Quarenta

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A aflição da sua falta
Não pode ser discreta
O meu medo me mata
Eu deixo sempre a porta aberta
Esperando a sua volta
Esperando o seu abraço
E enquanto eu te espero
Eu também me desfaço

Yok

Dan não veio me ver ontem, fiquei preocupado e fui até a delegacia me disseram que ele já havia saído. A aflição me fez seguir o caminho que ele faria até minha casam

Encontrei o carro dele jogado no meio da estrada. Mas nem um sinal dele então em algum lugar enquanto vinha até mim ele apenas desapareceu.

O medo invadiu meu coração como uma pedra impedindo meus movimentos. Eu não sei explicar mas o medo de não poder ver uma pessoa de novo é uma das coisas mais assustadoras que eu já enfrentei.

Sem saber se ele estava vivo ou morto, bem ou ferido essa aflição estava me dominando. Ali no meio da rua olhando o carro dele eu tive uma crise de ansiedade.

O ar faltando no meu corpo e eu não conseguia pensar. Mandei uma mensagem no grupo da gangue com o seguinte texto. " Me ajudem".

Um monte de mensagens foram enviadas depois daí. Liguei meu localizador e mandei o endereço de onde eu estava. Fiquei ali escorado no carro sentindo que eu ia morrer não importa o quanto eu respirasse parecia pouco.

Gram

Fiquei tão preocupado quando li a mensagem de Yok. Ninguém do nosso grupo pede ajuda é um evento raro e assustador.

Peguei minha carteira e a chave da minha moto. Black não estava comigo pelo contrário ele ainda tende a desparecer e sair por aí.

Antes eu tinha medo dessas saídas dele, e ainda tenho. No meu coração ainda me bate uma angústia e um desespero de perder ele. Mas eu aprendi a me consolar que eu sou a casa dele. E quando ele voltar será para mim.

Peguei minha moto e dirigi até onde o endereço de Yok mostrava. Quando cheguei lá meu amigo estava encolhido ao lado de um carro. Suas mãos envolviam suas pernas e ele parecia tremer.

Quando levantei seu rosto ele estava chorando. Percebi o quanto me importo com meu amigo naquele momento. O sentimento era de que meu coração estava se partindo a medida que Yok quebrava.

- Yok o que aconteceu? - pergunto.

Ele não me diz nada apenas me abraça forte. Então o pequeno rapaz chora violentamente ao me apertar. Minha mais acariciavam os cabelos dele gentilmente.

- Yok...me conta por favor. - peço depois mais gentilmente.

-  O Dan desapareceu eu já liguei para ele mil vezes. O celular está desligado e ninguém o viu e agora eu achei o carro dele vazio aqui. Tudo indica que ele foi sequestrado e eu não quero imaginar o que possa ter acontecido.

- Calma, vamos encontrar ele tá bom. - digo baixinho.

Eu entendo o que é essa sensação de não saber o que aconteceu se preocupar e depois a notícia a seguir ser desastrosa.

Ele se aninhou em mim de novo e eu apenas o deixei descarregar tudo. Um pouco depois Black apareceu seu olhar era sério.

Black se agachou ao nosso lado olhou para o Yok e então o abraçou. Aquilo foi surpreendente até para mim. Esse não é o comportamento que geralmente ele teria.

O olho de perto para ter certeza que é o Black e não seu irmão gêmeo. Ele passa a mão no rosto de Yok limpando suas lágrimas.

- Vamos resolver isso. Eu já sei um pouco o que aconteceu. Não se preocupe vamos dar um jeito.

Como sempre Black anda por aí pegando informações e descobrindo coisas antes de todo mundo. De uma moto com duas pessoas descem White que corre até Yok o abraçando imediatamente.

O carinho de White era caloroso Yok sorriu ao ver o gêmeo brando. White passou  a mão por ele procurando ferimentos. E então o acolheu em seus braços.

Yok acabou se comovendo e chorando de novo. Era melhor assim, que ele sofresse tudo que tinha que sofrer depois vamos atrás das pessoas que o machucaram e isso definitivamente não vai ficar assim.

Black me cutucou me chamando para um canto. Então ele segurou minha mão seus olhos me olhavam como se visse dentro de mim.

- É assim que você se sente quando eu sumo. - ele pergunta seu tom sério me assusta.

- Yok está pior pois tem certeza que Dan foi levado. Mas eu fico sim aflito, quase desse jeito por não saber se você está bem.

O olhar de Black é sério quando pede meu celular sem explicar o motivo. Ele pega faz alguma coisa sem olhar para mim. Depois de um tempo me entrega o celular de volta.

- Agora você pode me rastrear quando quiser. Não fique mais angustiado quando eu sair tá bom.- ele pede.

Acabo abrindo um leve sorriso.

- Sempre me surpreendendo. - falo.

- Quem eu vou surpreender agora é o Tawi. Eu não gosto do Dan mas ele estava do nosso lado e nos ajudou. E eu não posso perdoar alguém que faça meu protegido chorar desse jeito.

- Eu penso exatamente igual.

Not MeOnde histórias criam vida. Descubra agora