bucky barnes :: two

607 58 1
                                    

Aquilo já estava fora de controle, faziam mais de 40 minutos que estávamos dentro do batalhão e não avistamos ninguém.

Eu já estava pocesso! Alguma coisa não me cheirava bem, e naquele momento sabia que essa coisa estava bem em baixo do meu nariz.

No momento em que eu e três soldados invadimos mais uma sala sem sucesso, ouvimos uma sirene tocar na sala de comandos e sinais. Corremos até a sala mas nada indicava movimentos.

─ Ali, James! O banker! ─ O soldado atrás de mim falou quando olhamos para a tele que indicava movimentação nos antigos bankers, que hoje eram usados como um local para guardar armas.

Corremos até o subsolo do quartel, eram metros de escadas que nos levavam até os túneis de uma antiga estrada de fuga que já habitou ali.

Quando chegamos em frente a grande porta de ferro, vi alguns soldados passarem na frente e metralhar a mesma, o que resolveu, a porta estava aberta. Mas infelizmente minha visão parou nela.

Amarrada numa cadeira e somente de roupa íntima, S/N estava encapuzada jogada no chão frio. Havia somente uma luz em cima dela, iluminava um pequeno círculo ao redor de seu corpo.

Alguns soldados se atreveram a ir na frente, eu os parei, não sabia o que podia estar ali, qualquer movimento em falso e eu poderia perdê-la.

Uma luz acessa por um companheiro mostrou a sala totalmente vazia, sem ninguém, só ela e alguns rastros de sangue. Corri até seu corpo e o levantei do chão, quando tirei a touca de seu rosto levei um susto.

─ Michelle? ─ Perguntei vendo a garota com um pano ao redor da boca que logo o tirei.

─ Eles estão saindo com ela, James! No tanque, pela latetal! ─ A mulher falou com dificuldade buscando ar em seus pulmões.

Meu coração apertou, ele estava fugindo com ela, isso foi uma armação e se eu não agir rápido vou a perder de vez.

─ Esquadrão 1! Tirem a senhorita Michelle dessa situação, arrumem roupas a ela e levem para a entrada do quartel junto dos outros. O resto... venham comigo!

Sai correndo em frente sendo seguido pelo resto dos homens que estavam ali, quando passei pelo portão do batalhão vi os rostos dos pais de S/N esperançosos.

─ Cadê ela, Barnes? ─ Evitei falar com Senhor Smith e busquei o tanque com meus olhos por todo arredor. ─ CADÊ ELA?!

─ AGORA NÃO, MERDA! ─ Gritei quando vi o caminhão da reserva sair do meio das árvores ao lado do batalhão.

Todos os outros também viram e correram junto comigo, quando já estava mais perto do veículo, deixei 3 tiros em cada pneu o forçando a parar.

Logo o caminhão parou, e lá estava ela, amarrada com as mãos para trás, sua maquiagem borrada deixava nítido seu choro a todo momento.

─ Oh, meu deus, filha! ─ Escutei a mãe de S/N gritar ao ver a garota naquele estado.

─ Cala a boca ou atiro nela! ─ Marshall disse enquanto arrastava ela para o meio da pista, botou S/N de joelhos em sua frente e apontou uma arma em sua cabeça.

─ Você não quer fazer isso, cara... ─ Falei com toda calma possível.

─ Jura? Eu não acho isso! ─ Meu corpo trancou quando escutei a arma ser engatilhada no mesmo lugar. ─ Ela me tirou tudo! Vocês me tiraram!

Comecei a fingir uma concordância prestando atenção em sua fala enquanto me aproximava pouco a pouco dos dois.

─ Eu era o sargento no seu lugar, James! Foi a minha bunda chutaram pra você poder entrar no quartel sem motivo nenhum! Só por ser o namoradinho da filha do Soldado Merdinha Smith. ─ O homem riu e passou a mão em seu rosto.

─ Eu não sabia, Marshall! Nunca quis roubar o lugar de ninguém ali!

─ Mas roubou! Roubou também a garota que amei durante 19 anos! A gente cresceu juntos, eu a pedi em casamento! NÓS IRÍAMOS SER FELIZES JUNTOS!

─ Eu nunca aceitei seu pedido, Marshall... ─ S/N disse baixinho enquanto chorava.

─ Cala sua boca, vadia vendida! ─ Meu sangue ferveu quando o vi dar uma coronhada em sua cabeça. ─ Tentei me casar com você já que eu era o cara certo, mas não funcionou, tentei botar você contra James mas também não deu certo, tentei jogar o Mark contra o próprio genro mas nem isso funcionou! Tente até... tentei até dar em cima daquela agente, como é nome mesmo? Ah! Carter! A namoradinha do rato de laboratório...

Enquanto ele falava sobre seu futuro plano, pousei minhas mãos atrás do meu corpo e fiz sinais repetidos para que alguém atrás de mim entendesse a estratégia. Olhei para trás e vi todos eles concordando.

Fiz um sinal de "certo" com a mão e vi o plano sendo posto em prática. Os rapazes começaram a cercar o garoto que apontava uma arma para S/N. Quando vi todos em posição, fiz um sinal para iniciarmos.

─ AGORA! ─ Gritei e vi 3 homens levantarem sua arma para evitar uma possível vítima e o resto o segurar para não sair correndo. ─ AMOR!

Senti seus braços me rodearem e cai no chão com ela em meu colo, a agarrei como se ela nunca mais fosse sair dali.
Minha menina, minha mulher, a minha S/N.

─ Obrigada, Jamie! Obrigada, amor! Eu não sei o que seria de mim sem você... ─ Escutei sua voz abafada por estar com seu rosto sobre meu pescoço.

─ Essa é a diferença, Marshall... Eu quem a agradeço por estar aqui quando precisei. Sempre vai ser minha... ─ Levantei com ela em meu colo e vi o garoto sendo levado pelo resto do batalhão.

─ A diferença entre mim e você, James... É que ainda não confio nas pessoas.

V ele se levantar rápido e escutei um barulho de tiro, não senti nada mas já vi sangue em minhas mãos.

─ Jamie, devagar... Você não merecia isso!

E ali eu apaguei.

[...]

─ Amor... ─ Abri meus olhos devagar e a vi sentada em minha frente com o rosto cheio de arranhões.

─ Que bom que acordou, meu amor! Não me assuste mais assim. Você não sabe a saudade que senti de você esses meses.

─ Como assim, meses? ─ Perguntei devagar.

─ Você está aqui há 2 meses, Jamie...

Como assim eu estive fora esse tempo todo? O que aconteceu? S/N voltou a ser a princesinha de quartel? Ela me largou de vez?

─ Como nós dois ficamos agora? ─ Perguntei receoso do que ela iria perguntar.

─ Não existe nós dois, Jamie... ─ Ela disse e se sentou do meu lado no leito, deixou um beijo mordido eu meu lábio e sorriu. ─ Porque agora somos em três...

Minha pressão baixou, deitei minha cabeça no travesseiro e a levantei rápido novamente. Vi ela abrir seu casaco o mostrar a barriguinha bem grande para o tempo que passou.

─ É uma menina, papai! Eu estava de 5 meses quando tudo aconteceu, mas acho que não deu tempo de você perceber.

─ Oh, meu deus.... ─ Mesmo com os olhos fechados, abri um sorriso soprado. ─ Temos que comprar um carro.

─ Você ao meu lado é tudo que precisio agora!

─ Eu amo vocês!

─ Também o amamos, Jamie.

𝐂𝐇𝐀𝐑𝐀𝐂𝐓𝐄𝐑𝐒 | ALEATÓRIOOnde histórias criam vida. Descubra agora