Perigo.

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Desde já agradeço pela sua atenção e peço, antecipadamente, desculpas por qualquer erro aqui cometido.









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                      /Quebra de tempo/
                      -Manhã seguinte-

  O restante do domingo passou mais calmo do que seu começo, com Hinata e Kageyama apenas conversando sobre vôlei e coisas aleatórias -às vezes xingando um ao outro quando as opiniões batiam em contra- enquanto ignoravam qualquer coisa que estivesse passando na tevê. Também prepararam algo para o almoço e o ruivo teve que lavar a louça depois, pois não ajudou no preparativo da comida e ainda queimou a cebola e o alho quando apenas precisava cuidar para que não queimassem enquanto Tobio terminava de cortar a carne. E assim que a noite começou a cair, ambos arrumaram suas coisas -com Hinata sendo obrigado a ficar com as roupas que o maior havia comprado para si- e desceram a montanha, com Kageyama levando Shouyou até o apartamento do mesmo.
  Porém o que nenhum dos dois ali esperava era que houvesse alguém tirando fotos e fazendo algumas anotações quando Tobio parou o carro para Shouyou descer, esperando até que o menor estivesse dentro do apartamento antes de finalmente seguir o caminho de sua casa.

  -Chefe, ele voltou. -Um homem disse para outra pessoa no telefone após Kageyama sair. -E já tenho as fotos desse tal ruivo e o endereço. Quer que eu haja ou que espere mais um pouco?
  ~Quero que espere. Ao que parece esse Hinata Shouyou divide o apartamento com um brasileiro, então só seria mais problemático. Ele é professor, então vai ter que sair cedo para dar aulas. De manhã, assim que ele sair para a escola, você pode agir. -O homem lhe respondeu após analisar a situação.
  -Entendido, chefe. Amanhã ele já vai estar embrulhado na sua sala. -Falou e, antes de a chamada ser encerrada, ouviu um "Assim espero".

  Então, assim que o sol apareceu pelo leste, o celular de Hinata despertou e o ruivo desligou-o, levantando-se da cama com certa preguiça e fazendo sua higiene pessoal matinal, lembrando do sermão que teve que ouvir de Pedro sobre sua irresponsabilidade e falta de consideração em responder as mensagens, ao que o ruivo apenas disse que não havia sinal em seu celular lá e que o amigo não precisava se preocupar. E logo Shouyou já saía de seu quarto totalmente pronto para mais um dia de serviço, tomando um breve café da manhã -que Pedro já havia deixado preparado no dia anterior- e rapidamente saindo do apartamento em direção ao colégio.
  "Vou usar meus períodos livres para corrigir as provas", Shouyou pensou aliviado por não ter que dar aulas nos primeiros períodos e virou a esquina na direção da estação de trem, notando um carro se aproximar lentamente de si. "Mas que droga! Eu já falei mais de mil vezes que eu não quero carona", bravejou mentalmente ao pensar que era mais um dos empregados de Tobio lhe seguindo para o levar ao colégio, mas não podia estar mais errado.
  Assim que o carro parou ao seu lado, as portas de trás foram abertas e três homens altos e fortes, com roupas mais casuais, saíram de dentro do veículo e pegaram Hinata pelos braços, cobrindo sua boca com um pano com clorofórmio enquanto o menor se debatia para ser solto, e logo desmaiou.


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  Quando acordou, Hinata se mexeu desconfortável e olhou ao redor um pouco tonto, tentando se mover mais, mas sendo impossibilitado pelas cordas que prendiam seu corpo.

  -Finalmente acordou. -Um homem disse sentado na cadeira atrás da mesa e o ruivo olhou naquela direção, vendo um loiro alto se levantar.
  -O que quer comigo?! -Hinata bravejou ao ver o estranho caminhar e parar escorado na frente da mesa.
  -Com você nada. De você espero que uma moeda de troca. -Falou cruzando os braços sobre o peito e inclinou-se um pouco para frente. -Quero o território do Tobio. -Disse sério e o ruivo sentiu o estômago gelar.
  -E... E o que eu tenho com isso?
  -Não se faça de tonto, ruivo, porque eu sei que você e o Tobio estão juntos. E você vai ser minha moeda de troca pelos territórios dele, isso ou o Tobio morre. Então fique quieto e não me cause problemas, senão vou ter que achar um jeito de te silenciar. -Falou com o semblante de quem não estava blefando e o menor estremeceu ao pensar que poderia acabar morto ou torturado ali. -Sabe... -O loiro comentou se aproximando e segurou o rosto de Hinata. -Eu até entendo porque o Tobio está com você. O que mais será que o atraiu? Talvez eu devesse experimentar também... -Comentou com um sorriso maldoso e Shouyou pareceu paralisar, temendo ainda mais pelo que poderia acontecer.
  -N-não! Me solta! Se afasta de mim! -Bravejou mexendo-se para longe do loiro e o mesmo o segurou com mais força.
  -Parece um filhote assustado. -Disse extremamente próximo ao rosto do menor e roçou seus lábios de leve, mas logo se afastou. -Não vou fazer isso, não se preocupe. -Falou ao soltar o ruivo e voltar a se escorar na mesa. -Quando será que ele vai chegar? A esse ritmo já vai ser de noite... -Murmurou olhando pela janela e Hinata percebeu que o sol já começava a baixar.

  "Droga, há quanto tempo eu estou aqui?!", Shouyou bravejou mentalmente e tentou se acalmar, pois sua mente já estava entrando em pânico.

  -Chefe, ele está aqui. -Um dos homens que havia pego Hinata mais cedo falou ao abrir a porta e o loiro sorriu.
  -Ótimo. Traga-o para mim. -Ordenou calmamente e o homem saiu.

  E não demorou mais do que dois minutos para que Kageyama fosse levado até a sala do terceiro andar onde Hinata e o loiro estavam, olhando para o ruivo amarrado no chão e sentindo seu sangue ferver, mas não deixou transparecer tanto seus sentimentos e apenas encarou o loiro com raiva.

  -Atsumu. -O moreno rosnou fulminando o maior com o olhar e o mesmo sorriu.
  -Já estava pensando que não viria, Tobio. -Disse calmo e olhou para Hinata em seguida. -Estava até cogitando me divertir com o ruivo caso não viesse logo... -Comentou malicioso e o moreno sentiu um ódio imenso crescer em si.
  -Se você tiver encostado um dedo nele, eu vou arrancar suas tripas e te enforcar com elas!! -Rosnou dando um passo à frente e Atsumu levantou a mão, fazendo seu capanga segurar Hinata com força. -Desgraçado! Solta ele! -Bravejou vendo o ruivo nas mãos do homem e o mesmo lhe encarou assustado e um pouco sôfrego pelo aperto alheio.
  -Não posso soltá-lo, porque ainda temos negócios a tratar.
  -O que você quer, Atsumu?! -Indagou irritado e o loiro sorriu.
  -Essa, Tobio, é a pergunta correta. -Falou irritantemente calmo e deu a volta na mesa, sentando-se na cadeira outra vez. -Todos os seus territórios. Você vai ceder todos eles a mim ou então eu não garanto a segurança dele. E, sabe, Tobio, meus homens não se importam se não for uma mulher, contanto que seja bonito como o ruivo eles conseguem lidar. -Disse friamente e Kageyama sentiu como se o chão rachasse abaixo de seus pés, querendo pular em Atsumu e rasgar sua garganta pela ameaça que havia feito.
  -Se você-
  -O tempo está passando, escolha logo o que vai ser. Quer salvar o baixinho? Ou sua reputação é mais valiosa? O que vai escolher, Tobio? -Indagou com o olhar frio sobre o moreno, mas desviou-o para seu capanga e acenou brevemente com a cabeça, como se dando uma ordem, a qual o homem entendeu perfeitamente e tirou uma faca do bolso, usando-a para rasgar a roupa do ruivo.
  -Ei! -Hinata exclamou se debatendo e o homem pôs a faca em seu pescoço.
  -FILHO DA- -Kageyama se interrompeu ao dar alguns passos para se aproximar de Shouyou, mas o homem que o segurava forçou mais a faca no pescoço do mesmo, fazendo um fino fio de sangue escorrer, e o moreno teve que parar.
  -Sua resposta? -Atsumu perguntou ainda calmo sentado à mesa e Tobio virou-se para si com o olhar carregado de ódio.
  -Me dê os papéis.










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Novamente agradeço pela sua atenção e peço desculpas por qualquer erro aqui cometido.

Atraído para você - KageHinaOnde histórias criam vida. Descubra agora