Rewriting The Stars (G!P)

Capítulo 52

Point of view: Narrador

Com o coração disparado e a falta de ar sufocante, Camila tentava controlar o sangramento em seu abdômen com suas mãos trêmulas e encharcadas de sangue. Haviam se passado cerca de longos e angustiantes vinte minutos. Camila rezava para que alguém a encontrasse a tempo e a socorresse, mas ninguém parecia se dignar a entrar naquele estacionamento. Com a consciência se esvaindo aos poucos, levou um tempo até reconhecer a figura assustada que se ajoelhava diante da poça de sangue à sua frente. 

Dinah observou o rosto pálido e as lágrimas que escorriam dos olhos castanhos, mas sua atenção se manteve na cor vívida do sangue ainda quente. Com cuidado e certa dificuldade, Dinah, que havia pegado das mãos da jovem professora as chaves de seu carro e o destravado, a pegou no colo, colocando-a no banco do passageiro. 

Camila mal respirava, seus olhos turvos a enganavam e sua boca seca a impedia de proferir qualquer palavra. Enquanto a loira murmurava palavras de conforto e dirigia freneticamente pelas ruas de Miami, Camila suspirou fracamente, desvanecendo-se em sua inconsciência. 

Dinah — Camila, acorda… Camila por favor acorda.  

Enquanto motoristas a xingavam e buzinavam irritados, Dinah desferiu pequenos tapas na bochecha pálida, tentando mantê-la acordada. Camila podia ouvir sua voz angustiada como um leve sussurro ao vento, mas sua mente pregando peças, talvez tentando fazê-la esquecer a dor, a havia levado para lembranças antigas de quando ainda era uma criança. 

Dinah não sabia como, mas havia conseguido chegar ao hospital sem provocar um acidente grave, e sem se importar com a possível dor que a mulher inconsciente sentiria ou o sangue umedecendo sua roupa, Dinah a levou às pressas pelas portas do hospital, assustando algumas pessoas que observaram a cena. 

— ELA PRECISA DE AJUDA. 

Dinah gritou, e como um ínfimo segundo Camila estava sendo carregada numa maca enquanto uma senhora de meia idade a abordava calmamente. — Preciso que me informe alguns dados da paciente. — Dinah não ouvia, só conseguia pensar no quão abalada sua irmã ficaria quando precisasse dar a notícia. — Senhora, por favor me acompanhe.