Trinta e Nove

785 76 39
                                    

White

Eu não fui para casa, fiquei ali no quarto do Sean. Estavamos assistindo algo juntos enquanto comíamos pipoca. As vezes ele me dava uma ou outra na boca.

Em algum momento ele tirou a vasilha de cima de mim e pôs na mesinha ao lado da minha cama. Suas mãos foram até meu rosto desenhando uma linha.

- Eu não canso de olhar pra você. - ele diz.

- Bobo. - falo envergonhado dando um tapa nele.

Seus lábios tocam os meus com tamanha doçura. Me sentí envolvido em seu toque abrindo passagem para sua língua. Minhas mãos se movem sozinhas até sua camisa a fazendo subir.

Seus olhos fitam os meus por um instante e então ele puxa meu queixo para cima depositando beijos curtos.

- White... você se sente confortável com isso? - ele me pergunta.

- Se eu estou com você, estou confortável.- falo.

As mãos dele então tiram minha camisa e ele me posiciona em seu colo. Minhas mãos vão até seu pescoço enquanto os lábios dele sugam o meu. Nos intervalos eu deposito beijos nele enquanto suas mãos descem pelas minhas costas causando um calafrio.

Sean me deita na cama carinhosamente não pensei em nada apenas em nossas mãos entrelaçando, meu coração parecia agitado com cada coisa que acontecia mas a empolgação era maior que o medo.

A excitação causada pela química entre nós era inevitável assim como era inevitável que eu me entregasse a ele. Como se o amor já estivesse escrito, lembrei da primeira que o vi quando ele ainda achava que eu era Black.

Ele parecia tão irritado mas também tão preocupado. Sean é distante e frio por não ser bom em demonstrar, então por qual razão eu o leio tão bem? Talvez por ele ser perfeito para mim.

Eu mesmo segurei a mão dele o fazendo tocar meu peito até meu abdômen devagar. Seus olhos eram tão ferozes fitando os meus. Abri o zíper, e desci sua mão mais para que ele pudesse me sentir.

Em nenhum momento seus olhos soltavam dos meus, nossos lábios se tocaram mais uma vez enquanto sua mão me  atiçava embaixo.

Enquanto nossos sons de misturavam ao cheiro de álcool que emanava do corpo dele e de mim. Bebemos o bastante para ficar com calor mas não para se perder.

Depois de muitas carícias íntimas e suaves na cama finalmente senti a penetração. De início foi uma sensação horrível por mais que ele se esforçasse em ser gentil, Sean não é pequeno e isso por sí ja dificultava.

Mas não me apeguei a sensação dolorosa e apenas foquei no nosso sentimento. Meus dedos entrelaçados aos dele a força da cama se movendo a medida que meu coração emenda na batida. Não tinha nem uma música tocando mas eu podia ouvir uma.

Os sons de Sean também eram roucos e agradáveis junto a melodia do amor. Por que não dar mais detalhes? Desde quando o amor se pode detalhar? Se eu o mantiver comigo irá durar. Percebi enquanto vivia aquele momento que era algo que nem mesmo o tempo poderia apagar.

Quando nos realizamos na cama ficamos por um tempo ali sem dizer nada apenas apreciando o momento em silêncio. Eu não tinha coragem de encarar o homem ao meu lado então apenas virei para mesa ao lado me servi com mais um pouco de álcool e tentei não pensar demais.

As mãos do mais alto envolveram a minha e então me sacudiu para me  encarar. Quando vi seus olhos eles pareciam brilhantes e intensos, seu sorriso era lindíssimo.

- White... Podemos fazer de novo?

Cuspi a bebida que estava engolindo no susto.

Ele começou a gargalhar mas sei que ele está falando sério.

Not MeOnde histórias criam vida. Descubra agora