HUMAN CODE |BROWN CAPÍTULO I

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Lorenzo atravessou correndo as instalações do instituto rumo a área restrita, nem se lembrava como tinha conseguido chegar ali. Tinha sido acordado pelo chamado de um dos seus soldados alertando uma falha no sistema de segurança,  justamente naquela maldita ala! Jordan, seu irmão, chefe e presidente da corporação gritava impropérios pelo fone em seu ouvido questionando por que demônios haviam resolvido atacar o Instituto justamente quando ele se encontrava fora acompanhando o parto da mulher.

 A esta altura, claro que nenhum dos dois tinha a mínima dúvida de que aquele dia não tinha sido escolhido em vão... Alguém de dentro com informações privilegiadas havia sido corrompido e essa era a pior parte do seu maldito trabalho...

As ideias circulavam freneticamente em sua mente enquanto ele tentava coordenar a fúria de seu irmão ao telefone e relatório de controle de danos que chegava pelo seu dispositivo eletrônico. Sua mente fervilhava em busca de hipóteses e nomes de possíveis responsáveis. Por sorte somente alguns "dormitórios" haviam sido destravados e seus guardas tinham dado conta de controlar a situação. Apenas um dos "internos" permanecia desaparecido...

_Merda. Maldita merda! - não era adepto a orações, mas com sua irmã sem responder seu contato e sabendo que ele a havia deixado justamente naquela parte do prédio, quando havia se retirado para tirar suas únicas duas horas de sono em 48 horas naquela semana, pressentiu que isso também não era coincidência e pediu para qualquer ser supremo que o estivesse escutando que ela estivesse segura, mas sabia por sua experiência que as chances disso acontecer eram as menores possíveis e quando verificou "quais arquivos" hackers haviam tentado invadir e que ALA estava comprometida, teve mais certeza ainda.

_ As câmeras de segurança foram comprometidas, chefe! Ainda estamos tentando identificar quando o por quanto tempo ficaram sem gravar. Até o momento só identificamos quebra de protocolos na ALA B12. Mas estamos investigando tudo, todos os setores em busca de possíveis falhas. Os internos cujas portas foram destravadas já foram controlados e a equipe médica está no suporte de emergência - Simon, seu assistente e um de seus soldados mais dedicados relatava enquanto me seguia em direção a área afetada.

_ Alguém já conseguiu fazer contato com a Dra. Valentina, Simon? - ele perguntou já diante da "habitação" mais atingida. Simon seguiu relatado o que já havia sido vistoriado, mas seu olhar experiente varreu o lugar em busca de algo que outros não podiam ter reparado. Seguiu os rastros que levavam a parte do fundo avaliando toda a situação e tirando suas primeiras conclusões. - Quero as imagens de todo o perímetro em volta do complexo! - ordenou examinando os sinais de luta do lado de fora do prédio enquanto equipes varriam cada pedaço do lugar; foi quando uma súbita movimentação atraiu os seguranças em direção ao lago artificial localizado mais a leste do Parque Recreativo do Instituto. De uma das grutas artificiais mais escondidas que ficavam no lago, uma figura gigantesca emergia lentamente, daquela distância, podia se distinguir que carregava alguma coisa nos braços e Lorenzo imediatamente seguiu naquela direção. 

Assim que se aproximou mais, percebeu de quem se tratava e ordenou máxima precaução a sua equipe, afinal, o "interno" já havia demonstrado o quão, perigoso e mortal poderia ser. 

- Merda! -praguejou quando notou qual era a "carga" ele trazia.

- Senhor! É a doutora que ele está carregando? – perguntou Simon, a voz mostrando todo o estupor e em seguida todo o terror daquela situação de merda.

- Maldita Mercile!!! Merda! Maldita  Merda!!! – foi o que pensou antes de pedir a todos os soldados para baixarem as malditas armas.

MARROM (NOVAS ESPÉCIES)Onde histórias criam vida. Descubra agora