[S/A] : Seu apelido [S/N] : Seu nome [S/S] : Seu sobrenome
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As garotas tinham acabado de dormir.
Luna e Mana nunca deram trabalho, por isso você nunca se importou em cuidar delas.
Takashi havia te pedido esse favor há alguns dias, não tinha ideia a que horas voltava e Hakkai havia ido junto. Você não viu problema algum, o problema mesmo aconteceu depois.
Quando um Mitsuya apareceu, todo quebrado e sangrando do lado de fora da sua casa.
— Vou te falar, viu? Apareça assim de novo e eu mesma quebro você — resmungava enquanto dava alguns pontos no corte na testa do garoto.
— Desculpe [S/A] — murmurou arrumando o band-aid — não tinha previsto me arrebentar tanto.
— Você não toma jeito mesmo, sua mãe ligou sabia? Perguntou onde você estava — você se sentou ao lado dele no sofá — eu menti dizendo que você tinha saído para comprar alguma coisa e que esqueceu o celular.
— Eu deixei um bilhete para ela na geladeira — ele falou olhando para ti — desculpa, não queria te envolver nisso.
— Eu já estou envolvida nisso, desde o momento que eu aceitei ser sua amiga íntima eu estou envolvida nisso, não peça desculpas.
Takashi manteve a cabeça baixa, não queria ter preocupado sua amiga, não queria tê-la metido nisso, mas sempre acabava recorrendo a ela.
Sentiu a mão da mesma em sua cabeça, fazendo um cafuné na região de sua tatuagem, seu corpo relaxou e o mesmo abriu os braços, você o abraçou sem pensar muito, e ambos caíram no sofá, não queria nem mesmo saber o que aconteceu ele ter ficado naquele estado mas era o Takashi, deve ter sido por um bom motivo.
Gostava tanto do garoto a sua frente que chegava a doer pensar que um dia poderia perdê-lo, tentava o seu melhor para manter a amizade de vocês mesmo a diferença de idades, Mitsuya era o mais velho mas você ainda era a mais alta.
Tentava ignorar aqueles pensamentos que apareciam com frequência "como será que ele beija?" "Se namorássemos continuaremos sendo amigos?" Isso ou então aqueles mundinhos imaginários que você entrava sem querer às vezes.
Não podia para-los, não quando Mitsuya era um exemplo perfeito de namorado.
Sentiu o abraço apertar de repente, Takashi enterrou o rosto em seus seios, já havia se acostumado com isso, costumava acontecer quando ele precisava se sentir querido, quando se sentia culpado por alguma coisa.
— Quer me contar o que aconteceu? — voltou a fazer cafuné no mesmo.
— Agora não, eu só preciso que você esteja aqui, por favor — e vocês ficaram ali, até o outro dia.
Não sabem exatamente quando dormiram mas você acordou com Luna e Mana assistindo desenho e com um cobertor em cima dos dois.
— Bom dia [S/A], fizemos o café — Luna disse baixinho — não queríamos acordar vocês.
Você concordou tentando se levantar sem acordar o garoto, as janelas estavam fechadas e com as cortinas abertas, a TV baixinha e o aquecedor ligado.
Quando finalmente saiu foi se arrumar ao menos um pouco, suas costas doíam mas ao menos havia dormido abraçada com Mitsuya.
Tomou um banho e logo foi ver o que as meninas fizeram, esquentaram o leite no microondas e fritaram dois ovos para colocar no pão.
Você riu e pegou as rosquinhas no armário de cima, fez seu café e levou para elaz junto de mochi de morango, elas mereciam depois de ter cuidado dos dois.
— Foram vocês que colocaram a coberta aqui? — perguntou se juntando a elas naquele bolo de cobertas e cadeiras que fizeram na sala.
— Ontem a noite, quando levei a Mana no banheiro — Luna respondeu enchendo a boca de rosquinhas de chocolate.
Mana se escorou em ti logo que se sentou.
— Obrigada meninas, vocês são as melhores.
— Sim, nós sabemos agora — Mana começou rindo baixinho — quando vamos poder te chamar de irmãzona?
Você travou com a caneca de café a caminho da boca, como é?
— Desculpem meninas, mas, o que?
— Vocês namoram agora não é? O mano Takashi disse que falaria com você ontem — os olhos de Mana brilhavam — ele falou não falou? Você é da família oficialmente agora?
Você estava sem graça, nem sabia o que dizer, Takashi disse que faria o que? Sua mente parou, a poucos segundos sequer lembrava que sentia algo pelo seu melhor amigo e agora ouvia isso das irmãs dele.
— Ele... não disse nada — murmurou fazendo-as suspirar em frustração.
Teriam que esperar pelo seu irmão e isso era tão frustrante, a queriam na família agora mas seu irmão era tão lento, fariam isso elas mesmas.
— Ele vai dizer — Luna resmungou.
Mais tarde naquele mesmo dia, Takashi lhe chamou para conversar, você estava tão nervosa que quase estragou tudo contando que sabia.
— [S/N] está tudo bem? — Mitsuya riu, ele havia lhe chamado para passear e agora, na volta à sorveteria, você estava nervosa.
Tinham entrelaçado os dedos quando assistiram um filme no cinema e agora na sorveteria ele havia dado o sorvete em sua boca. Talvez você tenha ficado meio boba com a situação.
— Está sim, eu apenas estou meio aérea — tentou responder de forma simplista.
— Isso eu notei — ele parou de rir aos poucos — [S/N] eu queria te perguntar uma coisa.
Céus! Seria agora, a pergunta que você estava esperando há tanto tempo para ouvir.
— Pode perguntar.
— Eu gosto de uma pessoa e queria dizer isso para ela — ele respirou fundo e soltou pela boca — acha que eu deveria contar?
— Deveria, porque? Você tem um pé atrás? — você estava meio eufórica.
— Uma insegurança — Mitsuya lhe olhou — medo dela não sentir o mesmo.
— Ela é alguém de sorte — sorriu apertando a mão dele — seria uma tola se não aceitasse seus sentimentos.
— Acha que ela aceitaria?
— Com toda certeza do mundo — você sorriu ainda mais quando sentiu a mão de Takashi largar a sua e o mesmo te fazer parar de andar.
Vocês estavam em uma calçada e mesmo sempre dizendo que pedidos públicos eram seu pior pesadelo, lá estava você aceitando um pedido no meio da rua a vista de todos
— [S/N] [S/S] você por acaso aceitaria ser a garota que vai ter de cuidar de meus machucados até o fim desse ciclo?
A resposta foi curta, imediata e um pouco atrapalhada mas foi de coração.
