Capítulo 18

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Fim da semana de provas. Uma bela tarde de sábado. Uma triste despedida.

Mila ajudava Deluc com os preparativos para a festa. As irmãs dele, uma mais nova, outra mais velha e uma gêmea dele, também contribuíam. Elas insistiram horrores para serem convidadas.

Juntos, prenderam serpentinas e fitilhos pelas paredes, espalharam confetes pelas mesas e penduraram alguns balões no teto. Também tinham um toca-discos excelente e uma incrível variedade de vinis.

— Uma festa sem pais. Parece até um sonho — suspirou Lea, a gêmea.

— Eu convidei Jean-Paul e aquele primo bonitinho dele, Lina — falou a mais nova, Lola.

— Não acredito. Eu chamei Gérard!

As duas desataram a rir e Mila não entendeu nada. Deluc parecia cada vez mais ansioso.

— Nem pensem em chamar todo mundo que virem pela frente — ralhou ele.

— Ué, esta casa é tão sua quanto nossa. Podemos chamar quem quisermos.

— Meninas, meninas. Sejam espertas. Se convidarem muita gente e algo der errado, os pais de vocês nunca mais as deixarão sozinhas. Precisamos ser discretos.

As três olharam para Mila, impressionadas. Elas nunca haviam se falado, de fato.

— Ela tem razão — disse Lea. — Precisamos ter prudência.

Mila sorriu internamente e desejou conquistar mais da simpatia das garotas.

— Tudo bem. Apenas Jean-Paul, Gérard e o primo bonitinho, então.

Enquanto isso, Florence e Jacqueline discutiam a cor do esmalte que deveriam usar. Elas chegaram a um acordo depois de alguns minutos de discussão: verde-claro para Florence e vermelho para Jac.

— É a cor favorita de Louis.

— É? Como você sabe?

— Ele me contou.

— Humm. Legal. — Ela deu um longo gole no copo d'água, pouco impressionada.

— É por isso que ele gosta tanto dos meus olhos.

— Espera, ele disse isso? Que gosta dos seus olhos?

— Disse.

— Que romântico.

— Pois é. Ele também disse que me achava linda enquanto nos beijávamos.

Jac engasgou com a água que estava bebendo. Florence ria ao mesmo tempo que dava tapinhas nas costas da colega.

— C-Como assim? Quando vocês... — Ela começou a tossir novamente e fez um sinal para Florence explicar.

— Estávamos estudando na biblioteca um dia antes da prova de matemática.

— Meu Deus! Meu Deus! Meu Deus!

Jac abraçou Florence com força, fazendo-a rolar pela cama e amassar os travesseiros. As duas caíram na gargalhada.

— E como foi?

— Ah... bom.

— Como assim bom? Bom bom ou Bom mais ou menos? Ou incrível? Ou péssimo?

— Bom bom. Muito bom.

A amiga deu um gritinho esganiçado e pediu por mais detalhes. Florence descreveu de maneira razoável, as bochechas ficando mais vermelhas a cada palavra.

— Eu sabia que vocês iam acabar juntos! O jeito que vocês se olhavam...

Florence sorriu e tapou o rosto com as duas mãos, sem graça. Jac implicou mais um pouco com ela antes de exclamar:

Marion Le Foy para Garotos e Garotas Onde histórias criam vida. Descubra agora