(chanbaek | longfic) Na rua Paraíso, em uma pequena ilha na costa da Coréia do Sul, Park Chanyeol está vivendo seu primeiro dia no inferno.
Depois do seu pai deixar sua casa sem ao menos olhar para trás, toda a família parece desmoronar. Sem dinheir...
Quero seguir em frente, mas corro de volta para você
É por isso que eu me odeio por te amar
(I hate myself for loving you, Joan Jett & The Blackhearts)
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Havia luz, suor, música e pensamentos nublados.
Seu corpo se movia na pista de dança da forma que bem entendia. Sorria para as pessoas que se aproximavam e não se limitava em ser acompanhado por apenas uma. Seus pés podiam ficar doloridos, seu corpo podia se cansar, mas ele não parava e nem pretendia. Jongin dançava como se o mundo estivesse prestes a acabar.
Talvez estivesse.
Por mais que os olhos chorosos de Kyungsoo fossem difíceis de esquecer, ele fez o possível assim que o táxi o deixou naquele lugar escuro. Era um bairro de Hyegung que ninguém se arriscava em ir, ainda pior que os becos das docas e as vielas do bairro onde vivíamos. Os postes mal eram capazes de iluminar o caminho que seus pés tomavam, deixando o trabalho para as placas de neon das construções ao redor.
Algumas moças se ofereceram no caminho. Ele conseguia sentir o cheiro de sexo e perfume barato que emanava de suas peles, além de ouvir o que suas colegas faziam nos becos mais escondidos. Sentiu pena delas por um momento, mas então se lembrou de que elas não precisavam disso e que sentir pena poderia soar grosseiro de sua parte. Cordialmente, as negou e continuou até seu destino. A música alta tremia as paredes e o segurança o olhou de cima a baixo antes de permitir sua entrada. A experiência que ganhou fazendo coisas erradas o ensinou como se passar por um adulto, entrando em locais proibidos para sua idade e aproveitando o que eles tinham a oferecer.
A música ficava ainda mais alta no corredor escuro, onde ele precisou tatear para encontrar a saída e, enfim, chegar na origem de toda aquela festa.
Foi recebido por cores e brilho, onde homens e mulheres dançavam sem parar numa pista de dança e se divertiam da forma que bem entendiam. Haviam pessoas de todos os tipos, todas sendo elas mesmas e agindo com a liberdade que o local proporcionava. Jongin estava sozinho, mas não teve medo. Os cartazes diziam que ele era bem-vindo e que todos ali eram iguais de certa forma, apesar da diversidade aparente.
Era um lugar para os esquecidos, os marginalizados e os amantes. Um lugar para quem queria ser quem era sem ter medo. Com um sorriso no rosto, ele se juntou à pista de dança e começou a viver o que entendia como a primeira noite da sua vida real. A primeira noite em que poderia agir como ele mesmo sem se preocupar se alguém estaria vendo.