*Agustín
Acordei com alguém me chamando e me sacudindo rapidamente
- Mas que porra...
- Acorda cara... - ruggero falou enquanto eu me sentava na cama.
- O que houve??
- O seu paciente teve uma piora, estou te bipando a 3 minutos. - meu corpo inteiro gelou e me levantei nas pressas, vesti a parte debaixo do meu pijama e peguei a parte de cima na cômoda do outro lado do quarto.
De relance percebi que Carolina não estava no quarto, mas isso é o de menos agora.
Corri até o quarto do garoto e já era tarde demais.
- Hemorragia cerebral. Hora do óbito 04:23. - falou Eiza ao lado do paciente, o grito da mãe ao lado do garoto pôde ser ouvido do outro lado do hospital, era um grito ensurdecedor.
Minha mente ficou em um vácuo e eu não conseguia pensar ou reagir a nada, dei passos para trás tentando sair dalí mas parecia que eu continuava parado no mesmo lugar, Ruggero apoiou suas mãos nos meus ombros e me empurrou para uma sala qualquer alí.
Eu não conseguia raciocinar, tinha dado tudo certo na cirurgia, tinha ido tudo de acordo e ele teve uma melhora relevante.
- Não foi sua culpa, sabemos que quando um paciente tem uma melhora repentina ele tende a falecer logo depois.
Nenhuma resposta saiu da minha boca.
- Vamos sair daqui, você precisa comer algo.
Saímos da sala e fomos andando em direção ao refeitório, assim que adentramos o local nos viramos em direção ao grande balcão e em meio a tantas pessoas de branco, uma pequena mulher de vestido vermelho se destacava ali.
Carolina se virou com dois cafés em cada mão e veio andando em nossa direção, quando nos viu sorriu e se aproximou, eu não estava com cabeça então desviei dela e fui até o balcão.
- O que..? - ouvi ela resmungar.
*Carolina*
-O que deu nele? - perguntei me virando para Ruggero.
- Da um tempo a ele, ele acabou de perder o paciente... O garotinho, ele se apegou demais e agora...
- Entendo, sinto muito.
- Ele vai precisar de você, sabe disso, não sabe?
- Irei fazer meu melhor... - olhei pra trás e Agus estava sentado no balcão da lanchonete segui até ele e antes que eu pudesse dizer alguma coisa ele falou:
- Vá para casa. - Abri a boca para responder mas ele me cortou - Não me questione, só me obedeça uma vez na vida e volta para casa. - disse ainda sem me olhar.
Continuei parada ao seu lado tentando entender o motivo de sua bipolaridade, uma hora está super amoroso comigo e na outra me trata como uma ninguém, afinal, é isso o que sou para ele, ele nunca fez questão de ocultar isso, certo?
- Porra Carolina! Por que não me escuta? Vá embora, não quero você, vá para casa. - ele disse alterado e saiu me deixando ali sozinha, olhei ao redor e algumas pessoas próximas me olhavam com olhar julgador, como " quem é essa maluca?" Entendo eles, afinal, sei que Agustín nunca fez questão de falar que era casado para ninguém.
Deixei os cafés em cima do balcão e sai dalí sentindo olhares sobre mim, quando estava em frente ao elevador, entro no mesmo e quando estou no térreo saio para procurar um táxi, não vou para o apartamento do ruggero, irei até Karol.
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DOMINAÇÃO E SUBMISSÃO! ( CONTINUAÇÃO)
RomansaVocês sabem o que a palavra "dominante" significa? Significa algo ou alguém que detém o poder, a autoridade, que tem preponderância. Mas e quando a palavra "submissão" ? É o até ou ação de se submeter a algo ou a alguém; deixar dominar passivamente...