O conversível vermelho acelerou pela estrada praticamente deserta, as arvores fechavam tudo ao nosso redor sabia que se virássemos um pouco a esquerda entraríamos em um belo bosque que alguns anos atrás era algo incrivelmente bonito e harmônico ate jovens drogados e sem tetos encontrá-lo e fazer dali um lugar imundo lotado de barracas, embalagens de comidas e injeções com heroína, era longe de mais do bairro nobre da cidade e perto de mais da cidade, sinto calafrio apenas de imaginar as pessoas de la, eu as conhecia muito bem e elas também me conheciam, sempre foi uma obra de mão dupla, e infelizmente nunca chegamos ao fim do impasse, pelo menos com um deles, estremeço de novo me encolhendo no banco de couro branco com o vislumbre de lembranças.
O carro da Star era basicamente como da minha irmã, claro que um modelo superior, os dois tinham ate o mesma fragrância um cheiro enjoativo de morango com baunilha, dês que minha irmã descobri-o que ser irmã mais velha significa dar caronas e me buscar nos jogos eu sinto o maldito cheiro que sempre me remete a Star, e como provavelmente esse mesmo cheiro é do seu hidratante... Star leva a mão ao botão que sobe a capota do carro, provavelmente interpretando meu espasmo de lembranças ruins como frio e não arrependimento.
E eu aceitaria ficar nesse clima silencioso e constrangedor com ela no carro ate passarmos pelos grandes pinheiros e terrenos limpos para futura expansão da cidade, mas ela não compartilhou dos mesmos pensamentos.
- Então Nora me disse o qual relutante esta em fazer o trabalho comigo. - Claro que ela não comentou nossa pequena conversa antes do aviso que recebi.
- Fala como se eu estivesse com medo de você. - Digo por fim.
- E não esta?. - Ela sorri de lado, o sorriso sedutor que ela sempre usava e seu tom de voz complementava sua expressão.
- Por quê eu estaria?. - Rebato.
- Esta indo na casa do inimigo.
- Em algum salmo diz sobre fazer uma mesa na frente do inimigo e comer com ele.
- Se ele não te comer antes.
Não sei o que foi, se foi o estresse, o cansaço físico o jeito que ela falou, mas meu rosto fica vermelho tento evitar ou esconder as bochechas ruborizadas mas ela ja viu e sorri para si mesma viro para janela do carro enquanto suas risadas param aos poucos.
- Acho tão fofo quando esta vermelha talvez por isso adoro te fazer corar.
Pigarreio sem ter uma resposta espertinha para debater, esse era o grande problema as vezes eu preferia a Star que me ignorava por completo do que a Star que sempre teve poder sobre mim, qualquer palavra dita com um sequer duplo sentido ou entre sussurros me deixava vermelha, e ela sempre fazia isso, como se brincar com minha vergonha fosse um passatempo para ela o que provavelmente era.
- Uma trégua? - Pergunta, volto meus olhos para ela novamente.
- Como?.
- Um trégua - Repeti pacientemente - Nem seu time nem a minha equipe se matam enquanto estivermos no projeto de literatura.
- Não posso falar por todas...
- Mas pode falar com todas, qual é Zoe sabe que essa briga e inútil.
- Vocês começaram. - Resmungo seguindo o protocolo do time, tecnicamente foi um começo de ambas as partes
- Quando não quiseram nossa presença na temporada.
- Foi uma opção e foi o pedido para um jogo...
- Pediram por isso.
- Não vou argumentar sobre esse assunto fora da escola nem deveria nos preocupar.
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Eu escolho aquela garota
RomansaZoe o astro de basquete da escola nunca se deu nada bem com a garota mais desejável e querida da escola Star, uma animadora de torcida e melhor amiga da irmã. Depois de um mal entendido entre Zoe e o professor de literatura ambas se vem obrigadas a...