Passando aqui apenas para lembrar que Hange Zoe é um personagem canônicamente Não-Binário, Isayama nos deu liberdade para usar o pronome que quisermos mas elu não possue gênero definido.
TW! Nenhum
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Era engraçado ver o jeito que ela se divertia falando sozinha.
Hange tem um costume esquisito de falar com qualquer coisa que não seja humana, e mesmo morando juntos a quase 4 anos ele ainda faz isso com mais frequência do que deveria.
Pelo menos dessa vez elu está falando com alguém, eu reconheceria aquele cheiro de chá Matte em qualquer lugar.
— Que surpresa vê-lo aqui Ackerman — anunciei quando entrei tirando meus sapatos e deixando a bolsa pendurada no cabideiro ali do lado.
— Você voltou — ouvi a voz animada de Zoe e logo a senti me esmagar em uma abraço, por pouco não caímos — bem vinda de volta.
— É, estou em casa — disse retribuindo o abraço enquanto olhava a sala de jantar para saber se estava tudo em ordem.
Meu marido é um ótimo cozinheiro mas já perdemos algumas panelas e azulejos por causa dele, mas dessa vez, felizmente, a mesa ainda estava no lugar e o balcão que dividia a sala de jantar da cozinha não tinha nenhum buraco.
Levi apenas acenou com a cabeça quando notou meu olhar, tudo certo então.
— É bom te ver de novo (S/A), como foi no trabalho? — perguntou ele pondo sua xícara na mesa.
— Até que foi bom hoje, mas eu prefiro ficar em casa — Hange ainda estava me abraçando, de lado dessa vez enquanto me levava até a sala de jantar, quase tropecei no pequeno degrau de divisão das salas por causa disso, mas está tudo bem — de preferência com minha esposa.
— Eu fiz sua comida favorita — elu sorriu quando me olhou — terminei a pesquisa mais cedo que o esperado então tive tempo de fazer o jantar.
Zoe é paleontóloga, historiador e professor ele trabalha junto do meu irmão mais velho, Levi, na faculdade de Paradis.
— Obrigada querido, mas eu preciso de um banho urgentemente — resmunguei me separando dela a contra gosto — eu detesto quando as pessoas ficam pegando demais e hoje parece que foi o dia do empurra empurra.
Meu irmão nada disse mas, depois do olhar de cima a baixo que me passou não é como se precisasse.
— Está parecendo que não toma banho tem alguns dias — resmungou quando me aproximei e lhe dei um beijo na cabeça.
— Ha, ha, muito engraçado, eu peguei metrô e depois um ônibus lotado, então não venha dizer nada — saí dali e dei a volta na sala entrando no pequeno corredor dos quartos — se você for reclamar, me compre um carro.
