HUMAN CODE |BROWN CAPÍTULO XIII

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Aquela estava sendo uma semana longa e difícil:  tinham regredido no tratamento de um recém resgatado e seus irmãos haviam informado ter derrubado mais dois drones de espionagens das indústrias Holigan sobrevoando o espaço aéreo do Instituto deixando todos tensos.

_O maldito não desiste! – reclamava Lorenzo – Por que não podemos ir lá chutar o rabo deste imbecil? – perguntava andando de um lado a a outro da sala.

_ Porque o idiota tem um exército de advogados que vão querer te enfiar na cadeia e jogar a chave fora - Salvatore retrucava – E nós temos apenas o meu eficiente, porém pequeno escritório que é praticamente o setor jurídico desta Fundação.

_Praticamente? – Jordan arqueou as sobrancelhas – Pensei que fosse para isso que tivéssemos mandado para aquela faculdade de engomadinhos mais cara que meus rins!

_Estou pensando em ampliar o nosso monitoramento aéreo irmão. – dizia Estefano – se me autorizar, tenho algumas ideias que vou implantar com os caras do TI. Além disso, estou bolando um sistema de rastreamento reverso que poderá nos assegurar a localização do operador e isso poderá ajudar nos processos que o Salvatore está movendo e assim poderemos ir lá e chutar o rabo deles – diz empolgado – Pelo menos "juridicamente".

_O assessor do maldito pediu uma reunião com a Tina – declarou Jordan.

_Nem fudendo! – disseram Salvatore e Lorenzo ao mesmo tempo.

E a reunião seguiu por minutos intermináveis. Depois teve suas próprias reuniões com sua equipe e sua rotina de atendimentos. Quando entrou no alojamento Brown estava parado no meio da sala numa postura belicosa e agressiva. Pareia profundamente contrariado.

_Doutora, quem é esse macho Marcos que o chefe e os irmãos querem que você fique longe e porque ele quer roubar você?

_Quem foi que te disse isso? – ela perguntou sobressaltada – SE foi o Salvatore, vou arrancar o couro dele!

_Não precisa arrancar o couro do irmão. Ele é um bom macho e quer proteger a Doutora. Brown ouviu a conversa. Slok ouviu e contou tudo para Brown. Slok tem é um macho felino, ouve melhor que Brown.

Slok era um dos novos internos recém integrados. Ele e Brown treinavam juntos e o NE felino era um dos poucos que não parecia temer Brown. Assim que havia passado pelos testes para sair da adaptação, pedira para treinar com a equipe de seguranças e pretendia seguir atuando na proteção do Instituto, dizia que queria retribuir a liberdade. Valentina havia se empolgado em ver seu protegido fazendo um amigo, mas agora uma nova implicação surgia daquela amizade.

_Vocês interromperam o treino para espionar a conversa dos meus irmãos? Duvido.

_Não. Eu e Slok no treino. No campo e ele ouviu a conversa entre Estefano e Salvatore quando eles iam para os carros. Salvatore queria chutar a bunda de alguém.

_Mesmo assim é uma distancia significativa.

_Slok bom em ouvir. Seus ouvidos escutam bem longe. Ele diz que escutava muitas coisas no lugar ruim onde ele estava. – Valentina ficou muito interessada naquela informação e tratou de anotar mentalmente examinar novamente os testes de aptidão física do outro NE – Doutora, quem é esse macho? – tornou a perguntar.

_É um dos homens maus, Brown. Estamos tentando juntar provas para prender tanto ele quanto seus cumplices e meus irmãos já tem certeza de que foi ele quem atacou o Instituto daquela vez. Ele e os capangas dele.

_Salvatore falou que ele quer a Doutora de volta. Doutora ficou presa? Ele foi mal com a Doutora? Ele machucou a Doutora como as fêmeas do lugar mau? – Brown estava profundamente zangado. Até mesmo sua voz saia diferente ao dizer aquelas palavras e então ela entendeu o que ele estava pensando – Se esse macho machucou a Doutora, vou sair caçar e matar ele! Brown mata ele!

_Acalme-se Brown, não foi nada disso...bem pelo menos não como você está imaginando...Marcus não me manteve presa em lugar nenhum...- respondeu e ela sentiu o corpo dele relaxar – Meus irmãos falaram em "me ter de volta" não como uma cobaia de laboratório, Brown, mas como par dele.

Valentina falou, mas de certa forma, o que o NE dizia tinha um certo sentido: se ela voltasse a ficar do lado de Marcos Holigan agora, só poderia ser por meio de coação, sequestro ou violência. Depois de descobrir que ele a enganara, escondendo os reais negócios da família dele e seu envolvimento direto com a morte de centenas de pessoas, preferia morrer a voltar com ele.

_Como ser então? - ele insistia muito sério.

_Brown, eu e Marcos fomos noivos. – ela respirou fundo, já imaginando o impacto daquilo na mente ainda em adaptação dele fora do cativeiro – Ficar noivos é como uma promessa para o casamento.

_Para acasalar? É isso? – ela concordou e ele franziu as sobrancelhas preocupado – Esse macho quer ser seu macho? Ele entrou aqui com guardas maus para roubar você e você ser fêmea dele à força? – Brown voltava a ficar encolerizado, sabia que aquele tipo de assunto era delicado para ele e, principalmente, se a envolvia também.

_Brown se acalme! – ela pediu quando ele começou a rosnar e os olhos dele se acenderam de raiva. – Ele não pode me alcançar. Você, meus irmãos e todos os seguranças do Instituto estão aqui para me proteger dele...

_Brown vai matar esse macho! Doutora minha, não dele!

_Brown...

_Doutora é minha fêmea e minha doutora! Minha!

_Brown, se você se exaltar assim vou ter que te dar um remédio para se acalmar.

_Brown não quer apagar! Quer ficar acordado para proteger a Doutora! Se esse macho chega perto, rasgarei a garganta dele e arrancarei seus braços! – ele rosnava e gritava.

Valentina ouviu batidas enérgicas na porta e não precisou ir abrir para saber que era um de seus irmãos. A porta se abriu num baque e na verdade estavam dois deles: Jordan e Lorenzo; atrás deles, um contingente de soldados prontos para entrar em ação.

_O que está acontecendo aqui, Valentina? – Jordan olhava de um para o outro com uma expressão séria.

_Brown ficou sabendo do teor de algumas conversas e está um pouco alterado. - ela tentava explicar com seu tom mais profissional possível - Territorialista.

_Brown com muita raiva, chefe e irmão.- dizia ainda, muito irritado – Brown mata esse macho, Marcos...

_Hummmmm, entendi tudo...- dizia Lorenzo baixinho... – Grandão, entre na fila! Estamos todos aqui querendo chutar o traseiro desse desgraçado!

_Brown não vai para fila – rosnou – Brown vai caçar e matar. Vai rasgar garganta, comer o coração dele...

_Estou gostando do estilo dele. – Lorenzo brincou.

_Lorenzo! - Valentina reclama - Você está parecendo o Salvatore!

_Mas ele tem razão! - o outro protesta - O maldito desgraçado merece ser caçado e morto. Uma morte lenta e dolorosa. Ponto pro grandão.

_Brown não vai deixar macho nenhum encostar na Doutora. Doutora minha!!! – afirma entre dentes e os dois irmãos trocam olhares significativos.


Apreciem sem moderação e não esqueçam a minha estrelinha (rs)⭐

🌹Beijo Jan

MARROM (NOVAS ESPÉCIES)Onde histórias criam vida. Descubra agora