Capítulo 3

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Carolina...

Senti um vento gelado batendo em minha pele fazendo meus pelos se arrepiarem, eu estava no jardim de uma mansão, não reconhecia o lugar mas apenas a faixada da casa me causava uma enorme angústia. Distante, escuto meu nome sendo chamado, quase como um sussurro, sigo na direção daquela voz e chego a uma parte mais afastada do jardim, onde vejo Agustín brincando com uma criança.

A bebê tinha cabelos escuros e olhos castanhos, ele estava sentado em uma toalha de piquenique enquanto a linda bebê rastejava ao seu lado. Seu olhar cai sobre mim, e ele sorri.

- Meu amor... - disse se levantando e pegando a bebê no colo- Você chegou, sentimos sua falta. -Me estendeu a mão, porém na hora que tentei grudar minha mão na sua, vi uma outra mão ultrapassando a minha e se apossando do seu toque, ele puxou a mulher juntando seus corpos e a beijando. Eu a conhecia ... Era a Tina... Mas como?

Senti uma angústia em meu peito e lágrimas escorreram sem o mínimo esforço, ele está feliz, ele tem a família que sempre sonhou, eu sou apenas uma qualquer que já passou pela vida dele.

Abri os olhos e tentei me acostumar com a claridade que vinha da janela, senti minhas bochechas molhadas e levei a mão direita até lá às secando. Meu coração estava bem pequenininho, estava com vontade de correr para os braços de Agustín e só chorar, logo pedindo para que ele não me deixe, eu apenas o tenho.

Conheço Agustín desde a pré adolescência e sempre fui apaixonada por ele, na escola eu não era a mais bonita muito menos a mais sociável, Agustín participava do grupinho dos bagunceiros da escola junto com Tina, mesmo que a gente não se falasse a gente se conhecia a muito tempo - Ele ia para vários jantares em minha casa e sempre brincávamos, desde sempre- porém crescemos e mudamos, cada um fez sua nova vida na pré adolescência.

Meu pai sempre foi um homem muito ocupado com os negócios, sempre viveu para o trabalho apesar de nunca o levar para casa quando eu estava lá, minha mãe me abandonou quando eu tinha 8 anos, então a mãe do Agustín sempre ia lá em casa me visitar e me fazer companhia. Até ela descobrir uma traição e uma filha bastarda por parte do pai de agus e decidir se separar do mesmo - todos sabemos que isso foi a deixa para ela se mudar para o outro lado da cidade para ficar com seu antigo amor - Nisso eu já tinha por volta dos 15 a 16.

Quando completei meus 15 anos meu pai cometeu a loucura de me prometer a Jorge Cavalcante como sua esposa assim que fizesse 18, mas por sorte ou talvez por destino as coisas mudaram de rumo e cá estou eu, casada com Agustín Bernasconi, o meu grande amor de infância e adolescência.

Eu não mantenho contato com meu pai, apenas as vezes que ele me liga para dar notícias e afins.

Sou tirada dos meus devaneios quando Agustín me chama parado na porta do quarto.

- Terra chamando Carolina... Aloouu...- me sentei na cama o olhando - Perdão eu não havia lhe visto.

- Eu percebi, se arrume e desça para tomar café, iremos voltar para casa.

- Tudo bem... Mas Agus, nossa casa está um caos... - disse me levantando e ficando em sua frente

- Já resolvi com a imobiliária e estará tudo certo até o fim de semana, ficaremos em um hotel até lá. Agora adiante que não tenho o dia todo.

Ele saiu do quarto e eu segui para o banheiro, tomei um banho tranquilo e relaxante e vesti uma roupa confortável.

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