Os 10%

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Yeonjun estava sentado em uma das cadeiras da sala de reunião, enquanto esperava seu tio trazer o tal assistente.

Após aquele dia, o Choi pensou bastante sobre seus atos e admitiu de certa forma que precisava parar com as saídas para boates. Yeonjun ficou um pouco animado com a ideia de ter alguém 24h com ele, talvez essa pessoa pudesse virar seu amigo, certo?

Errado.

Não era qualquer pessoa que estaria ocupando tal cargo, era...

Prazer Sr. Choi. Sou Choi Soobin. Ao seu dispor.

Yeonjun se surpreendeu um pouco pela aparência do homem. Ele usava um terno azul marinho e tinha uma postura impecável, sem contar sua altura que era absurda. Soobin é extremamente lindo dos pés a cabeça e isso deixa Yeonjun um pouco chocado. Além de todos esses detalhes, Soobin aparentava ter a mesma idade que ele, ou talvez menos.

— É um prazer conhecê-lo, Soobin — Yeonjun diz.

— Já que estão apresentados, Soobin, preciso que assine esses documentos de confidencialidade.

Yeonjun queria rir, aquilo se assimilava à Henry e Alex de Vermelho, Branco e Sangue azul. Mas Yeonjun não era o príncipe da Inglaterra, provavelmente Soobin poderia ser, já que tinha toda aquela postura de príncipe.

— Seus pertences serão levados ao apartamento de Yeonjun, você sabe do que precisa ficar responsável. Cuide da agenda dele também, está uma loucura — Yeonsan diz.

— Certamente, Sr. Park — Soobin responde.

Yeonjun notava o profissionalismo ecoando de cada pequena frase que Soobin dizia. Ele era um cara extremamente sério e isso o deixava muito sexy.

— Bem, Yeonjun não tem nada a fazer pela tarde, somente coisas dele, então deve acompanhá-lo. Você tem 3 horas de folga dele todos os dias. É o único momento que Yeonjun fica focado 100% em produzir sua nova música e não sai pra bandular — O Park diz.

— Ok.

Yeonsan sai da sala e Yeonjun faz o mesmo. Ele precisava comer alguma coisa que calórica. Iria sair pela porta da frente da empresa se não tivesse ouvido a voz almofadada e grave de Soobin.

— Sugiro que o senhor saía pela passagem dos artistas — O Choi diz.

Yeonjun acaba revirando um pouco os olhos.

— Eu ainda sou gente como eles, Soobin. Não ligo se vir um monte de gente querendo tirar foto, eu realmente não ligo — A resposta de Yeonjun fora tão direta que Soobin se empertigou surpreso. Era raro encontrar artistas assim, a maioria deles gostava de evitar grandes multidões e era rude com alguns fãs.

Yeonjun desceu os primeiros degraus e foi caminhando pela calçada até encontrar seu Jeep vermelho estacionado, mas havia algo de diferente nele e isso fez o corpo de Yeonjun suar.

— Filhos da puta... — Resmungou.

Seu carro estava pinchado com dizeres "Gayzinho de merda".

Quando Yeonjun debutou, a única coisa que Yeonsan pediu para o garoto esconder era a sua sexualidade, o Choi tentou fazer a cabeça do tio, mas nada. Então ninguém sabia da sua sexualidade, mas coisas assim apareciam em suas redes sociais frequentemente.

Yeonjun abriu a porta do carro e entrou, Soobin deu a volta e fez o mesmo.

— Por favor, se possível, ligue para o Gilbert, ele vai saber dar um jeito no carro – Yeonjun pede com a voz calma.

Soobin já havia lidado com muitos cantores, atores e outros profissionais, e podia admitir que Yeonjun era diferente de todos eles.

— Certo – Soobin respondeu e tratou de pegar seu celular, que já tinha a maioria dos números da lista de Yeonjun, e ligar para o tal Gilbert.

Yeonjun dirigiu com calma, mesmo que estivesse tomado pela raiva. Quando o sinal vermelho sinalizou que deveria parar, Yeonjun deixou que uma lágrima escorrer pelos seus olhos.

Ele sentia falta de seus pais, sentia falta de seu melhor amigo Beomgyu e sentia falta da época que as pessoas não se preocupavam tanto com a sexualidade dele como agora.

Yeonjun só queria abraçar sua mãe e chorar no colo dela como uma criança, não importava mesmo, ele sempre seria a criança de sua mãe de uma forma ou de outra.

— Sr. Choi? Algum problema? — Soobin perguntou.

Ele sabia que aquilo era mais um passo para o lado pessoal do cantor, sabia aonde estava se metendo de novo.

— Sim, você tá me chamando de senhor.

— É o mais pessoal que posso ser – Soobin retruca.

— Por favor, apenas Yeonjun e caso eu seja mais velho pode chamar de hyung. Odeio que me chamem de "senhor" me sinto velho.

— Ok, hyung — Soobin responde, sentindo o gosto do problema vir em sua boca.

— Você é quietinho assim mesmo ou é muito profissionalismo envolvido?

— As duas coisas — Soobin responde.

Sempre com respostas curtas, gostei... – Yeonjun pensa.

— Posso te chamar de Soobin? Ou Soo? Binie? — Yeonjun tenta.

— Você pode me chamar do que quiser — Novamente, uma resposta rápida. — Até se quiser me xingar.

— Então xingar tá liberado perto de você? Que bom, sou bem boca suja.

— Ninguém percebeu... — Soobin da espaço para o deboche.

— VOCÊ TA DEBOCHANDO DE MIM? — Yeonjun exclama rindo. — Vou ter que diminuir seu salário por isso.

— Não é como se ele fosse grande, de qualquer forma — Soobin não pensou muito quando respondeu.

Yeonjun ficou em um silêncio desconfortável. Quanto ganhavam as pessoas que cuidavam dele? O valor que elas recebia era o merecido? Yeonjun então se silênciou e ficou o resto do caminho pensando sobre. Parou de frente à cafeteria e pediu Soobin para lhe trazer um Americano e alguns donuts para ele e que ele pudesse comprar algo pra si.

— Tio, eu tenho uma proposta... — Yeonjun disse ao telefone.

Estou ouvindo — Yeonsan responde.

— Eu paro de ir em festas se Soobin e os outros funcionários responsáveis por mim receberem 10% do meu lucro como aumento de salário.

Yeonsan só podia estar ficando velho e biruta. Yeonjun estava mesmo dizendo aquilo?

Mas isso só te deixaria com 15%...

— Não ligo — Yeonjun retruca.

Certo. Farei isso.

Yeonjun desligou a chamada e esperou por Soobin. Olhou-o atravessar o estacionamento totalmente sério, nada de diferente.

O que Choi Soobin esconde por trás de toda essa máscara de profissionalismo?

Oi gente! Fanfic nova! Gostaram? KKKKK

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