CAPÍTULO 11 | DARK ROOM

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Por fim, chegaram a Caos uma das melhores e mais exclusivas casas noturnas da região que só atendia convidados VIPS. Segundo o próprio Santoro, uma das muitas boates que a família Ricceli possuía em parceria com alguns "colaboradores" e Sarina logo entendeu de que "tipo" de colaboradores ele falava. Era uma casa noturna relativamente grande para aquela região mais conhecida por ser roteiro para famílias e casais em lua de mel.

Passaram pelas pessoas dançando aglomeradas no andar térreo e seguiram para o que parecia uma área vip no andar de cima. Ali dançarinas se apresentavam em pequenos palcos de pole dance para o deleite da audiência predominantemente masculina. Um grupo de sujeitos vestindo ternos caros, mas com ar de quem pertencia a alguma gangue de batedores de carteira, parou para prestar atenção a Fabricio, Santoro e os seguranças assim que passaram por eles e Sarina não gostou nadinha daqueles sujeitos.

Seguiram mais adiante para o que parecia um espaço ainda mais exclusivo e reservado. Havia uma porta nos fundos do andar e, antes de atravessar aquela porta, Santoro ordenou que elas esperassem num espaço reservado decorado com pequenos sofás, mais recuado e com pouca iluminação deixando um segurança de prontidão. Era o ambiente mais escondido do lugar; dali, devido a sua estrutura, conseguia-se ver o que acontecia embaixo sem ser visto. Claro que ele não havia escolhido o lugar aleatoriamente. Logo, alguém chegava com drinques e petiscos que nem Rina, nem Valentina tinham a menor vontade de tocar.

_Amiga, ainda estou em choque! – Tina parecia que segurava o choro com grande dificuldade – Todo esse sonho...nosso relacionamento...tudo mentira...Tudo só para Santoro poder atrair você! – olhou para Sarina – Me sinto uma completa idiota. Usada. Iludida. Traída. – completou olhando para frente, mas sem realmente "ver" o que passava – Eu que sempre me achei tão segura...

_Amiga...Nem sei o que dizer...

_E agora? O que vamos fazer? – ela parecia desesperada - Fabricio disse que se você não casar com o irmão dele, ele vai matá-lo, Rina! – as lágrimas começaram a cair – Ele bem que merecia! Mas o pior de tudo é que eu realmente amo aquele traidor, enganador, safado! – de repente, deu-se conta da situação da amiga – E você? Rina! Meu Deus! Santoro forçou você? Você sabe, a ficar com ele? - Valentina sabia que era virgem e tinha decidido esperar para se entregar a Alessandro depois do casamento.

_Não Tina. Bem...ele meio que foi bem abusado, exigente...

_Ai meu Deus!

_Mas quando eu falei que era virgem, ele começou a me tratar melhor, ser mais contido nos avanços. – assegurou e claro que aquele não era o momento para falar do quanto Santoro a atraía e afetava fisicamente - Aparentemente isso de virgindade é importante para ele também, mesmo nos dias de hoje... – deu um risinho irônico – Parece que meu jeito antiquado me transformou em alguma espécie de item raro - Mas Tina, não se preocupe comigo. Quero saber o que você pensa em fazer...Ainda quer casar com ele? Com esse Fabrício?

_Não sei, amiga...estou perdida...eu achei que ele me amasse... – afastou uma mecha imaginária que havia escapado do penteado sempre impecável – Sabe...ele não ser o dono de tudo, realmente não me importa...Claro que eu fiquei me achando a Cinderela, quando tudo isso aconteceu... eu realmente me apaixonei...- confessou – Só que não sei quem é esse homem que se diz meu futuro marido...o Fabrício que eu conheci e por quem me apaixonei não existe...

Finalmente saíram da bendita reunião e as duas ainda não haviam decidido o que fazer. Uns amigos de Fabrício se juntaram a eles e elas não viram outra saída senão fingir que tudo estava bem. Valentina começou a beber um pouco demais, mas Rina não a julgava. Talvez se fosse dada a bebida, também tomasse um porre.

Ela já conhecia aqueles amigos de Fabrício devido aos vários eventos realizados por conta do casamento. As esposas eram muito agradáveis e animadas; o que fez com que esquecesse um pouco seu drama pessoal. Arriscou umas tacinhas de champanhe e uns passos de dança sob olhar atento de Santoro.

Algum tempo depois, uma das meninas sugeriu descerem e curtirem no meio das pessoas no andar de baixo, mas ele não permitiu que ela os acompanhasse. Se aproximou dela deslizando as mãos por sua cintura.

_Então você trouxe sua futura esposa para um puteiro... – disse ela já um pouco alterada pela bebida.

_Não me provoque, bella... – respondeu enquanto se encostava na parede de um canto puxando-a pela mão - Não gosto desse tipo de ambiente, foi o seu querido "Fabricio Fabuloso" quem insistiu nesse negócio. – completou com ironia.

_ A cara dele. – comenta já com ranço pelo "cunhado" instalado com sucesso.

_Não sou do tipo que gosta de relações de uma noite... – constatou – Claro que posso conseguir a mulher que quiser para mim...sempre tive todas que quis a meu dispor...mas não gosto de putas. – falou admirando-a mover o corpo sinuosamente para acompanhar a música – Meu pai sempre disse que as putas são perigosas. Se deitam com todos, sabem de tudo sobre todos e, se vendem o corpo, podem vender qualquer coisa...inclusive o cara que está montando nela.

_Seu pai era um homem sábio...

_ Sim. Meu velho era um cara incrível. – puxou-a para um abraço - Fico triste dele não ter conhecido você...- comentou beijando o topo de sua cabeça e desfazendo o coque em seus cabelos – Mantenha seus cabelos soltos, bella. Não gosto deles presos... – ficou olhando para ela meio enfeitiçado - Dance para mim, bella.

Sarina se afastou um pouco movendo o corpo ao som da música. Uma parte racional dela queria gritar que estava fazendo tudo errado, que deveria estar buscando uma forma de voltar em segurança para casa; a outra fitava aquela fome, aquele brilho de admiração no olhar dele e se sentia poderosa, desejada.

_ Estou louco para ficar sozinho com você... – falou puxando-a de volta para perto dele. Virou-a de costas para a parede se encostando nela. – gemeu - Este está sendo dia malditamente longo...- reclamou enfiando uma das mãos por dentro da calça pantalona que ela usava e puxando seus cabelos com a outra mão – Maldita calça! Dificulta meu acesso a você! – reclama - Quando chegarmos em casa, vou rasgá-la.- puxou mais forte seus cabelos fazendo com que ela inclinasse a cabeça para trás - Quando eu mandar você trocar de roupa, me obedeça! Não quero mais que use calças!

_Santoro. Não! – ela protestou - Mesmo naquele ponto reservado, ainda estavam numa boate lotada. E ainda podia haver câmeras. - Estamos em público! - Ele ignorou seu protesto e a apertou ainda mais. Quando finalmente conseguiu chegar no ponto sensível entre as pernas dela e a sentiu tensa, passou a língua em sua nuca.

_Relaxe, amore mio. Ninguém pode nos ver. Não há câmeras aqui. Preciso de você agora. – cheio de urgência, Santoro mordiscou sua nuca, no lugar onde tinha lambido, depois chupou e mordeu o lóbulo de sua orelha. Começou a gemer e falar coisas em italiano que ela não conseguia entender; a vibração daquela voz rouca o e hálito quente dele em sua nuca arrepiavam sua pele.

Com uma das mãos dentro de sua calcinha, a outra subiu por baixo de sua camiseta explorando urgente até encontrar um dos seus seios e apertá-lo. Sentindo o peso e a força do corpo dele pressionando-a, ela ainda tentou protestar, lembrá-lo que estavam em público, mas ele parecia indiferente a seus apelos e seu corpo traidor parecia concordar com ele. Começou a se movimentar, respondendo aos movimentos dele.


TRILOGIA STRANI AMORI (Degustação Amazon)Onde histórias criam vida. Descubra agora