Bônus - Encontro dos velhos amigos.

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Desde já agradeço pela sua atenção e peço, antecipadamente, desculpas por qualquer erro aqui cometido.








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  Já haviam se passado vários meses desde que Kageyama e Hinata fizeram a sua viagem de férias para o mar, mais precisamente haviam-se passado um ano e sete meses. Nesse tempo, Hinata já havia se despedido de mais uma turma sua e feito alguns cursos preparatórios, pois queria se especializar ainda mais no vôlei e suas técnicas para, um dia, ser um treinador de algum time nacional ou internacional, recebendo o maior apoio e incentivo de Kageyama, que sempre lhe dizia para seguir em frente e às vezes o obrigava a ir para os cursos quando estava com preguiça demais. Já Tobio, por sua vez, como havia investido em várias ações na Bolsa e em imóveis, não se dava ao trabalho de procurar algum emprego, ainda mais tendo em conta o fato de que o mesmo era um ex-líder Yakuza, então passava a maior parte de seu tempo -isto é, quando Shouyou não estava por perto- jogando vôlei com alguns adolescentes do seu bairro.
  Também, nesse um ano e sete meses, Hinata e Kageyama haviam se mudado para uma casa em um bairro familiar, pois o moreno sempre dizia que queria ter uma vida normal ao lado do ruivo, e foi algo ao que Shouyou concordou alegremente, abraçando o maior com força e dizendo repetidas vezes que o amava e que também queria uma vida normal com o mesmo. Porém, quando o casal contou a notícia para Pedro, Izumi, Kōji, Natsu e os avós dos ruivos em um final de semana em que estavam comemorando o aniversário da garota, o brasileiro só faltou chorar quando ouviu a frase sair pelos lábios do amigo. "Vou morar com o Tobio. Já encontramos a casa perfeita e demos entrada, então... Vai levar menos de um mês para arrumarmos tudo e podermos nos mudar", foi o que Hinata falou animado com um sorriso radiante, e Pedro ficou quase um minuto sem saber como reagir. "Shouyoooou!!", o brasileiro exclamou emocionado e abraçou o menor com força, desejando felicidades e falando que era para ele sempre visitá-lo -agora no apartamento que dividia com Yukikata e Sekimukai, pois tiveram que mudar-se quando a locatária do local onde viviam pediu para que desocupassem o apartamento para que pudesse fazer reformas necessárias, e Pedro e Hinata acabaram ficando um tempo com Izumi e Kōji e os dois ofereceram para os amigos ficarem ali de vez, pois era muito mais divertido com eles por perto e as despesas ficavam mais leves, então o brasileiro e o ruivo acabaram aceitando a oferta e mudaram-se para junto dos amigos-, independente da hora que fosse -o que não era totalmente verdade, pois uma vez Hinata apareceu em plena madrugada na casa do seu trio de amigos e Pedro lhe xingou por seis minutos seguidos por aparacer tão tarde. Contudo, após os choros -ou quase- ao receberem a notícia da mudança do ruivo, todos ali deram parabéns e felicidades, pedindo para que fizessem uma festa de inauguração na casa nova após se estabelecerem, ao que Hinata concordou de imediato.
  E, então, o restante daqueles um ano e sete meses se passaram com considerável calma, com Hinata e Kageyama brigando como sempre e se xingando fervorosamente quando suas ideias não eram compatíveis, e o ruivo indo para a casa de Izumi, Kōji e Pedro sempre que estava irritado com Tobio. E Kageyama, por sua vez, aparecia algumas horas depois e levava o menor consigo -às vezes a contragosto do ruivo-, pedindo desculpas pelos inconvenientes, mas o trio aprendeu a lidar com aquilo e acabou se acostumando, às vezes até apostando sobre quando seria a próxima briga ou quanto tempo o moreno levaria para buscar Hinata, o que deixava o ruivo um pouco irritado, diga-se de passagem.

  -Haaaa.... -Shouyou suspirou arrastado e esticou os braços, se contorcendo sobre a mesa do restaurante onde Tobio e ele estavam jantando em comemoração ao seu aniversário de namoro.
  -Cansado? Eu disse que não precisávamos vir hoje, já que está tão atarefado com os cursos e as aulas. -Kageyama disse após um gole de vinho tinto e o menor sorriu.
  -Está tudo bem. Eu queria vir aqui. -Falou animado e olhou ao redor, causando certa nostalgia em si. -Foi aqui onde viemos aquela vez. -Disse com uma risadinha e olhou para o maior. -Quando você me obrigou a aceitar seu convite... -Resmungou com um pequeno bico nos lábios e o moreno riu.
  -Eu sou muito persuasivo. -Comentou petulante e Hinata lhe mostrou a língua.
  -Persistente e stalker, isso sim. Humpf! -Bufou convencido, mas logo riu ao receber um olhar desafiador do maior.
  -Mas você não pode negar que valeu a pena. Eu sabia que você também queria. Sabia que você não poderia resistir a mim. -Kageyama falou com um sorriso malicioso e convencido e Hinata retribuiu com um equivalente.
  -O contrário também é válido para você; não podia resistir a mim. E não pode até hoje, não é? -Indagou ao pegar a taça de vinho e bebeu um gole, lambendo a borda da mesma em seguida, fazendo o moreno intensificar o olhar malicioso.
  -Ah, Shouyou, vou foder tanto você essa noi-
  -TOBIO-CHAN!!! -Kageyama foi interrompido ao ouvir esse grito escandaloso e sentiu um arrepio na espinha, pedindo para estar imaginando coisas, mas o moreno não podia estar mais certo, pois logo a voz aproximava-se o chamando, seguido de outras vozes que o maior também conhecia. -Tobio-chan! Há quanto tempo!! -Oikawa gritou acenando exageradamente com a mão no alto da cabeça e o maior suspirou pesado.
  -Sem escândalo, idiota! -Iwaizumi bravejou batendo na cabeça de Tooru e o maior levou a mão ao local machucado.
  -Desculpem o transtorno. -Ushijima pediu ao se aproximar com o restante e Kageyama notou que todos estavam ali; Oikawa, Iwaizumi, Kuroo, Kenma -o que o moreno achou estranho, mas decidiu ignorar-, Bokuto, Akaashi -com os quais Tobio havia conversado e se reunido apenas duas vezes há alguns anos atrás-, Ushijima, Tendou, Sakusa e, para a surpresa tanto de Hinata como de Kageyama, Atsumu.
  -O que você está fazendo aqui?! -Tobio indagou com um rosnado ao se levantar de repente e Atsumu levantou as mãos.
  -Eu sinto muito pela última vez, mas eram apenas negócios, Tobio. -Miya disse dando de ombros e olhou para Hinata. -Desculpe, ruivo, mas você era a moeda de troca, então eu não tive muita escolha. Porém eu já não represento ameaça alguma, não é, Omi-kun? -Indagou ao olhar para o moreno e o mesmo acenou com a cabeça.
  -Pensei que você fosse matar ele e não transformá-lo em seu namorado... -Kuroo comentou ao lado de Kenma e bocejou.
  -Graças ao seu irmão que você não morreu. -Bokuto comentou e fez sinal para uma garçonete. -Una mais três mesas aqui, por favor. -Disse apontando para a mesa de Hinata e Kageyama.
  -Licença, mas vocês não vão se juntar a nós. Estamos comemorando nosso aniversário e não queremos vocês aqui. -Tobio disse ríspido e Oikawa bateu de leve em suas costas.
  -Não seja tímido, Tobio-chan! Vamos nos divertir! Faz tempo que não nos vemos! -Tooru falou animado e logo os garçons e ajudantes estavam arrumando as outras três mesas e cadeiras, terminando tudo rapidamente e logo os homens em pé sentaram-se.
  -Desculpe o incômodo, Tobio. -Ushijima pediu outra vez.
  -É um prazer te conhecer, ruivinho! -Tendou falou animado ao lado de Wakatoshi e estendeu a mão para Hinata, que apertou a sua como cumprimento. -Eu sou Tendou Satori, marido dele! -Disse ao apontar para Ushijima e o mesmo apenas concordou.
  -Akaashi Keiji, estou com ele. -Um moreno de olhos azuis falou ao indicar um homem alto de cabelos meio cinzas de frente para si.
  -Bokuto Koutarou. -O maior disse com um sorriso cordial.
  -Kuroo Tetsurō.
  -Kenma Kozume.
  -Oikawa Tooru!
  -Iwaizumi Hajime.
  -Ushijima Wakatoshi.
  -Sakusa Kiyoomi.
  -Atsumu Miya, mas já nos conhecemos. -Comentou com um sorriso e Kageyama rosnou, enquanto Hinata apenas o encarou na defensiva.
  -Hinata Shouyou... -Resmungou ao olhar para todos ali. -Vocês todos são...? -Indagou com receio.
  -Yakuza? Sim, somos. -Sakusa disse direto e ruivo engoliu em seco.
  -Mas não precisa se preocupar, porque somos todos amigos agora! As alianças que o Tobio fez antes de passar o posto adiante nos obrigam a manter paz. -Oikawa falou com um sorriso e uma piscadela.
  -Falando nisso... Onde está o Yuki? -Kageyama indagou curioso, pois se aquilo era uma reunião, seu sucessor deveria estar ali.
  -Ele disse que está lotado de coisas para resolver e que não poderia vir, então marcamos a reunião para outro dia e decidimos apenas jantar juntos, visto que já havíamos feito a reserva. -Kuroo disse olhando o cardápio e colocou um na frente de Kenma. -Deveria jogar menos e tratar de escolher algo para comer.
  -Não posso agora. -O menor falou afastando-se do cardápio e Tetsurō suspirou.
  -Vocês estão juntos? -Tobio indagou curioso e Kuroo sorriu.
  -É claro que estamos. Foi amor à primeira vista. -Disse orgulhoso e Kenma riu soprado enquanto jogava.
  -Nem morto que foi amor à primeira vista. Esse idiota ficou me perseguindo e insistindo igual um maníaco. -Kozume comentou sem levantar o olhar do jogo.
  -Nossa, conheço uma história parecida. -Hinata comentou e Kageyama sorriu para si.
  -Mas agora você me ama, não é? -Kuroo indagou meloso para Kenma e o menor deu de ombros. -Awn! Viram isso?? É muito amor! -Exclamou animado e abraçou o menor.
  -Ele é masoquista? -Bokuto perguntou com uma risada. -Isso não parece nem um pouco afetivo para mim. Não é, Akaashi? -Indagou com um sorriso apaixonado para cima do moreno de olhos azuis e este apenas lhe encarou com sua habitual cara de tédio.
  -Conhecendo o Kozume, posso afirmar que só pelo fato de o Tetsurō não ter levado um soco, ele realmente gosta dele. -Tobio falou um pouco impressionado e viu Kenma afundar mais o rosto no jogo.
  -Mas se formos falar de masoquistas aqui... -Oikawa disse olhando para Atsumu e sorriu malicioso. -Deve ter gostado bastante do tratamento do Kiyoomi.
  -Você não tem ideia. -Atsumu comentou sacana. -Deveria experimentar também.
  -Eu até queria, mas o Iwa-chan sempre diz não! -Tooru resmungou cabisbaixo e Hajime lhe deu um tapa na nuca. -Ai!
  -Para de falar besteira, caramba! -Iwaizumi bravejou e Tendou riu.
  -Vocês são muito escandalosos... Todo mundo está olhando, sabiam? -Kageyama falou com um suspiro pesado e olhou para Hinata, vendo-o rir com os demais.

  E não demorou muito para que Shouyou se entrosasse com os todos ali, conversando sobre coisas aleatórias e descobrindo que todos gostavam de vôlei e jogavam às vezes, perguntando se não queriam se juntar qualquer dia e jogar juntos, ao que a maioria concordou e começou a planejar algum dia para que pudessem se encontrar e jogar, e Hinata falou que também chamaria uns amigos que ele e Kageyama haviam feito no ano anterior.
  O grupo se deu estranhamente bem, especialmente Hinata e Kenma, que já haviam até trocado números de celular e o ruivo havia conseguido fazer com que o de cabelos loiros tingidos largasse finalmente o jogo. Até mesmo Atsumu conseguiu ser desculpado por Shouyou e se meteu na conversa dos dois menores, falando animadamente junto ao ruivo, enquanto Kenma era o mais controlado dos três ali. E o restante do grupo também ficou sabendo sobre como Atsumu passou de objeto de tortura a namorado de Sakusa e o loiro ficou feliz em contar com os mínimos detalhes, deixando Hinata apavorado com a parte da narração da tortura, pois Atsumu não deixou passar nada, falando até dos dedos quebrados, unhas arrancadas, costas queimadas e audição prejudicada por conta de uma perfuração no ouvido.

  -Foi horrível. Eu quase implorei para morrer. -Atsumu falou com um sorriso nostálgico e Hinata levou uma mão à boca, sentindo a comida do jantar se revirar no estômago, igual a Bokuto, Kuroo e Iwaizumi, que reclamaram da narrativa. Mas logo o loiro passou da parte da tortura e disse que, se não fosse por seu irmão gêmeo, Osamu, talvez estivesse morto, ou pior. -Ele cobrou um favor do Bokuto e o Bokuto falou com o Omi e eu fui solto. Mas, claro, eu já não estava sendo tão torturado assim, porque o Omi caiu de amores por mim depois de algumas semanas. -Disse com uma piscadela para Sakusa e o mesmo sorriu. -Até hoje não sei como você acabou devendo um favor para o Samu, aliás... -Comentou ao olhar para Bokuto.
  -Ah, não é nada demais! Teve uma noite que eu estava morrendo de vontade de comer o onigiri do seu irmão, mas o restaurante já havia fechado e eu tentei dormir ou comer outra coisa, porém a vontade não passava e só ficava maior. -Koutarou falou com um sorriso animado e coçou a nuca.
  -E ele foi até o restaurante, acordou seu irmão e implorou para ele fazer alguns onigiris para que pudesse comer. Disse "eu te dou o que quiser e fico devendo o que quiser se você me fizer alguns onigiris". E o seu irmão aceitou e disse que cobraria o favor um dia. -Akaashi falou sem ânimo e o grupo riu.
  -Você estava grávido, por acaso?! -Kuroo indagou rindo e levou as mãos ao estômago. -Ai, meu deus! Hahahaha!
  -Eu tive vontade, oras... -Bokuto resmungou com um bico e Akaashi segurou sua mão.

  E após as risadas cessarem, outro assunto entrou na mesa; a vida que Tobio estava levando agora, pois não era sempre que um líder Yakuza abandonava seu posto e ia viver uma vida normal. Na verdade, era quase impossível.

  -Então você passa o dia todo fazendo nada?! -Kuroo indagou incomodado e bateu a mão na mesa. -Sortudo!
  -Não pensa em trabalhar? -Ushijima indagou ao levar o copo de saquê aos lábios e o abaixou após beber.
  -Eu comprei ações e fiz investimentos em imóveis, além do meu complexo de apartamentos que comprei têm alguns anos. -Tobio disse despreocupado.
  -E o casamento? Quando vai ser? -Tendou perguntou para Kageyama e Hinata e o menor engasgou com o vinho que tomava.
  -Ca-ca-casamento?! -Shouyou exclamou surpreso e seu rosto ficou vermelho de repente.
  -E-ei! -Tobio reclamou também vermelho e Oikawa passou um braço por seus ombros.
  -Ah, Tobio-chan, você ainda não fez o pedido? -Tooru indagou sugestivo e o moreno corou mais.
  -Por deus, vocês são muito inconvenientes. -Iwaizumi disse negando com a cabeça e puxou Oikawa. -Desculpem por esse idiota aqui.
  -Tudo bem... -Hinata murmurou e olhou para Kageyama, pensando que ele estava muito fofo envergonhado daquele jeito, e o ruivo não pôde evitar de sorrir. "Acho que ainda posso fazer o pedido quando chegarmos em casa", pensou levando a mão ao bolso da calça e sentindo a caixinha de veludo, notando uma retribuição de sorriso do maior.

  "Não vou deixar esses idiotas me atrapalharem. Vou pedí-lo em casamento assim que chegarmos em casa", Kageyama pensou ansioso e apertou na mão a caixinha que estava em seu bolso.




















                                       ~Fim do bônus.
















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Novamente agradeço pela sua atenção e peço desculpas por qualquer erro aqui cometido.

Atraído para você - KageHinaOnde histórias criam vida. Descubra agora