Não confie em ninguém, assim, ninguém poderá te decepcionar.
Jimin.
Quarta-feira.
#JKJBateRoda.
Tic tac.
O som chato do relógio na parede ecoa pelo meu pequeno quarto mais uma vez, mas não é como se fosse me acordar, afinal, eu já estou acordado há um bom e considerável tempo.
Resmungo pelo frio antes de levantar e seguir para o pequeno cômodo do banheiro. Tomo um banho rápido e saio dali às pressas tremendo que nem pinto molhado. Já aquecido com uma calça moletom e uma camisa de mangas longas, já que só tenho estas, penteio meus cabelos com os dedos mesmo, só para não ficar arrepiado.
Abro a gaveta da pequena cômoda para pegar o relógio quebrado, mas que ainda funciona. Ao puxar vejo uma cartela com comprimidos, ou melhor, drogas.
Depois jogarei fora. Fecho a gaveta.
Calço uma chinela velha e saio do quarto fechado à porta. Sigo pelo corredor escuro até chegar a recepção, como previ não tem ninguém ainda, claro, ainda nem amanheceu direito.
Dou uma volta pela vizinhança parando um uma calçada que tinha visto há uns dias atrás, esta que dá uma visão muito bonita para uma floresta mais à frente. Ainda está escuro, mas logo o sol nascerá.
Gosto de andar nessas horas, eu reflito sobre algumas coisas, mesmo que às vezes eu odeie pensar.
Já se passou um mês, um mês que não os vejo.
O trabalho sempre muda de localidade, então não fui ao Fosso mais, e porra, eu tô' sentindo saudades deles.
Saudade do que exatamente? Eu não sei, só é...
Saudades.
Os vi quantas vezes? Dois dias e outras vezes apenas nos acenamos na rua. Isso serviu para mexer com minha cabeça a esse ponto?
O quão patético isso deve soar? Muito, não é?
O sol está nascendo, é tão lindo. Sento no chão mesmo, encostando em um toco.
A adaptação não foi ao todo ruim, nesse mês que se passou conheci algumas pessoas que parecem legais, me adaptei mais ao clima e aos costumes. Mesmo que eu não respeite muitos, porque me esqueço.
Consigo ter controle do meu dinheiro agora, já que tenho uma grana de reserva então está tudo suave.
As coisas finalmente estão entrando nos eixos, isso é bom.
Mas ainda sim a sensação de vazio continua aqui dentro, parece que nada é o suficiente.
Mas não importa, posso lidar com isso. Está bom assim.
Pisco os olhos em direção à floresta, alguém está vindo. Seja lá quem for, parou antes de que pudesse ter visão de seu rosto, que está atrás da árvore.
"Está se escondendo? Será que me viu? Quem é ele? Por que está escondido?"
Essas perguntas me fazem levantar em um só solavanco, em um ato automático, meu corpo é guiado para o mais longe daquela esquina.
Começo a caminhar de volta para minha casa.
Ao olhar para trás ele está lá, como uma sombra, está de preto, com capuz cobrindo toda a minha visão do seu rosto.
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13 de Abril | Vkookmin
Hayran Kurgu[Em andamento] Desejo. Aquilo que rasga e blasfema nossos corpos em nome da luxúria. Luxúria, ela profana nossos corpos e corrompe nossas almas. Park Jimin quer paz para reconstruir sua vida depois de anos enjaulado. Mas depois de encontrar um empr...