéssica, mudança da minha mãe... Eu não mereço! Eu não sei como lidar com isso! Eu só queria alguém pra abraçar, alguém que não fizesse tantas perguntas, que não ficasse me olhando e perguntando: "você tá bem?"
Não! Eu não tô bem. E ninguém se importa com isso.

O Badboy da JanelaOnde histórias criam vida. Descubra agora