01X01- Nova Orleans

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   Uma brisa balança o cabelo castanho escuro de Diana, a fazendo sorrir. O som do jazz que os músicos de rua tocavam entravam em seus ouvidos, a fazendo rodopiar com os braços abertos.

   Nova Orleans. Um lugar que ela nunca se interessou em conhecer e que só estava lá por causa de um pedido.

   Ela via a vitrine de uma loja quando um rosnado lhe chama atenção. Seu cachorro, Trampolim Max Steel, rosnava para um homem moreno de olhos claros.

— Max!— o repreendeu e ele vai para o seu lado, se sentando.— Desculpe, ele não é assim.

— Acho que deve prendê-lo na coleira.— ela arqueia uma sobrancelha e ele levanta as mãos em rendição.— Só uma dica.

— Ajudou muito.— deu um sorriso forçado.

   Diana se agacha ao lado do cachorro e prende a guia na coleira, dando um beijo em sua cabeça antes de se levantar e perceber o olhar do homem.

— Deveria tomar cuidado.— cruzou os braços.— A ralé como você não se dá bem nessa cidade.

   Diana coloca uma mão na cintura e Max rosna para ele.

— Acho que deve segurar a língua antes que fique sem.— levanta as mãos em rendição como ele tinha feito segundos atrás.— Só uma dica.

— Cuidado, lobisomem. Lobos não se dão bem em Nova Orleans.

   Ela revira os olhos e os tampa com seus óculos escuros que estavam em sua cabeça, fazendo seus olhos vermelhos amarelados aparecerem para ver a áurea do homem. Vampiro.

   A Lockwood apenas revira os olhos e mostra o dedo do meio antes de sair com seu cachorro.

— Depois não diga que eu não avisei!

   Enquanto caminhava pelas ruas de Nova Orleans com Max, o telefone da garota começa a tocar.

— Departamento de sobrenaturais, Diana Lockwood falando. Em que posso ajudar?

Está muito engraçadinha hoje, Di. Já está chegando?

— Na verdade, acho que me perdi.

— Vou te mandar a localização em tempo real.

   Diana ficou olhando para seu celular por um minuto na espera da mensagem e ela não havia chegado. Impaciente, ela bufa e vai até uma praça onde mulheres estavam espalhadas em mesas fingindo serem bruxas para atraírem turistas, se aproximando de uma senhora em seguida.

— Com licença, poderia me dar uma informação?

— Por que não se senta, jovem?

— Eu só preciso saber onde fica o...

— Deixe-me ler sua mão.— aponta para a cadeira em sua frente.— Sem compromisso.

   Diana olha para a cadeira e em seguida para a senhora, repetindo esse movimento duas vezes antes de apontar para o lugar.

— É sério?— ela concorda.— Então tá.

   A garota se senta e se ajeita na cadeira, estendendo a mão para a mão estendida da senhora.

— Vejamos...— fechou os olhos e tocou em sua mão.— Vejo que teve grandes perdas recentemente. Completou o ensino médio, e ativou a maldição...

   A mulher abre os olhos rapidamente assustada, e Diana a encarava com os olhos, que estavam vermelhos, arregalados enquanto puxava sua mão.

— Você é uma Martin. Uma loba da terra e do fogo. E por causa de um feitiço poderoso, entrou em uma coisa que mesmo querendo, não conseguirá sair.

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