Quarenta e Sete

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Black

Tawi desapareceu,a polícia o colocou como fugitivo perigoso e até colocaram recompensa por informações que garantam a prisão dele.

Aquilo era horrível por ter dinheiro ele estava tentando apenas escapar da punição. Um covarde nojento que desgraçou várias vidas.

Mas o povo estava muito antenado nesse caso e por isso a polícia jamais poderia deixar pra lá. Era o assunto mais comentado em toda rede nacional.

Mas eu não estava afim de me preocupar com isso hoje. Peguei uma roupa no guarda roupa e joguei na cama pra vestir.

- Black ? - Gram entra no quarto.

- Oiê querido.

- Ainda não se vestiu? Eu já preparei o café da manhã.

- Eu já vou me vestir, estava pensando no Tawi.

Gram me abraçou pela cintura me fazendo me aconchegar nele. Seu sorriso era gentil e carinhoso.

- Eles vão pegar ele Black. Vamos confiar nisso.

Seus olhos eram intensos e profundos como se a parti mais dura de sua vida já tivesse sido vivida e agora nada mais o surpreendesse. Eu gostava disso no Gran ele sempre agia centrado e controlado. Ou quase sempre.

- Tudo bem Gram. Pode me esperar um pouquinho lá eu já estou indo.

- Não demore quero chegar cedo pra podermos aproveitar mais o tempo com ela. - ele diz para mim e pisca.

- Não se preocupe moço.

Depois que eu me vesti apenas dei uma mexida no meu cabelo rapidamente no espelho e fui até a cozinha, onde meu amado me esperava pacientemente batendo os pés no chão rapidamente e batucando a mesa.

Se outra pessoa visse poderia achar que ele era baterista. Ironicamente esse comportamento ansioso dele me fazia querer bater nele.

- Venha antes que esfrie. - ele diz com uma carinha fofa emburrada.

- Calma Gram. - digo segurando seu ombro.

Após ele sair me vesti rapidamente e fui até a cozinha. Sentamos juntos a mesa onde eu vi o esforço do meu querido companheiro sempre cuidando de mim.

Sobre a mesa estavam alguns dos pratos que eu mais gostava. O cheiro era muito bom também, na verdade esse pirralho do Gram não sabia cozinhar por mais que eu não queira me gabar ele aprendeu por minha causa.

Não exatamente por querer me agradar calma aí. Ele também não é tão romântico assim. Mas nós dividiamos um espaço e eu não cozinho logo morreriamos de fome ou de tanto pedir comida.

Ainda bem que ele cedeu e desenvolveu as habilidades básicas para me alimentar eu só posso me sentir extremamente bem com isso.

***

Após comermos fomos até o hospital, passar por aquele lugar me lembrou que já fazia um tempo eu não visitava aquela região.

A mão de Gram se envolveu nas minhas e ele me olhou com expressão carinhosa. Eu segurei sua mão com confiança mesmo sabendo que receberia olhares tortos. Porém a pessoa tem que ter muita coragem para comprar uma briga comigo.

Ao chegarmos no quarto da adorável mãe de Gram abrimos a porta gentilmente. Ela estava sentada na cama com seus cabelos longos caindo nos ombros. Um médico a ajudava a comer alguma coisa, e então seus olhos viram o meu e de Gram.

Eu já havia soltado a mão dele muito antes de ela nos ver. Uma pequena angústia se fez no meu coração. Aquela mulher fez tanto por mim e eu não queria lhe causar desconforto algum.

Not MeOnde histórias criam vida. Descubra agora