Eu escolho aquela garota

Capítulo 57

- Por quê em todo filme clichê o adolescente rebelde desacreditado não pode acreditar que tem salvação no amor? - Star pergunta observando a tela grande da sua TV enquanto passa algum filme estúpido da Disney Channel, uma pergunta que resumia bem nossa relação, mas pela parte dela em seu amor romântico com South e menos da minha parte no meu amor fraternal com Brazil, dou de ombros como se a pergunta fosse idiota e sem sentido.

       - Acho que o amor é difícil de se acreditar. - Respondo rasamente.

  - Do que esta falando? Eu te amo você me ama isso é difícil?.

     - Na verdade e sim, olha eu te amo de um jeito que eu faria de tudo por você é não precisaria nem pedir duas vezes, por exemplo se me pedisse para assassinar alguém eu faria sem pensar duas vezes.

   - Credo Zoe. - Ela diz se afastando de mim um pouco para se sentar melhor do meu lado.

     - Eu iria contra minha moral por você, isso que quero dizer não que eu mataria alguém,por via das duvidas não me pessa isso enfim estamos propensos a não pensar com a cabeça quando se envolve amor, e quando adolescentes rebeldes se apaixonam eles fazem mais merda que o comum por quê acham que isso é o amor, então eles não acreditam que o amor possa trazer algo bom, além da submissão ao amado e assassinatos históricos.

  - Você leu isso em algum lugar, ne?.

Não eu não tinha lido isso em lugar nenhuma eu não lia quando não era obrigada por Joseph ou algum outro professor e ela sabia disso, mesmo assim neguei com a cabeça e mudei de assunto antes que isso se tornasse um problema.

 - Falando nisso a apresentação final de Carrie e no começo das aulas, como vai viajar para Londres tem que me ligar todos os dias para terminarmos o trabalho.

- So para isso?. - Pergunta sugestiva se aproximando de mim novamente com um sorriso travesso, dou outro sorriso para ela igual.

  - Claro, só quero seu cérebro gatinha.

 - Boba - Me dá um tapa de leve no braço e apoia a cabeça no meu ombro -  Vai ficar bem sem mim todo esse tempo?.

  - Não, mas vou tentar sobreviver da melhor forma possível.

 - E seus pais?.

- O quê tem eles?.

- Você sabe.

  - Gen disse a minha mãe que estou bem, que estou na casa de um amigo para ela não me perturbar para não piorar mais, não que ela vá me ligar para perguntar se estou bem depois do lance com Tim.

Ela não iria, pôr mais que eu quisesse que me perguntasse com preocupações de mãe infelizmente ela não faria, isso era um pouco assustador de não ter da mãe mas eu tentava não pensar muito no assunto para não me aborrecer.

 - Isso pode prejudiar seu caso Zoe, conta a verdade para ela.

  - Eu sei - Respiro fundo e beijo o topo da sua cabeça - Pelo menos aquela parte Frey é legal, meus irmãos são legais, gostam de mim ou melhor Dianna, o outro só fica enfiado no quarto afinando a guitarra ao som de bandas de Metal.

 - Trágico para quem odeia metal.

- Eu tento não surtar, mas enfim preciso descer Tom esta me esperando para o jogo contra os Lakers.

- Ah não, você fica aqui.

Ela agarra minha camiseta e me puxa para um beijo acalorado, enfiando a mão pôr trás do meu cabelo é me prendendo em seus lábios macios, toco seu rosto fechando os olhos e aproveitando meus momentos com Star antes dela viajar, por que por mais que houvesse certo tom de brincadeira na parte do " Você vai ficar bem sem mim?" e " vou tentar sobreviver", era horrível me imaginar três meses longe de um dos meus portos seguros, longe das nnossas brigas intermináveis sem motivos ou do sexo que envolvia mais que toques íntimos, eu não gostava da ideia de ter Star a seis mil kilometros de mim.