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SEGUNDO DIA SEM RESPOSTAS

Há um homem das estrelas esperando no céu

Ele nos disse para não estragar tudo

Porque ele sabe que tudo vale a pena

(Starman, David Bowie)

— CHANYEOL! — Assim que me viu naquela manhã, Joy correu em minha direção, pulando em cima do sofá

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CHANYEOL! — Assim que me viu naquela manhã, Joy correu em minha direção, pulando em cima do sofá.

Ainda estava um pouco sonolento. Ao contrário da minha casa, o clube era bem iluminado com umas janelas ao lado da porta. Se a luz do sol não tivesse derretido meus olhos até me matar, o peso de Joy em cima de mim com certeza terminaria o serviço.

Ela sempre foi minha amiga mais próxima. Talvez porque era a única louca o bastante para querer estar sempre comigo. Joy falava alto, era expressiva, exagerada e sempre transbordando em todos os sentidos. Talvez seja por isso que eu goste tanto dela. Sempre foi verdadeira nas suas formas de demonstrar.

— Como você está? Meu Deus, você dormiu aqui? O que é isso no seu cabelo? Kyungsoo disse que você ia buscar trabalho. Você conseguiu?

Ela era explosiva. Sempre explodindo em palavras por todos os lados. Nunca foi uma menina para qualquer um. Joy era apenas para quem conseguia aguentar o tsunami e a enchente que vem depois. Ela era um furacão. A tempestade sem calmaria. E, honestamente, eu gostava do barulho. Gostava de ficar cheio de suas palavras até não conseguir pensar em mais nada.

Sem responder suas perguntas, eu só a abracei com força, deitado mesmo. Queria sentir por perto alguém que realmente quisesse estar ao meu lado.

— Sooyoung, você vai acabar fazendo ele passar mal desse jeito. — Ouvi Kyungsoo falando com ela com certa graça na voz.

— Ya! Não me chama desse jeito, seu idiota! — Joy se afastou do abraço, lançando um chute na direção dele. — Quer morrer?

Ali, eles me arrancaram um sorriso. Tudo era mais leve com meus melhores amigos.

Empurrei a Joy com cuidado e sentei no sofá ao seu lado. Ela continuou brigando com Kyungsoo, o cenário caótico arrancando risadas com cada ofensa que ela inventava para rebater os argumentos dele que, por sua vez, fazia de propósito apenas para tê-la no limite. Além dos dois, Jongin também estava presente, o que deixava nosso clube quase completo.

— Mas então, meu amorzinho, como foi? — Joy cansou da briga e voltou a prestar atenção em mim, fazendo carinho nas minhas costas.

Dei de ombros.

— Consegui um serviço pra hoje, mas nada de trabalho fixo. Sei nem se consigo ir até lá — confessei. Ela me encarou com pena, assim como os outros. Aquilo me deixava nervoso e eu odiava receber olhares do tipo. Por isso, me apressei em mudar o assunto. — Mas eu trouxe isso aqui pra casa.

Crônicas de um lugar distante do paraísoOnde histórias criam vida. Descubra agora