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SEXTO DIA NAS ESTRELAS

Você deu a eles todas aquelas estrelas antigas

Entre guerras de mundos invadidos por Marte

Você os fez rir, você os fez chorar

Você nos fez sentir como se pudéssemos voar

(Radio Ga Ga, Queen)

Primeiras vezes são memoráveis

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Primeiras vezes são memoráveis.

Pode se passar quantos anos forem necessários e eu sempre me recordaria daquele dia, da música que preencheu meus ouvidos e da presença das melhores pessoas do universo ao meu lado.

A sensação era a de que eu nunca mais ficaria sozinho e, até hoje, é onde eu me agarro em recordações para conseguir continuar.

Chegamos no local da festa, ainda vislumbrados com o fato de que Sehun pagou um táxi para todos nós. Era tão incrível que mal conseguia me importar em ter que me espremer com mais quatro pessoas no banco de trás, inspirando perfumes baratos e sendo espetado pelas lantejoulas de Joy. Seu vestido era cheio delas, mas pelo menos sua jaqueta roxa amenizava na parte superior.

As risadas e a empolgação no caminho me deixaram tonto. O tempo inteiro, Sehun tentava dizer que deveríamos diminuir um pouco se quiséssemos passar despercebidos na entrada. Então ele se lembrava de que estava levando um grupo de adolescentes empolgados para passear e percebia que não tinha muito o que fazer quanto a isso. Continuaríamos empolgados até o momento em que tudo terminasse, prontos para aproveitar a primeira de uma das melhores experiências que já tivemos.

— Certo — ele disse, nos juntando em um semicírculo na calçada logo depois de pagar o motorista. — Estão aqui para se divertir, mas também têm que aprender. Beleza?

Todos concordamos com a cabeça. Era perto da praia e podíamos ouvir as ondas se chocando na areia de um lado, enquanto a música vinda de uma entrada escura e estreita nos chamava pelo outro. Minhas mãos tremiam e eu não conseguia ficar parado no lugar, querendo a todo custo entrar de uma vez e descobrir o que estava acontecendo.

— Se quiserem beber, me chamem. Não aceitem nada de estranhos e nem usem drogas. Vocês precisam entender como uma festa funciona e, se fizermos direito, a nossa vai ser até melhor que essa daí. — Apontou com a cabeça para o local da festa, como se desdenhasse. — Prontos?

Com gritos animados, nós entramos.

Sehun entregou os ingressos e alguns seguranças nos revistaram em busca de armas, que eram proibidas no local. A primeira lição, Sehun repetiu no corredor da entrada. "Precisamos de segurança na porta, mas só quando tiver dinheiro para pagar eles." Eu mal prestei atenção na sua voz, pois já éramos engolidos pelas luzes violetas e pela multidão que começava a se aglomerar.

Crônicas de um lugar distante do paraísoOnde histórias criam vida. Descubra agora