06

5.9K 299 28
                                    

|| Gabriela Alcântara ||

📍 Rio de Janeiro, Vidigal, Sábado, 10:00.

Acordo com meu rosto todo babado, e escuto um resmungar, abro os olhos e vejo Júnior me olhando atento.

- Júnior: acoda mama - estica os bracinhos manhoso e eu dou um sorriso, eu tenho tanta sorte de ter um pedacinho do meu amor aqui comigo.

Pego ele e encho ele de beijos que dá risada e um gritinho no final.

Levanto com ele e tomo um banho bem demorado, aproveitando o momento só nosso, saio do banho e arrumo ele com uma t-shirt preta da adidas, um calção jeans preto, um tênis e meias brancos também da adidas e separo um boné cinza, encho ele de perfume de neném, sou viciada e deixo ele vendo desenho enquanto me arrumo.

Passo meus cremes hidratantes, meu perfume, desodorante, desembaraço meu cabelo visto uma camiseta gigante que era do Kauê, um short jeans que mal aparece, coloco um boné branco e meu Jordan no pé. Umas pulseiras e pronto, gata demais.

Desço até a cozinha, preparo a mamadeira dele e deixo ele tomando enquanto alimento os cachorros.

Sento tomar café junto com meu príncipe e decido que vou levar ele no Alemão hoje, pra ele conhecer onde eu e o pai dele vivemos e também os meninos da boca, o único que conhece ele é o cabelinho porque é dindo.

Ligo para o meu pai e convido ele pra ir junto, ele diz que tinha mesmo que ir lá resolver um problema com o Coringa, digo pra ele que só vou fechar a casa e busco ele pra irmos juntos.

Fecho a casa e cumprimento os vapores da segurança, coloco meu bebê no carro, fico admirando essa obra de arte que saiu do meu útero, todo trajadinho, gostoso demais modeusi.

Coloco uma música pra gente ir escutando e vejo que ele cochilou, paro em frente a casa do meu pai e buzino enquanto retoco a maquiagem no retrovisor.

- Trovão: bom dia minha vida - me dá um beijo na bochecha logo depois que entrou no meu carro - bom dia amor do vovô - sussurra e faz um leve carinho na mãozinha do Júnior.

- Gabriela: bom dia pai, tô pensando em almoçar na pensão que abriu por lá, conhece a dona ? - pergunto enquanto dirijo em direção a saída do Vidigal.

- Trovão: é da mãe do coringa po, gente boa demais - diz enquanto digita algo no seu celular - tava pensando em pegar uma praia amanhã filha, limpei minha ficha e do cabelinho, o que acha? - pergunta enquanto me olha atento.

Sorrio, faz um tempo que não pego uma praia, saudade de surfar.

- Gabriela: pode ser pai, vamos surfar ?! Júnior vai pra casa dos Ferreira mesmo, vou buscar ele de noite - digo concentrada no trânsito, odeio essa parte do RJ.

Ele concorda e vamos conversando sobre a organização da facção, eu sei, eu trabalho pra lei, mas porra, é meu pai, minha herança, fora que eu vivo nesse meio desde sempre.

Passo pela barreira do Alemão e eles nem param meu carro por já me conhecer, dirijo até a boca e estaciono, meu pai desce primeiro e eu desço logo atrás pegando meu filho que agora já tá acordado.

- Gabriela: bom dia gente - digo para os vapores que tão por ali, a maioria eu conheço e sorriem pra mim - trouxe meu pequeno pra conhecer os tios né - dou uma leve risada e vejo jp vir correndo

- JP: Patroa caralho, o menor tá gigante, se liga, a cara do K4, nada de ti não - faço careta mas dou um leve sorriso pra ele, eu amo o fato do Júnior ser a cara do pai.

Entre A Lei e O AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora