Capítulo 43.

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Não esmurrar a parede foi um dos principais e mais úteis conselhos que o meu psicólogo me deu, eu tinha onze anos ele era alto tinha um bigode bonito e sempre me dava balinhas de diversos sabores quando saia, lembro da sua aliança quando ele se despedia e como ele parecia um daqueles personagens infantis do tipo Topa do Junior express, eu não gostava muito dele apesar disso tudo, ele me tratava como criança e naquela epoca nem mesmo eu me tratava como criança, e não deu muito certo já que parei de fazer terapia nessa época, quando estava chapada de mais para formular uma única frase.

           Mas de toda forma os conselhos foram úteis para minha vida e eu os seguia até hoje, ele me disse os perigos de descontar minha raiva e como eu poderia me machucar ou aos outros e ele tinha razão como sempre, eu havia quebrado a mão e sim agora ela estava engessada sem basquete ou moto por semanas se não meses, não que eu fosse obedecer de verdade, mas mesmo assim doia de verdade, o gesso estava assinado já, com o nome de North ja que ele não conseguio se conter.

- Tá pronta?. - Pergunta simpaticamente com um sorriso encorajador.

- Vamos acabar logo com isso.

- É assim que se fala - Ele passa a mão nos meus cabelos carinhosamente, e para o carro na frente da minha casa
- Certeza que não quer que eu desça com você?.

 - Preciso resolver isso sozinha - Digo apertando sua mão de leve -  Volto em alguns minutos.

- Ok, qualquer me grita.

- Certo.

  North ofereceu gentilmente seu quarto de hospedes ate as coisas acalmaram ou melhor ate eu me acalmar, e eu aceitei na hora agora vinha a pior parte, a parte  de fugir de casa deixando toda minha família ciente.

 Quando meu pé tocou a calçada de longe vi o carro esportivo de Tim e o conversível de Gen e lado deles uma camionete preta maior do que a do North, caminhei ate a porta desconfiada e entrei de uma vez já de longe pode ouvir os gritos:

     
- Não pode aparecer do nada e falar com ela - Minha mãe diz aos berros - Ainda mais depois de dezesseis anos.

  - O que eu deveria fazer? Ficar parado enquanto afasta mais e mais minha filha? foram dezesseis anos Jane, me fizeram perder dezesseis anos da vida dela, e eu não corri atrás pôr que eu fui um covarde mas quer saber? não mais, agora eu tenho recursos para isso... sei o quê aconteceu com ela.

- Não venha me falar do passado da Zoe ela está bem graças a mim e a Jane você anos apareceu e um pai de verdade apareceria, ela não é sua filha - Tim interfere gritando também  - Você a deixou para eu criar e eu fiz.

 - Fez Tim? Tem certeza disso? Pelo que eu descobri dela...

- O quê? - Entro na sala os três me encaram surpresos - O que descobrio sobre mim?.

  - Zoe eu não sabia que estava aqui - Diz me encarando com uma expressão assustada e surpresa.

 - Eu não estava cheguei agora.

  - O que aconteceu com sua mão? - Minha mãe corre ate mim, eu me afasto dela instintivamente.

- North me levou no medico eu estou bem, termina Shaw o que descobrio de mim?.

  - Olha Zoe...

  - Nem um de vocês estão certos, mentiram para mim a vida toda e Tim não me criou fingio isso e você seja la quem for me abandonou.

- Eu posso explicar.

- Não pode - Minha mãe intervem O encarando com um olhar assustador que eu nunca vi.

   - Não pode decidir por mim, mas eu também não quero saber agora pelo menos - Respondo com calma - Vou ficar algumas semanas na casa do North.

    - Zoe, não  faz isso. - Tim diz baixinho pela primeira vez ele parecia arrependido, mas isso não bastou, toda meu perdão foi direcionado a uma única pessoa e eu estava esgotada já de perdoar.

Eu escolho aquela garotaOnde histórias criam vida. Descubra agora