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|| André Oliveira ||

📍Rio de Janeiro, Alemão, Sexta-feira, 18:00.

Caminhei de um lado pro outro nervoso, tava felizão já, só com a possibilidade da doutora soltar meu irmão.

Preparei o churrasco pra chegada do menor como?! Daquele jeito né irmão, muito pagode, cerveja e casa lotada mermo, Thiago merece isso e muito mais.

Só de imaginar o sorriso do arrombado vendo tudo isso, porra, coração até acelera, felicidade do meu irmão é a minha.

Escuto um carro estacionar em frente a minha casa e saio pro lado de fora.

Meu olho enche d'água quando vejo meu mano descer do carro da doutora, ele abre um sorrisão e ajoelha no chão, tá usando um terno daqueles mais comuns.

Ajoelho na frente dele que me abraça e chora igual criança, posso escutar ele agradecendo a Deus por estar aqui agora, pela liberdade dele e não ter que aguentar mais o inferno que tava vivendo.

Levanto ainda abraçado nele.

Thiago: porra irmão, muito obrigado por isso, namoral mermo - me abraça mais forte - por não desistir de mim em nenhum momento.

André: cala boca otário - ele ri e me encara se separando do abraço - nós por nós sempre vacilão, não te deixava caído nem fodendo - fazemos um toque e ele enxerga os filhos dele.

Vejo o sorriso do mano aumentar se é possível, os menor vem correndo abraçar o pai e eu deixo eles no momento deles.

Caminho até a doutora que olha a cena sorrindo, reparo bem nela, na roupa que tá usando, incrível como essa filha da puta fica linda só de respirar.

Ela desvia o olhar do Thiago e me olha, ajoelho na frente dela e faço reverência, ela gargalha de um jeito tão gostoso que me arranca uma risada também.

Levanto e abraço ela apertado que retribui na mesma intensidade.

André: porra, sei nem por onde começar te agradecer doutora, libertou o mano em tão pouco tempo - ela deu risada e um tapinha no meu ombro enquanto se afastava - na moral mermo, tu é foda mandada.

Doutora: falei num falei?! Sou a melhor pô - ela dá um sorriso e eu retribuo - teu amigo é um cara bonzão, merecia nada ter caído do jeito covarde que caiu - eu concordo - mas relaxa mermão, vou fazer cada um pagar por o que fizeram.

Sorrio sentindo a confiança dela e fico encarando seu rosto perfeitamente desenhado, seus olhos azuis, sua boca rosada e carnuda, seu nariz fininho e arrebitado.

Sempre fico impressionado com a beleza da Gabriela, parece que cada detalhe dela foi pensando e desenhado minimamente, o jeito que ela sorri, ou como sua testa franze de leve quando fica confusa.

Me desperto dos meus pensamentos quando Thiago chega abraçando nós dois, posso escutar a Gabriela gargalhar me arrancando um riso.

Thiago: aí doutora, chega aí, vou te apresentar minhas crias - ele puxa ela pela mão e me arrasta enganchado no abraço lateral que ele não soltou - doutora, esse é o Pedro Henrique, PH pros chegados - rimos dele que puxa o moleque de 4 anos pelo braço pro colo dele - e
essa é minha princesa - pega a mãozinha da menina de 2 anos que anda engraçado ainda - Manuela, mas pode chamar de manu.

Os olhos da Gabriela brilham ao ver as crianças, acho que é algo dela mermo, é o olhar que ela lançou pros menor lá na quadra e que ela olha pro JR.

Doutora: caralho Th, os moleques são lindões, nada de tu não - ela debocha dele que gargalha fazendo careta pra ela em seguida - tem nem como brincar com isso, são tua cara pô.

Entre A Lei e O AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora