Capítulo 60

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Point of view: Camila

Hija, repite lo que he dicho... ¿Me oyes?... dame una señal...

Em um nevoeiro espesso, era como me sentia.

Ouvindo sussurros baixos demais para distinguir alguma coisa.

Lutei contra mim mesma.

Contra meus sentidos enevoados.

Contra meus olhos pesados demais para abrir.

Contra meu corpo rígido.

Contra minha respiração lenta.

Repete meu bebê, por favor, repete o que você disse...

¿Mamá? ¿Dónde estáis?

Tem certeza? Talvez tenha sido mais um estímulo falso Sinu...

Lauren?

Havia algo errado.

Me forcei... me forcei a abrir meus olhos, ver o que estava acontecendo... mas era difícil demais... pesado demais...

Tem certeza que ela disse algo? Viu a boca se mexer? Tem certeza que não foi algum barulho de fora?

A claridade cegante me impediu de enxergar algo concreto até que pude ver o lindo par de olhos verdes esmeraldas me observarem assustados. — Camz? — Havia sido coberta por aquela névoa novamente, abafando o som de sua voz até que se tornasse sussurros inaudíveis.

Camz... não volte a... amor... volta... por favor...

***

Não sei por quanto tempo fiquei presa naquela névoa, mas sentia que fazia tempo demais.

***

Quando... meu amor... tanta coisa... — Algo quente e familiar roçou em meu cabelo suavemente. — Eu nem sei por onde começar.

— Laur?

Era sua voz me puxando de volta, me guiando para longe daquela névoa.

Estou aqui amor... estou aqui com você.

***

Uma brisa fria chocou-se em minha pele suavemente, arrepiando todo o meu corpo enquanto tentava me acostumar à claridade.

Estava no que aparentava ser um quarto, deitada em uma cama macia em frente à janelas de vidro que davam acesso ao que me parecia um jardim. Minha atenção rapidamente foi tomada para o peso em meu abdômen que movia-se estranhamente. Fui pega de surpresa quando vi um grande gato laranja ronronar tranquilamente em um sono delicioso.

Precisei de um esforço para acariciar sua pelagem laranja, até que acordou, espreguiçando-se após miar baixinho.

— Quem é você coisa fofa? — Me perdi totalmente quando a bola de pelos laranja enroscou sua cabeça em meus dedos, intensificando o carinho.

Meow.

Acariciei atrás de suas orelhas pontudas até que a bola de pelos decidiu sair da cama, miando exageradamente enquanto desfilava para longe. Aproveitei o alívio em minha barriga para me erguer na cama, mas uma dor aguda em minha lombar me impediu de continuar. Apesar das pontadas dolorosas, continuei tentando até conseguir apoiar meus pés no chão de mármore.

Sinuhe — Hija?

Apesar de toda a dor em meu corpo, sorri ao vê-la. — Oi mãe.

Mal tive tempo para me levantar quando seus braços me envolveram fortemente em seu abraço de ursa. — Eu senti tanto a sua falta, meu amor, rezei tanto para que você acordasse.

Rewriting The Stars (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora