Chocada.
Era assim que Diana estava.
A Lockwood encarava a avó com a boca entreaberta e as sobrancelhas franzidas. Amélia estava com os cotovelos apoiados no balcão da cozinha e mexendo nos biscoitos em formato de lua que havia feito.
— Jurava que você ia me abraçar quando me vê-se.— mordeu um biscoito.— Valeu aí, Nana. Agora estou devendo almas pro Cade.
Diana corre e abraça a avó apertado, repousando a cabeça em seu ombro e sentindo o cheiro de lavanda do perfume que ela sempre usava.
— Senti sua falta, vovó.
— Eu também, meu amor.— se afasta do abraço.— Mas não era para você estar aqui. Que droga você aprontou?
— Eu me apaixonei pela pessoa errada.— suspirou e fechou os olhos.
Amélia apenas sorriu fraco e lhe lança um olhar de conforto, a puxando pro abraço novamente.
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Diana estava sentada perto do lago abraçando suas pernas e com o queixo apoiado nos joelhos quando Amélia coloca um prato entre elas antes de se sentar.
— Eu morri?— pergunta com a voz falha sem desviar o olhar da água cristalina.
— Sim, bebê.
— Como?— Amélia suspirou.
— Aurora te baleou cem uma bala banhada de acônito e à uma planta chamada árvore-do-céu. É a única coisa que deixa sequelas em uma Cão do Inferno.
Diana concorda e pega um dos biscoitos.
— Essa foi a minha terceira morte e última morte pelo sobrenatural.— lembra depois de um tempo.— Primeiro o acidente. Depois o nascimento da minha filha. E agora morta pela Aurora. Que caralhos a Ariel de camelô gastou minha última vida!
— Quando eu morri pela primeira vez, fiquei estática.— olhou para o lago e tocou no colar que nunca tirava do pescoço.— Tinha acabado de brigar com o seu avô e um vampiro me pegou. Ele drenou todo o meu sangue e me deixou morta nas ruas congelantes de Chamonix Mont-Blanc. Uma vizinha tinha me achado na rua e chamou a polícia, e aí eu revivi. Foi a primeira e única vez que vi seu avô chorando. Foi aí que eu soube que era apaixonada por ele.
— Por que vocês brigaram?
— Ele tinha me pedido em namoro um dia antes e já estava falando de casamento. Eu surtei e pensei em fugir.
Diana ri fraco.
— As Cães do Inferno não tem três vidas, e sim duas. Eu estive com você na sua primeira morte. Na segunda e na terceira. E todas você veio aqui.
— O quê?— arregalou os olhos surpresa, encarando a avó.
— Você não se lembra porque sempre voltava. Ainda tinha suas vidas.— Diana concorda e volta a encarar o lago.— Eu vi as pessoas sofrendo ao seu redor e o quanto elas te amam.
— As crianças estão bem?— a mais velha concordou.— Elas sabem?
— Estão dormindo.
— Por quanto tempo eu estou morta?
— Treze horas.
— E faz quanto tempo desde que eles descobriram que eu morri ou sentiram minha falta?
— Cinquenta minutos.
Diana fecha os olhos e suspira ao sentir uma lágrima sair de seu olho.
— Os defendendo, Aurora havia raptado a Freya e só colocou o nome dela na carta de resgate. Elijah quase morreu e ele e o irmão procuraram a irmã o dia inteiro. E Hayley teve que ficar com a Camille.
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Hybrid² | The Originals ✓
WerwolfLIVRO 2 DE HYBRID | THE VAMPIRE DIARIES Tempos depois de Diana Lockwood receber uma passagem de Klaus Mikaelson para Nova Orleans, a garota finalmente resolve fazer as malas e curtir suas férias até o primeiro dia de aula na faculdade. Mas o que ela...