Rewriting The Stars (G!P)

Capítulo 32

Point of view: Ally

Estava de madrugada e eu nem sequer conseguia fechar meus olhos sem pensar em algo. Em um lado, eu não conseguia em nenhum momento parar de pensar em Dinah, em como ela poderia estar e o que estaria fazendo nesse momento, e no outro, em minha mãe, ver Camila e sua mãe juntas, matando a saudade de anos separadas estava me lembrando o quanto sinto falta de momentos assim. Quando me mudei para New York achei que as coisas seriam diferentes, que eu finalmente conseguiria deixá-la naquele asilo, mesmo não sendo minha escolha. Que eu me concentraria no trabalho e tentaria não pensar no futuro, mas às vezes eu simplesmente não conseguia. Sempre que olho minha vida sinto angústia, sempre dei tudo de mim, dei o meu melhor e parece não ser o suficiente, nunca é suficiente. Eu gostaria de respostas, algo que fizesse tudo isso simplesmente passar. Eu estava chorando enquanto devorava um pote de sorvete, patético, eu sei. Dormi por quase três horas e o dia amanheceu ensolarado, Camila veio até meu apartamento, trazendo a alegria que sempre a acompanhava, e um delicioso bolo caseiro.

Camila — Mama e eu fizemos um bolo a mais para você. — Seu sorriso fofo me fez sorrir, peguei o bolo de suas mãos e o levei até a cozinha, num balcão improvisado de mesa.

— Você fez? não vou comer isso. — Impliquei, a vendo ficar emburrada imediatamente.

Camila — Tenho certeza que está delicioso Allyson, e se não estiver, você vai dizer que está. — Cruzou os braços. — Você dormiu bem? está com olheiras horríveis.

Levei a ponta dos meus dedos abaixo de meus olhos, esfregando delicadamente. — Trabalho.

Camila — Você não é disso, nunca deixa para trabalhar em casa, sua ética não permitiria ir para casa antes de terminar algo no trabalho.

— Você pode me emprestar seu iluminador? — Tentei mudar de assunto. — O meu acabou e ainda não comprei um novo, alias pode me indicar uma loja para que… — Fui interrompida.

Camila — O que aconteceu Ally?

Eu não conseguia esconder nada de Camila, principalmente sabendo que ela sempre esteve ao meu lado em todos os momentos, principalmente os ruins. Contei algumas coisas para minha melhor amiga enquanto comíamos o bolo, que, aliás, estava delicioso.

Camila — Lembra quando eu disse que poderia ir com você se quisesse, não é? — Acenei. — Eu estava errada, você deve fazer isso sozinha. Não importa a promessa que você fez para ela, é a sua mãe e você tem direito de ir vê-la, ela tentou te proteger, mas ela errou. Vá até ela, aproveite cada momento por mais que eles possam doer, por que um dia, irá doer ainda mais não ter tido eles.

Já não conseguia mais segurar as lágrimas, e então desabei nos braços da pessoa que sempre esteve ao meu lado. — Eu te amo tanto, mila, muito mesmo. — Olhei para a minha melhor amiga, que estava prestes a chorar.

Camila — Eu te amo muito também, mas por favor não chora, eu vou acabar chorando também.

Após algum tempo deixei Camila na escola e logo fui para a empresa em que trabalho, respirei fundo e então saí de meu carro, com a armadura que aprendi a vestir com o passar dos anos. — Bom dia senhorita Allyson. — Imediatamente fixei meus olhos no homem que havia me comprimentado. — Se lembra de mim, não lembra?

— Matthew, o que está fazendo aqui?

Matthew — Eu vim em paz. — Sorriu simpático. — Estou acompanhando a senhora Kordei, ou pelo menos eu deveria, eu não a vejo em lugar algum.

— Você é o sócio da Normani Kordei? — A única coisa que pensei nesse instante foi em minha chefe, Lauren não gostaria nenhum pouco desse babaca estar aqui.