Yumemi bebeu um gole direto da garrafa de vinho, o bar já estava vazio e o proprietário fechava a última porta:
-- se continuar bebendo assim vai morrer de cirrose!
Yumemi deu um sorriso tristonho:
--você é dono de bar Sr Ren, é isso que você faz com as pessoas.
O velho deu uma vassourada de leve na cabeça da garota
-- AU!
os dois caíram na risada, mas o velho então fechou a cara e se sentou ao lado dela no balcão:
-- tem certeza de que vai se juntar a esses caras?
-- tenho...a oferta é boa.
-- eu nunca gostei de ver você envolvida com coisas ilegais, mas isso já é grande demais.... ouvi boatos sobre essa tal de Akatsuki...
-- Sr Ren não precisa se preocupar, eu vou ficar bem- ela disse sorrindo pra ele
eles ficaram em silêncio por um tempo. Sr Ren era pra Yumemi o pai que ela nunca conheceu, e para o Sr Ren ela era a filha que morreu na barriga da esposa no incêndio do hospital.
Yumemi se lembrou da primeira vez que pois os pés naquele bar.
~flash back~
-- SUA PIRRALHA MALDITA, VOLTE AQUI COM MEUS PÃES!!!
o velho vinha correndo com a vassoura na mão em quanto a garotinha de mais ou menos 8 anos de idade fugia com uma sacola de pães.
O homem conseguiu alcança-la e retirou a sacola dos braços da menina, que caiu fraca no chão foi então que ele percebeu que estava faminta. A garotinha sentou no chão e começou a chorar:
-- você me pediu pra colocar 3 pães na sacola pra você e saiu correndo...não tem dinheiro pra pagar?
A garota negou com a cabeça:
-- então por que me pediu esses pães se não podia pagar?
Ela colocou a mão na barriga e olhou para baixo:
-- está faminta não é? onde está a sua mãe?
Ela olhou para a casa de jogos:
-- entendi...
O velho colocou o saco de pães no colo da menina e voltou para o bar, a garotinha olhou surpresa para o homem que ia indo embora.
Os dias se passaram e os dois começaram a ficar amigos, Sr Ren conhecia a mãe dela, era uma das clientes do bar então decidiu dar a ela o primeiro emprego, ele dava dinheiro e comida enquanto ela ajudava no bar.
Com o passar do tempo a garota foi crescendo e parou de ajudar no bar e começou a se envolver com o crime e logo ela virou uma assassina de aluguel.
~~
Depois de se lembrar de tudo isso Yumemi se levantou, pegou sua mochila e equipamento ninja e se preparou para ir:
-- se alguém vier atrás de Yumemi Katana, diga que sai desse ramo...
Sr Ren sabia que aquele não era o nome dela, mas a garota havia substituido o sobrenome da mãe depois do que acontecera.
-- espere Yumemi!- ela se virou e ficou surpresa com o que viu
O velho derramava lágrimas:
-- Yumemi...eu...você...eu vou sentir sua falta...
Yumemi sorriu:
-- também vou sentir a sua Sr Ren...o senhor foi um pai que nunca tive...foi o senhor q deu meu primeiro emprego...me acolheu...aceitou me encobrir...me levou no hospital na minha primeira overdose...- ela não pode evitar as lágrimas
Os dois se abraçaram e se despediram:
-- Adeus velho barrigudo!
-- adeus pirralha!
ela saiu do bar sabendo que aquela tinha sido a última vez que beberia lá.
•••
Ao chegar ao local onde tinham combinado de se encontrarem ela viu os 3 que estavam a esperando.A primeira pessoa pra quem dirigiu o olhar foi para o grandão que Konan tinha dito ser o Kakuzu.
" Kakuzu..." ela pensou, não sabia explicar o porquê mas estava feliz em vê-lo novamente, o olhar dos dois se cruzaram até ela chegar perto deles, ela se perguntou como seria seu rosto por debaixo daquela máscara:
-- pronta pra vir conosco, moça?- Hidan
-- claro- ela disse pegando um cigarro em seu bolso e soltando a fumaça
•••
Pain riscou a bandana da Aldeia da Chuva e a entregou junto com o manto a Yumemi que colocou o manto e amarrou a bandana no braço esquerdo:
-- seja bem vinda a Akatsuki Yumemi- ele se virou para Konan- leve-a para seus aposentos e mostre o resto da casa a ela
Konan assentiu com a cabeça, andou na frente esperando que Yumemi a seguisse.
As duas sairam da sala de reuniões e se dirigiram a um grande corredor com várias portas, Konan abriu uma delas e entregou a chave para a jovem:
-- este será o seu quarto, as outras portas são dos quartos dos outros membros e mais adiante ao fim do corredor é a cozinha/sala de estar, lá você pode cozinhar o que quiser desde que limpe o que sujar, se acaso comprar algo, deixar no ármario ou na geladeira e não quiser que nínguem pegue é melhor colocar um bilhete com o seu nome....se bem que o Tobi nunca respeita isso- ela disse revirando os olhos- enfim vou deixa-la se acomodar.
Konan saiu e fechou a porta, Yumemi observou o quarto por alguns instantes, havia uma cama baixa de casal no centro de uma parede com um criado mudo de cada lado, uma porta do lado de um dos criados mudos onde ficava o banheiro e um guarda-roupas com espelho de frente pra cama.
Yumemi colocou sua mochila/mala em cima da cama e pendurou seu manto no cabideiro, começou a guardar seus poucos pertences até chegar no conteúdo polêmico da bolsa.
Ela colocou seus remédios pra dor e antidepressivos no criado mudo "céus, eu poderia abrir uma fármacia" ela riu sozinha, seu sorriso desapareceu quando ela pegou o foto dentro de sua bolsa, ali estava ela sorrindo...linda como sempre, os cabelos cacheados caiam sobre os ombros, ela usava um kimono azul claro com detalhes em preto segurando um buquê de lírios, Yumemi se lembrou daquele dia
~flashback~
-- lírios, eu amo lírios!
-- eu sei bem disso, por isso comprei os mais lindos pra você
a garota pegou os lírios e bejou o rosto de Yumemi:
-- eu tenho outra surpresa pra você
-- o que é?
-- é surpresa, boba, venha comigo!
as duas garotas foram até uma ponte com uma vista linda, perto da ponte havia uma máquina de fotografias:
-- aluguei ela hoje, vamos fotografar você
-- Yumemi isso deve ter sido muito caro...
-- não se preocupe, hoje é seu aniversário e é um dia especial! agora fique bem ali e sorria
~~
Yumemi abriu a gaveta do criado mudo e enfiou a foto ali, de cabeça pra baixo e enxugou as lágrimas teimosas que desceram, pegou a última coisa que havia e jogou a bolsa vazia em baixo da cama.
Ela se sentou olhando para a seringa e o pote em sua mão e se sentiu horrivel por usar aquilo, ela odiava o fato do seu corpo precisar do conteúdo do pote, ela queria muito parar mas seu organismo estava viciado demais naquilo.
Ela colocou a seringa no pote e logo em seguida injetou no braço se preparando para os efeitos da metanfetamína no corpo.
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Você é um ogro, Kakuzu!
Fanfictionele é um mercenário. ela, uma viciada. será que por trás daquela máscara existe um coração capaz de amar?