Capítulo 58

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Preparados para o fim de um personagem incrivelmente amado?

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Narrador

Um mês depois.

Havia se tornado um hábito diário. Todas as noites antes de dormir, Lauren deitava-se em sua cama ao lado de Camila, desejando que acordasse logo pela manhã e que tudo aquilo não passasse de um simples e angustiante pesadelo. Mas ao acordar todos os dias e ver que a mulher que amava permanecia imovel, presa à sua inconsciência, a esperança restante em Lauren se esvaia um pouquinho mais, deixando espaço para a culpa dolorosa que a acompanhava como uma amiga fiel. Então após chorar silenciosamente se levantava, beijava o topo da cabeça de sua namorada e seguia para a cozinha, onde tomava café com seu filho antes que fosse a escola, logo Lauren voltava ao quarto reservado especialmente para Camila, onde sempre encontrava Sinuhe, ajoelhada ao lado da cama, rezando, implorando pelo bem estar da sua filha. E ao longo da tarde, Lauren se mantinha naquele quarto, onde havia uma mesa reservada para que não precisasse deixar Camila sozinha enquanto ajudava sua irmã a administrar as empresas de sua família, e ao anoitecer, após colocar seu filho para dormir, deitava-se ao lado de Camila, onde adormecia com a esperança de acordar e ouvir sua voz lhe desejando um bom dia.  

Ao acordar naquela manhã nada havia sido diferente, a não ser pela concretização de algo que havia planejado desde que trouxera Camila para a segurança em sua casa. E pelo menos naquele dia, a culpa que assolava seu coração havia sido substituída pela sensação de vingança. Lauren certamente não se parecia nada como antes, a mulher abobalhada, responsável e sempre sorridente que era havia se tornado uma única pessoa fria e destruída, que prezava somente a proteger sua família, mesmo que precisasse tomar medidas que antes nunca imaginava ser capaz de fazer.  

Antes mesmo de levantar-se de sua cama, sua irmã, acompanhada por Allyson, bateram na porta, e após a permissão para que entrassem, Ally manteve seus olhos vidrados em sua melhor amiga, enquanto Dinah, como portadora da notícia, se sentava ao lado de sua irmã. — Aconteceu uma coisa…

Alguns dias antes.

Lauren estava decidida do que estava prestes a fazer quando entregou um envelope contendo uma alta quantia em dinheiro para a mulher desolada que carregava seu bebê com certa dificuldade. Talvez não fosse totalmente errado, já que certamente aquele dinheiro seria bem utilizado para a saúde da mulher e da criança, elas não sujariam suas mãos, pelo contrário, o sangue de Matthew seria derramado pelas mãos de um homem já condenado, que assim como ela, prezava pelo bem estar da sua família, independente de suas ações. — Lembre-se do que combinamos. — Apesar de não pretender machucá-la ou a criança chorosa em seu colo, Lauren disse em tom de ameaça, aproveitando-se do poder que detinha para evitar qualquer problema futuro. — Se ocorrer tudo certo você receberá o dobro disso, tem minha palavra. 

— Não se preocupe, ele fará o que a senhora pediu assim que eu confirmar que recebemos o dinheiro. — A mulher disse em disparada, assustada. 

Lauren — Cuide bem da sua filha, agora vá.

Lauren havia gravado os nomes de ambas, prometendo a si mesma que se certificaria de que as duas tivessem uma boa vida. 

Enquanto Lauren estava deitada junto ao seu filho, acariciando suas bochechas rosadas enquanto conversavam sobre o que pretendiam fazer quando Camila finalmente acordasse. O homem condenado analisou a fotografia de sua filha, guardando o papel levemente amassado em seu bolso, mantendo o objeto pontiagudo pressionado em sua mão ao se aproximar de Matthew Hussey, que arrogantemente, se vangloriava para os outros presos sobre como havia matado as duas mulheres que Lauren Jauregui mais amou. 

— Ei, você, Matthew Hussey, não é?

Matthew virou-se em direção ao homem, o observando enquanto mantinha um sorriso doentio em seus lábios. — Sim, e quem você seria?

— Seu anjo da morte. 

Sem que nenhuma outra palavra fosse proferida, o homem condenado avançou em sua direção, cravando a pequena faca inúmeras vezes no peito de Matthew, que gritava incessantemente pela dor constante da faca o perfurando. Antes que qualquer pessoa se dignasse a intervir, Matthew caiu no chão do pátio, convulsionando enquanto seu sangue jorrava de sua boca pútrida até que seus olhos perdessem a vida. 

Rewriting The Stars (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora