Capítulo Vinte e Quatro

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Autor

Gram e Khumpa se uniram trabalhando juntos até que finalmente o nosso homem enviado para a missão estivesse nós registros do Tawi para ser contratado.

Todos os passos foram feitos devagar e calmamente para não levantar suspeitas. Durante uma semana eles perderam contato com Khumpa.

Isso pois ele havia sido contratado e fazia parte da equipe de Tawi. Enquanto isso nossos heróis continuavam levando suas vidas como podiam.

Yok

Recebi uma mensagem de Dan pedindo para me encontrar com ele. A principio minha ideia era dizer não, afinal já expliquei para ele que estou em um momento delicado de nossa vida na gangue.

Mas quando dei por mim acabei cedendo uma vez que ele parecia preocupado comigo. Tomei um banho pus uma regata preta e meu melhor jeans  e fui correndo até o ponto de encontro.

Quando cheguei lá Dan estava sentado em uma mesa ele lia o menu detalhadamente. Era um lugar simples com mesas na rua e isso me deixava mais confortável.

Sentei a sua frente e ele levantou o olhar primeira mente parecia feliz em me ver, depois reparou que eu parecia cansado e passou a mão por uma gota de suor na minha bochecha.

- Veio correndo ? - ele pergunta o óbvio.

- Sim. - digo com voz falhada enquanto puxo o ar.

- Estava tão empolgado para me ver? - ele sorri manhoso.

- Um pouco. - admito. - Você não fala muito de si mesmo então eu acabo ficando com essa sensação de que você é misterioso demais.

- Eu estava preocupado com você desde que dormiu lá em casa nunca me disse nada então fiquei com medo. Mas como você disse que era um momento ruim para nos vermos eu não quis falar com você antes.

- Está tudo bem,querido! - respondo gentilmente.

Ele me encara perplexo por um segundo e depois abre um leve sorriso.

- Me avise antes de me chamar assim não estava preparado. - ele diz e posso ver seu rosto corar.

Pedimos a comida e conversamos um pouco, Dan me contou que desde criança seu sonho era ser policial pois lhe passava a sensação de que ele estaria trazendo justiça para o povo.

Então ele começou a falar sobre como após entrar na polícia percebeu que sua convicção estava errada.

- Eu achei que seria um herói para as pessoas...mas na verdade eu não sou. Dentro da polícia tem tanta coisa errada quanto nas ruas da cidade não conseguimos limpar nem nosso meio como vamos ajudar os outros?

- A policía pode ser bem problemática mas sem ela estaríamos bem pior. Não desista tão facilmente dos seus sonhos e do seu desejo de justiça.

- Achei que você e sua tribo odiavam a polícia. - ele responde.

- Tribo não é um termo adequado. Mas...bem a polícia só trabalha pros ricos. Enquanto eles visarem o lucro mais do que a justiça eu ficarei aqui me sentido sujo pelos erros deles e nem fui eu quem cometi.

- Não sou tão maluco a ponto de achar que todo mundo é igual. Nem todo mundo que vende a ideia de lutar contra o sistema tem boas intenções alguns só querem espaço para estar no topo. Tem muita gente por aí defendendo ideais só para semear o caos e não por amor a causa.

- Eu me sinto frustrado e inútil toda vez que vejo um lote de drogas "sumir" já polícia. Toda vez que um cidadão chama a polícia e eles não os atende mas se for um ricão eles estão lá em 5 minutos. Dinheiro conquista tudo nessa cidade esforço e ideais não. - ele diz e suspira.

- Pelo menos eu sei um pouco mais de como você se sente. Isso para mim é importante, conhecer você. - digo e ele me encara por um tempo.

- Você queria que eu falasse de mim?

- Bem, eu sou bem falante queria que você falasse assim comigo como agora. - explico.

- Vamos dar uma volta ? - ele pergunta.

- Eu aceito

No resto da noite vamos andando eu caminhei com ele em um lugar com vista para um lago. Íamos andando na parte da cidade onde o concreto e os prédios estavam porém fitando a água e natureza mesmo que escassa do outro lado.

- Eu vi uma pintura que você fez pra incentivar os outros jovens. Eu achei ela realmente bonita, os jovens grafiteiros quando querem desistir são levados até lá para reencontrarem inspiração sabia?

Ele me encara surpreso mas então abre um sorriso lindo. Um sorriso tão único e dele que me derrubou antes que eu pudesse perceber. Ele segurou minha mão e eu acabei fitando seu olhar.

- Não sabia que eles usavam essa pintura como inspiração. - ele diz.

- Quando vi ela e o que disseram sobre você eu soube que era uma boa pessoa. - digo.

- Você vê mais em mim do que eu tenho. - ele responde.

- Não você que se diminui demais sem necessidade Dan. Estou disposto a ver em você o que for bom e o que não é. Acredito que te conheci por alguma razão e não me importo de parecer bregar dizendo isso.

- Ah, você foi surpreendentemente direto agora.

- Dan eu tenho que ir mas espero que nos vejamos de novo. De preferência em breve. - digo.

Ele me puxa até si me dando um abraço apertado. Eu o retribui sentindo seu cheiro agradável podia sentir pelo seu jeitinho que ele está mesmo preocupado comigo.

- Se cuide Yok. Por favor fique bem.

- Você também! Se cuide Dan. - nos abraçamos de novo. Não queríamos nos afastar continuamos dizendo adeus sem realmente ir por um tempo até finalmente nos soltarmos.

Era uma sensação completamente nova estar perto dele. Quando ficava perto dele tudo parecia ir mais rápido passamos horas juntos mais não parecia ter sido assim. Sempre parecia pouco como se eu nunca fosse o ter completamente.

Essa era uma sensação que me perseguia sem parar como se essa história fosse acabar a qualquer hora. O medo de perder começava a se tornar gigante em meu peito.

Porém tudo parecia certo quando estávamos juntos como se tudo apenas se encaixasse e funcionasse bem. Eu realmente acredito firmemente que teremos nosso momento!

Not MeOnde histórias criam vida. Descubra agora