Capítulo 17

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Narrador

Camila estava acordando lentamente, abrindo seus olhos com certa dificuldade até sentir um corpo macio e quente ao seu lado. Ao perceber o que havia acontecido, Camila levantou-se lentamente da cama, completamente envergonhada por abraçar Lauren durante a noite, mas, ao ver o volume íntimo na dona dos olhos esmeralda, ficou corada. Ao se recompor, dirigiu-se ao banheiro, fazendo sua higiene matinal e indo para a cozinha, preparando o café da manhã.

Não demorou até Lauren acordar. Sem ver Camila por perto, levantou-se e foi até o banho. Ao sair do banho, andou de toalha pelo apartamento, procurou suas roupas da noite anterior. Vendo Camila na cozinha preparando deliciosas panquecas, sorriu e decidiu se aproximar

— Bom dia, Camz. — Disse próxima,  assustando-a.

Camila — Dios, Lauren. — Resmungou assustada. — Que susto, bom dia. —  Sorriu.

Lauren — Não queria te assustar, eu estava procurando minhas roupas.

Só então Camila percebeu que apenas uma toalha cobria seu corpo.

— Coloquei elas ali. — Apontou para o seu pequeno varal de apartamento. — Para secar. — Camila observava com desejo a mulher à sua frente, seu corpo lhe implorava pelo dela. Pensou em arrancar aquela maldita toalha e beijar aqueles lábios intensamente, mas se recompôs em seguida.

Lauren —  Camz, as panquecas estão queimando. — Camila foi despertada de seus pensamentos impuros, desligando o fogo em seguida. — Você está bem?

Camila —  Estou ótima. — Respondeu desajeitada. — Bem, vista-se e comeremos. — Sua respiração estava pesada e seu coração estava mais agitado do que o normal.

Logo Lauren andou em direção às suas roupas, vendo que já estavam secas, as levou até o quarto de Camila, onde começou a vestir-se. Após estar devidamente vestida, Lauren voltou para a cozinha, sentando-se à mesa e começando a comer. Até o celular de Camila começar a tocar, após ver que se tratava de um número desconhecido, atendeu com relutância.

Camila — Alô? — Logo Camila escutou Clara Jauregui se apresentar. — Sim, a Lauren passou a noite aqui e ela está bem. — Lauren . — Claro, eu passo para ela. — Camila entregou seu celular para Lauren, que lembrou que não havia avisado para ninguém que dormiria fora noite passada. — É a sua mãe. —  Sussurrou para Lauren

Lauren — Olá, mamãe. — Lauren levantou-se da mesa, andando em direção a sala para poder falar com sua mãe em particular.

Camila observava a cena com atenção, observando a maneira como Lauren falava ao telefone, a maneira como andava e como fazia um biquinho completamente fofo, que Camila deduziu ter sido causado pelas prováveis broncas de sua mãe.

Quando Lauren percebeu os olhos castanhos voltados para si, encarou Camila gentilmente lhe entregando um sorriso tímido, que foi retribuído em seguida. Ao se despedir de sua mãe e voltar para a mesa, entregou o telefone para Camila. Após o café da manhã, Lauren levou Camila até sua casa, buscando Louis para levar ambos à escola.

Lauren —  Oi meu amor. —  Louis correu para os seus braços assim que avistou sua mãe.

Louis —  Tia Camz. — O pequeno gritou ao ver sua professora, esticando seus braços em sua direção.

Camila — Oi meu amor.

Clara —  Olá, Camila. — Clara cumprimentou Camila assim que a viu.

Camila — Olá, senhora Jauregui. — Camila sentiu-se desconfortável na presença da mulher mais velha.

Lauren —  Mãe, desculpa não ter avisado.

Clara —  Não há com o que se desculpar, você é adulta. — Clara olhou para a sua filha com malícia.

Lauren — Temos que ir.

Alemanha

Dinah e Ally estavam prestes a entrar em sua primeira reunião naquele dia. Ambas as mulheres estavam distantes. O acontecimento na noite anterior havia deixado Allyson completamente infeliz, enquanto Dinah encontrava-se inexpressiva e completamente fria, não apenas com Allyson, mas com todos ao seu redor, era a sua maneira de se autoproteger.

— Senhora Jauregui. — Seu secretário a chamava ansioso, precisava-lhe entregar seus papéis para a reunião, mas Dinah andava em disparada na frente.

Ally — Deixe que eu pego. — Allyson pegou os papéis das mãos macias do homem.

— Ela está bem? — Perguntou enquanto seguia as duas mulheres.

Dinah — Vamos. —  Sua voz saiu fria, fazendo os dois secretários entrarem rapidamente na sala de reuniões.

Durante toda a longa reunião, Dinah encontrava-se fria e impaciente, causando um certo aflito entre o conselho e alguns funcionários. —  Fiquei fora durante um curto período, e sou obrigada a voltar pelas suas incompetências. — Suspirou pesadamente. —  Resolvam tudo rapidamente. — A reunião encerrou-se no momento em que Dinah saiu da sala com fogo em seus olhos, as pessoas na sala se entreolharam, aliviadas por aquilo ter chegado ao fim.

Ally — Com licença. —  Allyson seguiu Dinah às pressas, praticamente correndo pela empresa para alcançar a mais nova. — Dinah, por favor, espere. — Dinah parou abruptamente ao ouvir seu nome ser chamado. — Precisamos conversar.

Dinah — Não temos o que conversar. — Voltou a andar rapidamente.

Ally — Não há necessidade de ficar assim, Dinah. — Ally havia segurado uma de suas mãos antes que a mulher pudesse entrar no elevador. — Dinah por favor.

Dinah — Podemos ter essa conversa outra hora?  — Dinah soltou sua mão, entrando no elevador em seguida.

Ally — Claro. —  Respondeu-lhe assim que entrou no elevador, ficando ao seu lado antes que as portas pudessem ser fechadas.

Point of view: Camila

As crianças estavam completamente agitadas durante o intervalo, correndo e brincando por todos os cantos existentes naquela escola. Sentia-me agitada pelas borboletas dançando em meu estômago enquanto tentava a todo custo controlar meus sorrisos ao ler as mensagens de Lauren Jauregui, essa era a primeira vez que trocavamos mensagens, estávamos marcando de ir a um pequeno parque próximo ao meu apartamento nesta noite.

Após bloquear a tela do meu celular, me senti como uma criança que acabara de ganhar seu estimado brinquedo. As borboletas estavam ainda mais agitadas, mas tudo se esvaiu quando percebi a senhora Mills andar em minha direção.

Mills — Notei que você chegou acompanhada da senhora Jauregui, outra vez. — Suas últimas palavras saíram insinuantes.

— Sim, ela me deu uma carona. — A respondi de maneira vaga. — Algum problema, senhora Mills?

Mills — Não, nenhum, apenas evite a proximidade com os pais dos seus alunos, senhorita. — A mulher deu as costas e saiu.

Revirei meus olhos e comecei a me preparar para a aula, assim que o sinal tocou, meus alunos correram em minha direção, fazendo uma fila nada organizada. — Vamos, meus amores.

Rewriting The Stars (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora