capítulo 17

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*Agustín

Acordei com alguém me chamando e me sacudindo rapidamente

- Mas que porra...

- Acorda cara... - ruggero falou enquanto eu me sentava na cama.

- O que houve??

- O seu paciente teve uma piora, estou te bipando a 3 minutos. - meu corpo inteiro gelou e me levantei nas pressas, vesti a parte debaixo do meu pijama e peguei a parte de cima na cômoda do outro lado do quarto.

De relance percebi que Carolina não estava no quarto, mas isso é o de menos agora.

Corri até o quarto do garoto e já era tarde demais.

- Hemorragia cerebral. Hora do óbito 04:23. - falou Eiza ao lado do paciente, o grito da mãe ao lado do garoto pôde ser ouvido do outro lado do hospital, era um grito ensurdecedor.

Minha mente ficou em um vácuo e eu não conseguia pensar ou reagir a nada, dei passos para trás tentando sair dalí mas parecia que eu continuava parado no mesmo lugar, Ruggero apoiou suas mãos nos meus ombros e me empurrou para uma sala qualquer alí. 

Eu não conseguia raciocinar, tinha dado tudo certo na cirurgia, tinha ido tudo de acordo e ele teve uma melhora relevante.

- Não foi sua culpa, sabemos que quando um paciente tem uma melhora repentina ele tende a falecer logo depois.

Nenhuma resposta saiu da minha boca.

- Vamos sair daqui, você precisa comer algo.

Saímos da sala e fomos andando em direção ao refeitório, assim que adentramos o local nos viramos em direção ao grande balcão e em meio a tantas pessoas de branco, uma pequena mulher de vestido vermelho se destacava ali.

Carolina se virou com dois cafés em cada mão e veio andando em nossa direção, quando nos viu sorriu e se aproximou, eu não estava com cabeça então desviei dela e fui até o balcão.

- O que..? - ouvi ela resmungar.

*Carolina*

-O que deu nele? - perguntei me virando para Ruggero.

- Da um tempo a ele, ele acabou de perder o paciente... O garotinho, ele se apegou demais e agora...

- Entendo, sinto muito.

- Ele vai precisar de você, sabe disso, não sabe?

- Irei fazer meu melhor... - olhei pra trás e Agus estava sentado no balcão da lanchonete segui até ele e antes que eu pudesse dizer alguma coisa ele falou:

- Vá para casa. - Abri a boca para responder mas ele me cortou - Não me questione, só me obedeça uma vez na vida e volta para casa. - disse ainda sem me olhar.

Continuei parada ao seu lado tentando entender o motivo de sua bipolaridade, uma hora está super amoroso comigo e na outra me trata como uma ninguém, afinal, é isso o que sou para ele, ele nunca fez questão de ocultar isso, certo?

- Porra Carolina! Por que não me escuta? Vá embora, não quero você, vá para casa. - ele disse alterado e saiu me deixando ali sozinha, olhei ao redor e algumas pessoas próximas me olhavam com olhar julgador, como " quem é essa maluca?" Entendo eles, afinal, sei que Agustín nunca fez questão de falar que era casado para ninguém.

Deixei os cafés em cima do balcão e sai dalí sentindo olhares sobre mim, quando estava em frente ao elevador, entro no mesmo e quando estou no térreo saio para procurar um táxi, não vou para o apartamento do ruggero, irei até Karol.

DOMINAÇÃO E SUBMISSÃO! ( CONTINUAÇÃO) Onde histórias criam vida. Descubra agora