🌙 Luau 🌙

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Boa Leitura, espero que gostem.

-Acqua 💻📔.

Música: MAGIC! - No Way No

CAPÍTULO OITO:

O barzinho era aberto e tinha uma vibe incrível.

Todo mundo foi embora para o Hotel, só sobrou o Adriano, Eve e o Andrés.

Nós sentamos em um tapete que o bar tinha estendido na areia, no meio de algumas palmeiras da praia.

Pedimos algumas bebidas e alguns petiscos.

A noite estava ótima, o céu estava um pouco claro e o clima estava bem fresquinho.

Uma noite perfeita para um luau e uma resenha.

Andrés: eu adoro noites assim.

Eve: aé por que?

Andrés: quando eu era criança e tinha noites assim eu ia surfar com as minhas mães. Eu pegava a minha prancha minúscula e ia todo alegre e feliz para a praia. A gente surfava quase até o amanhecer.

Eve: devia ser legal passar esse tempo com elas.

Andrés: ah... eu sempre vivia grudado com elas, claro quando uma das minhas mães não ia trabalhar. A minha mãe, Debora, é salva vidas em campeonatos de surf e essas coisas, a única hora que eu podia surfar com ela era essas noites, mas mesmo assim era bom, muito bom. E vocês são muito ligados com seus pais?

Deixo a Eve falar primeiro.

Eve: não... a minha relação com os meus pais é bem... difícil... vamos dizer assim, para não falar traumática e extremamente sem noção.

Andrés: por que? -ele fala com dó, mas ao mesmo tempo confuso.

Eve: os meus pais vieram do Japão, eles nasceram lá e foram criados lá, como os meus avós. E como os meus pais, e na real toda a minha família, são médicos... eles meio que criaram uma obrigação que toda a família tinha que ser médico, advogado, juiz ou algo do tipo. Ou seja, tem que ser alguém da área de direito ou medicina... mas eu sou jornalista.

Andrés: deixa e adivinhar, eles não aceitaram muito bem?!

Eve: pois eh... eles praticamente me deserdaram, eu tive que me sustentar, tive que cuidar de mim desde nova, desde a faculdade de fotografia e letra. Eles não aceitam que eu sou jornalista e fotógrafa, acham que eu não sou influente na sociedade, que eu não vou ser ninguém na vida.

Zoe: o que não faz sentido algum, a palavra de um jornalista pode alcançar mais pessoas do que a de um médico.

Eve: bom enfim...

Andrés: sinto muito.

Eve: não precisa, eu estou bem, estou muito bem na real... agora eu não preciso conviver com a minha mãe falando que eu tenho que me casar logo.

O clima fica um pouco pesado, então eu prefiro descontrair ele, deixar ele mais leve.

Zoe: a minha mãe mora na Espanha, ela sempre me apoiou muito em ser jornalista, por causa da minha avó, ela era jornalista e queria que eu fosse também, mas ela nunca me forçou a ser, ela sempre deixou eu escolher. Ela morreu na sua última reportagem que ganhou um Pulitzer. A minha mãe é doceira... e o meu pai bombeiro, ele deixou a minha mãe assim que ela descobriu que ela estava grávida. Mas isso não impediu a minha mãe de ser feliz.

Adriano: quem era a sua avó?

Zoe: ela se chamava Lilian Prince Miller.

Andrés: Lilian Prince Miller, aquela repórter que cobria coisas de política e guerras pelo mundo?

Zoe: sim -fala sorrindo.

Eu amo ver que até hoje, mesmo que depois de anos, as pessoas ainda lembram da minha avó e das reportagens incríveis que ela fazia.

Zoe: e você? -pergunta para o Adriano.

Adriano: os meus pais são um pouco rígidos, mas mesmo assim eles sempre me apoiaram, a minha mãe é empresária e o meu pai analista de sistemas, mas em todas as férias que a gente tem, eles levam as pranchas e nós surfamos juntos.

Zoe: deve ser muito legal surfar com eles.

Adriano: é mesmo, eles parecem duas crianças surfando.

As coisas que nós pedimos chegam e nós começamos a comer e conversar.

Adriano: meninas, vocês sentem vontade de sair da GN?

Eve: eu tenho, queria entrar para a WW ou até mesmo para a PD.

Zoe: às vezes eu já senti vontade de sair por causa de tretas e por causa das competições ridículas que os chefes dos setores ficam fazendo, mas acho que ao mesmo tempo eu estou bem na GN. Mas se eu fosse tentar entrar em algum jornal eu ia tentar o PD, porque era o jornal que a minha avó trabalhava.

Eve: vocês querem ter algum patrocínio?

Andrés: eu queria o Quiksilver ou a Rip Curl.

Adriano: eu não sei, acho que a Hurley, sei lá, não estou pensando muito nisso agora.

Zoe: você tá focando mais no campeonato?

Adriano: é, esse é o meu primeiro campeonato, eu só quero curtir ele sabe? Quem sabe eu até ganho um prêmio.

Acabamos de comer, mas continuamos conversando.

A Eve tem uma ótima ideia de colocar música no celular para tocar, dando um clima de tranquilidade no ar.

Eve: o que vocês acham de fazer karaokê?

Zoe: ai quero -os meninos também concordam.

A Eve coloca pra tocar músicas bem vibes de praia, bem calmas e nostálgicas.

Nós começamos a cantar junto com a música

Estávamos com bebidas alcoólicas nas mãos, que tomávamos bem devagar.

O clima entre nós estava calmo e relaxante, estava muito bom.

Ficamos ali por horas, cantando, bebendo, conversando.

No final da noite nós fomos para o hotel, me despeço dos meninos.

A Eve faz o mesmo, mas quando ela foi se despedir do Andrés, ela dá um beijo no canto da sua bochecha, quase na boca, e ele sorri divertidamente.

Vamos para o nosso quarto e arrumamos tudo para amanhã, finalizamos as nossas entrevistas e mandamos para a GN.

Tomamos banho e vamos finalmente descansar, depois desse dia cheio e corrido.


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Palavras: 945

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Revisado.




O Surfista e a repórter 🐬🏄‍♂️🏝 🏖Onde histórias criam vida. Descubra agora