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— Valeu por ter vindo — você disse batendo na saia de seu vestido e calçando suas demonias.
— O que fez dessa vez? — o azulado perguntou.
— Tentei me jogar de um prédio junto de uma bola de boliche pela ciência, queria saber se a teoria de quanto maior a mais massa maior a atração da gravidade era real — você vestiu o casaco que ele colocou sobre seus ombros.
— Só por isso? — te ajudou a arrumar seus cabelos rebeldes.
— Sim, disseram que eu estava incentivando o suicídio — resmungou saindo junto ao seu namorado da delegacia — como se as pessoa não fossem morrem qualquer dia.
— Depois ainda dizem que nós somos os estranhos — ele subiu em sua moto — Mikey tentou enterrar o Takemitchy outra vez.
— Conseguiu? — você subiu logo depois dele — me diga que sim, não consigo mais vê-lo com aquelas roupas mundanas.
— Infelizmente não, mas ele tentou usar rosa — ligou sua moto, colocou seus óculos e partiu quando você colocou seu capacete.
— Uma péssima escolha, rosa é uma cor perigosa, Smiley que o diga — você levantou sua cabeça pra cima sentindo o vento em seu rosto e vendo o céu azul com poucas nuvens.
— O dia está muito bonitinho hoje, uma pena, me sinto queimar — resmungou voltando para frente e abraçando seu quase noivo.
— Acho que tenho uma sombrinha na bolsa — ele disse apontando com o queixo para o carrinho anexado a moto, você a pegou rapidamente aquele sol todo estava te fazendo mal você lutou muito para ter a pele pálida que tanto se orgulhava, você não era branca muito pelo contrário, mas era muito pálida.
— Você é como um dia de chuva e uma noite de lua cheia, sabia? Lindo, emocionante e me deixa com aquele gostinho de gelado — disse encostando sua bochecha nas costas do mesmo.
— E você é como um gato preto sabia? Tão bela quanto a noite mais escura e com os olhos mais lindos que eu já vi em toda minha vida — foi o que ele te respondeu.
Quando começaram a entrar em uma estrada de terra e as nuvens escuras mais a cima de uma das colinas próximas ficaram visíveis, você finalmente voltou a se sentir em casa.
Uma floresta quase morta, um belíssimo pântano, uma cerca viva que subia pelas paredes, um portão que não via óleo a anos, tinha um cheiro de lar e um pouco de pólvora.
A pólvora logo foi justificada, uma explosão do andar de cima e quando você tirou o capacete um bebê caiu em seu colo.
— Oi pequeno Hugo — o segurou, entrando em casa ignorando completamente algum dos seus amigos saindo de dentro de uma cova — estou em casa.
— Aí está você, como foi passar sua 3° noite numa cela? — Draken descia as escadas com um uma manta nos braços.
— Agradável, por mais que eu tenha sentido a falta de um cheiro pútrido era tão....limpa — resmungou entregando o bebê — eles deviam se inspirar um pouco no quarto do Sanzu, sabe? Um pouco mais de erva e chegam lá.
— Querida, não é melhor você ir se deitar? Parece bronzeada demais — seu namorado perguntou apagando um fogo que estava em seu ombro.
— Acha que deveria? Me sinto colorida — perguntou se olhando.
— Então vamos descansar um pouco, Mikey ainda está brincando em algum lugar com Keisuke aproveitamos enquanto não somos seus alvos.
— Como disse? — perguntou o falso moreno aparecendo ao lado do gêmeo mais novo.
— Manjiro querido, treine suas técnicas de emboscada com outra pessoa com o Angry é muito fácil — em um piscar de olhos ele sumiu, quando se virou ele estava na escada atrás de você — Bem melhor.
— Para onde estava indo?
— Me deita, preciso ficar em algum lugar no mínimo escuro, me queimei demais no sol.
E assim você se foi junto do seu adorável cabelo de algodão. Quando chegaram ao seu quarto ele fechou as cortinas e arrumou sua cama enquanto você se livrava das peças superficiais, casacos e colares, por exemplo.
Se jogando na cama sentiu sua costas relaxarem, parecia que alguém havia te esticado para elas estalarem e de fato você logo viu um pequena boneca sua nas mãos do de olhos claros.
— Melhorou?
— Muito — você respondeu arrastado — deite-se comigo, não ouvi seu adorável coração noite passada, senti falta.
E ele foi, Souya sempre foi encantado por você, para ele você sempre foi o motivo de acordar, o motivo de explodir coisas e tentar não sorrir, o motivo para que seus pesadelos sejam intensos, você era tudo.
Ele nunca recusaria nada a você, mesmo em uma casa completamente cheia de malucos. Souya acariciava sua nuca era como uma forma de dizer estou aqui.
Você aproveitou para agarrá-lo poderia ser comparada a um aranha com seu alimento mas a única coisa que queria era beijos e assim fez.
Em meio a uma sessão de selinhos e amassos, você pegou no ar uma flecha que quebrou sua janela.
— Diretamente no meu olho — Souya disse pegando a flecha de sua mão com uma expressão mais suave, olhou para o cabo da flecha e quase riu.
— Eu não sabia que Luna estava atirando, que lindo uma prodígio — você sorriu pegando sua besta debaixo da cama e atirando de volta — MUITO BOM TIRO LUNA!
— VALEU [S/N]!
Você não podia pedir um dia pior e isso estava sendo deslumbrante.
