(chanbaek | longfic) Na rua Paraíso, em uma pequena ilha na costa da Coréia do Sul, Park Chanyeol está vivendo seu primeiro dia no inferno.
Depois do seu pai deixar sua casa sem ao menos olhar para trás, toda a família parece desmoronar. Sem dinheir...
Que nunca havia aprendido a ler ou escrever muito bem
Mas conseguia tocar violão como se tocasse uma campainha
(Johnny B. Goode, Chuck Berry)
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Eu sempre vi a vida como uma consequência. Um conjunto de atos que geram outros, que nos forçam a tomar decisões e torna tudo mais difícil. A vida, no geral, é bem difícil.
No momento em que nossos olhos cruzaram, eu percebi que a vida era um tornado. Você nunca conseguirá prever o que vem em seguida, independente do que aconteceu antes.
Na vida, também há o caos. O bater de asas de uma borboleta, o gatilho inicial. Ele é insignificante no seu início e não se pode adivinhar como vai se desenvolver até a catástrofe. Mas é o significado mais justo e correto para o que é viver. Viver começa como uma pequena borboleta e termina no tornado. Viver pode parecer insignificante, mas é uma tempestade.
Essa é a história de como eu me tornei a catástrofe e causei, desde o voo da borboleta até o tornado. É a história de um lugar chamado Paraíso; de um garoto com um sonho e uma família formada por acaso.
Uma manhã em casa era como acordar em um zoológico — ou um prostíbulo. A gritaria de minhas irmãs mais velhas começava cedo. Taeyeon, Hyoyeon e Yoona eram selvagens quando queriam. Mas, felizmente, eu consegui me acostumar depois de dezoito anos dividindo o mesmo teto.
Era o final da primavera, mas já estava quente o bastante para me acordar. A primeira coisa que passou pela minha cabeça quando eu abri os olhos, foi que eu não precisava mais ir para o colégio, então tanto faz a hora que iria me levantar. Em seguida, a ficha caiu. Eu deixei a escola. A decisão tão abrupta e inconsequente pesou em meus ombros. De repente, me senti enjoado.
— Unnie, você está aí há horas! — Taeyeon reclamava, batendo sem parar na porta do banheiro. — Vai acabar com toda a água quente.
As batidas contra a porta de madeira eram tão fortes que faziam as paredes tremerem. Morávamos em um porão, embaixo de outra família, os Do, e as farpas de madeira das vigas que sustentavam o teto caíram em meus olhos. Era o sinal de que eu não podia congelar no lugar por muito mais tempo, ainda que a minha vontade fosse a de choramingar pelo resto do dia. Era a hora de levantar e encarar o que quer que viesse em seguida.
Meu quarto era um cubículo com espaço para dormir, um armário pequeno e só. Era uma pequena sobra do corredor, mas era o suficiente. Não tinha janelas, então assim que o deixei, a claridade do dia, vinda de uma veneziana rente ao teto, fez meus olhos arderem. No corredor estreito, Tae e Hyo reclamavam pela demora de Yoona no banheiro.