Talking to the moon

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Fiz uma pequena enquete no insta  para ver quem queria capítulo extra e a maioria vou que sim!!!! Ebaaaa então vamos de capítulo extra 🥳🥳🥳 comentem por favor o que estão achando, amo os comentários e me ajuda a melhorar a fic 🥰

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Um assalto. Um assalto foi responsável por deixar Landon entre a vida e a morte. Quando cheguei a Cambridge Liz me contou tudo que aconteceu. Landon havia consegui um novo trabalho em uma gravadora de grande nome na cidade em Boston. Ontem era seu último dia no café, seus colegas de trabalho prepararam uma despedida simples para ele depois do expediente. Tudo estava indo bem até três homens encapuzado adentrarem o estabelecimento e ameaçaram atirar em uma das funcionárias que estava gestante. Obviamente Landon nunca permitiria que nenhuma daquelas pessoas se ferissem, por isso entrou na frente daquela garota, os assaltantes além de roubarem tudo que tinha na loja, não satisfeito, dispararam quatro tiros contra o Landon. Três deles atingiram ele, no abdômen, no ombro e um de raspão no pescoço. Ele perdeu muito sangue até ser socorrido e por um milagre divino ele aguentou até chegar no hospital depois disso ele perdeu totalmente a consciência.

- O estado dele ainda é grave, e estamos monitorando as próximas 24 horas dele, essas horas são decisivas para que possamos saber sua evolução e recuperação. – Diz o Dr. Williams.

- Eu posso vê-lo? – Pergunto depois da explicação do doutor.

- Normalmente eu não liberaria, mas posso abrir uma exceção de 10 minutos para você, Hope. – Ele sorri complacente comigo.

Dr. Williams foi meu professor em um dos semestres que eu cursei aqui em Cambridge.

- Muito obrigada, Dr. Williams.

- Por nada, venha comigo. Vou te preparar para entrar na Unidade de Tratamento Intensivo.

Assenti para ele enquanto o seguia olhando uma última vez para Liz que assentiu me encorajando a continuar. Seguimos pelo corredor até uma sala preparatória equipada com aventais e máscaras descartáveis. Após esterilizar minhas mãos e me preparar o Dr. Williams me liberou para entrar no quarto 207.

Apesar de estar me preparando para ser médica, ter cuidado de pacientes na UTI, eu não estava nada preparada para encontrá-lo aqui. Landon estava bem pálido pela perca de sangue, estava mais magro também.

Caminho devagar até sua cama hospitalar, pego sua mão imóvel e seguro entre as minhas e acaricio de leve. Vê-lo dessa forma me destruiu, não lembrava em nada do homem cheio de vida que respirava música, mas ainda era o homem que tinha o meu coração em suas mãos.

Hey! – Falo baixinho chegando próximo de seu ouvido e depositando um beijo em sua bochecha. – Sou eu, a Hope. – Acaricio seu cabelo. – Eu vim te ver. - Tento sorri, mas minhas lágrimas me traem. - Eu ainda estou brava com você. – Tento soar brava, mas minha voz não passa de um sussurro. - Por favor acorde logo, preciso brigar pessoalmente com você. – Tirei um dos seus cachos bagunçado em sua testa. - Estou com saudades. – Beijo sua testa.

Neste momento seus batimentos cardíacos subiram para logo em seguida caírem de vez, ele estava tendo uma parada. Não tive tempo nem de raciocinar, pois fui colocada para fora do quarto por uma enfermeira enquanto a equipe médica o atendia. Esse momento foi ainda pior que receber a notícia que ele estava no hospital. Aqui eu senti o medo real de perdê-lo. Eu vi seu coração parar. E tudo que eu pode fazer foi olhar pelo vidro da sala todo o procedimento que a equipe fez para trazê-lo de volta e pedir a tudo que era mais sagrado para devolvê-lo para mim.

Chorei ainda mais quando vi a máquina que estava conectada em seu peito marcar novamente seus batimentos, ele não havia desistido, ainda estava lutando. Agradeci ao universo por isso.

- Ele teve uma parada, mas conseguimos estabilizá-lo. – Diz o Dr. Williams. – Vamos observá-lo de perto, como disse as próximas horas serão decisivas para ele. – Eu assenti limpando as lagrimas do rosto sem tirar os olhos do vidro da sala. – Agora vá para casa e descanse um pouco, ligarei se algo mudar.

- Obrigada, Dr. Williams.

Ele balançou a cabeça e me acompanhou até a recepção onde a Liz me esperava.

- I aí? – Liz tenta esconder sua preocupação.

- Ele teve uma parada cardíaca, Liz. Bem na minha frente. – Ela me abraça bem forte.

- Tenho certeza de que ele está lutando, Hope. Ele não vai desistir tão fácil. Vocês têm muito o que viverem juntos ainda. Esculta o que eu estou falando. – Ela me solta do seu abraço e me encara. – Me ouviu? – Assenti para ela e que sorriu fraco para mim. – Vem, vamos comer algo, você precisa se alimentar.

🌻🌻🌻

- Tem certeza?

- Tenho Liz, pode ir descansar, você passou a noite aqui. Minha vez, além do mais. Eu não conseguiria dormir mesmo, não enquanto não completar as malditas 24 horas.

Muitas vezes eu era quem dava as noticias as famílias dos pacientes, e odiava não ter noticias para dar, ou pedir que esperassem com 24 a 48 horas. Agora sendo alguém que precisa aguardar por noticias odeio mais ainda.

- Quero estar aqui para ter noticias dele quando o prazo acabar.

- Promete que me liga qualquer coisa?

- Eu prometo, Liz.

Ela assente me dando um abraço e seguindo até nossa casa aqui. Me senti tão vazia enquanto andava pelos corredores do hospital para passar o tempo, faltavam algumas horas para completar o prazo e eu precisava saber que passaríamos para o próximo estagio da sua recuperação. Por fim me cansei de andar e voltei para a sala de espera, já era tarde da noite. Me sentei na cadeira mais isolada da sala, encostei minha cabeça na parede e fechei os olhos.

- É Hope, não é? - Diz um rapaz moreno alto me assustando. - Você é a Hope, namorada do Landon. - Diz ele com um leve sorriso no rosto.

- Sim, sou eu. - Digo me endireitando na cadeira.

- Sou o Rafael Waithe, enfermeiro do Landon na UTI. Também estudei em Harvard, e aquele cara me ajudou muito com a teoria maluca de musica.

- É eu passei pela teoria dele também. - Sorri lembrando das vezes que estudávamos juntos.

- Bom, eu devo uma a ele. Então como sou o enfermeiro da noite, digamos que consigo te colocar no quarto dele essa noite.

- Você faria isso? - Digo me levantando da cadeira de pressa.

- Claro! Por causa dele estou aqui hoje. É o mínimo que posso fazer, além disso acredito muito que os paciente responde melhor tento família por perto. - Assenti. - Vem comigo, você pode ficar lá até meu plantão acabar as 7 horas, depois já começa o horário de visitas então você ganha mais 1 hora. - Ele sorriu e piscou pra mim antes de começar a andar até a UTI e eu o segui.

Depois de me paramentar o Rafael me liberou para entrar e eu não tinha palavras para agradecer a ele por me deixar ficar. Caminhei até a cama de Landon e acariciei seu rosto, tão feliz por ele ainda estar aqui.

- Oi. - Me abaixei e sussurrei em seu ouvido. - Você me assustou mais cedo. - Comecei a fazer um carinho em seus cachinhos. - Não me assusta mais assim. Por favor. Vamos fazer um trato, você luta dai e eu prometo não sair do seu lado até tudo ficar bem, depois podemos brigar. - Sorri encostando minha cabeça na dele. - E se acertar, eu nunca mais vou sair do seu lado, Landon. Não importa o quanto você tente me afastar.

Rafael conseguiu me trazer uma cadeira e eu passei a noite ali, sentada ao lado dele. Contando as batidas do seu coração, para ter a certeza que tudo estava indo bem, e no fim da madrugada o médico me deu a noticia que eu tanto esperava, Landon passou pelo estado critico e estava caminhando para um quadro estável.

Um grande aperto deixou meu peito e finalmente pude respirar, ele vai sair dessa. Tenho plena certeza disso!

"Ainda tentando chegar até você
Na esperança de que você esteja do outro lado
Conversando comigo também
Ou eu sou um tolo que fica sentado sozinho
Conversando com a Lua?"

  Bruno Mars

Minha vida com vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora