Capítulo 51

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Point of view: Camila

Lauren estava deitada ao meu lado na cama, com seu rosto próximo aos meus seios. — Não sei o que fazer. — Admitiu. — Quando ela morreu eu pensei por dias que poderia ter sido diferente. Talvez se eu tivesse escutado o que ela tinha a dizer… — Suspirou, e logo pude ver lágrimas escorrendo de seus lindos olhos. — Eu me culpei. Me odiei. Não sabia como dizer ao meu filho o que havia acontecido com ela, e exatamente por isso o Louis… — As palavras morreram em seus lábios. Acariciei suas bochechas rosadas tentando acalmá-la. — Foi difícil recomeçar, eu precisei ser forte pelo meu filho, pela minha empresa, pela minha família e eu não fui forte o suficiente, eu precisei me afastar e pedir que a Dinah cuidasse de tudo sozinha. — Lauren estava desabando em lágrimas, lutando para que aquelas palavras saíssem de seus lábios enquanto suas mãos trêmulas agarravam-se ao meu corpo. — Eu não posso deixar as coisas assim, mas eu… não sei o que fazer. — Disse em meio ao choro.

Meu peito doía por vê-la dessa maneira. Lauren havia suportado tanto sozinha, havia protegido todos da sua família, mas nunca protegeu a si mesma. — Laur. — Entrelacei meus dedos aos seus, unindo nossas mãos. Ali, naquele momento, enquanto a tinha em meus braços, pequena e vulnerável, prometi a mim mesma que a protegeria com minha vida se necessário. Beijei o topo de sua cabeça, aconchegando-a um pouco mais em meu corpo. — Eu vou cuidar de você, então tente descansar.

Ficamos em silencio, aconchegadas uma à outra enquanto acariciava seus cabelos negros, ouvindo sua respiração calma enquanto dormia em meus braços. Permaneci acordada durante horas, pensando nas filmagens que havíamos visto, imaginando cada detalhe que as câmeras não mostraram. Até que me levantei, sentindo uma forte dor de cabeça.

Caminhei pelo quarto do hotel em busca de qualquer celular, até encontrar o de Lauren sobre uma bancada de mármore branco. Tentei desbloquear o aparelho algumas vezes, me lembrando vagamente da sua senha, o nome daquela banda que havia me mostrado em seu carro, algo como, Paramore. Desbloqueie seu celular, olhando minuciosamente para a cama, após ter certeza de que ainda dormia, fui em sua agenda, ligando para Dinah imediatamente.

Algumas horas depois.

— Bom dia Laur. — Depositei alguns beijinhos em sua testa e bochechas, tentando acordá-la. — Ei, meu amor, acorda. — Beijei a pontinha do seu nariz, vendo seu sorriso tímido. — Bom dia meu amor. — Disse carinhosa.

Lauren — Bom dia.

— Levanta e vai tomar banho amor, vamos comer, eu pedi umas coisas bem gostosas.

Lauren sorriu timidamente. — Eu não demoro. — Disse ao se levantar, caminhando até o banheiro.

Havia pedido panquecas de banana com cereais, torradas com queijo, bacon, ovos mexidos, um pouco de café e suco de laranja. Enquanto Lauren estava no banho, organizei tudo da melhor forma possível sobre uma mesa de centro próxima a cama.

Lauren — Oi. — Sorri ao vê-la se aproximar timidamente.

— Oi. — Admirei seus olhos verdes, claros pela luz do sol que invadia as janelas de vidro. — Conseguiu dormir bem? — A vi acenar positivo, tendo suas bochechas rosadas. Sorri, envolvendo meus braços ao redor da sua cintura, depositando um selinho demorado em seus lábios. — Vamos comer.

Nos sentamos uma ao lado da outra em pequenos bancos de madeira, começando a comer enquanto tentava ter coragem para lhe confessar o que havia feito. — Laur. — Bebi um pouco do suco. — Antes de tudo, você não pode ficar brava. — Seus olhos me observaram confusos. — Eu liguei pra Dinah ontem a noite, e falei sobre as câmeras, e bem, ela já deve estar chegando para ajudar.

Lauren — Camz…

— Eu disse que não podia ficar brava, eu liguei para que ela te ajudasse, disse que não sabíamos o que fazer e que você precisava dela, e ela disse que viria, por livre e espontânea vontade. — Disse em disparada. — Você parecia perdida e eu não sabia exatamente o que fazer então liguei para ela, mas por favor, não fique brava, sei que talvez eu possa ter sido invasiva mas não podia deixar esse peso em cima de você… — Seus lábios tocaram os meus rapidamente, me extasiando por um segundo. — Eu não sabia exatamente o que fazer então… — Suas mãos pressionaram minhas bochechas, me puxando para outro beijo, dessa vez um pouco mais demorado. — Laur…

Rewriting The Stars (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora