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Nós dois nunca fomos apenas amigos. Desde o primeiro momento em que o vi, eu o amei. — America Singer.



Estava dormindo quando ouço um barulho vindo da janela do meu quarto, automaticamente penso que é um ladrão querendo invadir. Me levanto devagar e procuro pelo estilete sobre a penteadeira, ao pegar ando devagar até a janela e puxo as cortinas de uma vez. O "ladrãozinho" era ninguém menos que Lucas Green, pendurado no parapeito.

— Abaixa isso por favor. — ele pede e entra no meu quarto, olho para o relógio ao lado da minha cama e vejo que ainda são duas da manhã.

— O que está fazendo aqui? — pergunto e coloco o estilete de volta no lugar em que o peguei.

— Você não me deu uma resposta ainda.

— São duas na manhã! Não poderia esperar até segunda na escola? — pergunto e Lucas nega, e então resolvo dizer logo de uma vez. — Não.

— Não?

— É surdo por acaso? Agora vai embora.

— Preciso da sua ajuda Luana, por favor pense melhor e me dê uma resposta segunda.

Lucas se aproximou de mim, tão perto que nossas respirações ficaram próximas. Começo a respirar ofegante com ele tão perto de mim assim mais uma vez, ele acariciou minhas bochechas com o polegar e agora volta a me encarar nos olhos. Aqueles olhos tão castanhos que toda vez fazem meu coração disparar, às vezes penso que sou cardíaca.

— Por favor, pense melhor. — insiste.

Empurro Lucas para longe de mim e mantenho minha palavra.

— Já disse que não.

Ele apenas concorda e vai embora.

Corro para fechar a janela e fecho os vidros da varanda, desligo a luz e volto para cama, fecho os olhos e volto a dormir.

Na segunda, tudo estava calmo demais. João não veio falar comigo quando chegou, apenas deu um aceno de longe e foi direto para sala de aula.
Elena não iria poder vim hoje, sua mãe entraria em trabalho de parto e só teria a filha mais velha para fazer companhia no hospital. Fico sentada sobre o pátio ouvindo música, quando Gabriela passa pelo grupinho de amigos do Lucas e fala alguma coisa no ouvido de um seus amigos, o garoto sorriu e Lucas não gostou e foi tirar satisfações. O garoto empurrou Lucas e Gabriela finalizou a humilhação jogando sua bebida na cabeça dele.

Fecho os olhos sentindo raiva, ela não precisava fazer isso. Abro os olhos novamente e vejo Lucas se levantar e caminhar para fora da escola, corro em sua direção e pego em sua mão.

Ele me olha sem entender.

— Às pessoas precisam acreditar que estamos transando. — digo baixinho.

Sei que vou me arrepender de ajudá-lo, mas não posso deixar que ele seja humilhado pela garota que ama. Eu também não sou nenhum tipo de monstro.

Mesmo todo enxarcado de café com leite, ele sorri, com seus olhos me observando. Ele agarra minha mão em resposta e saimos da escola juntos.

— Para onde vamos? — pergunto enquanto caminhávamos sem rumo.

— Pretendia voltar para casa — diz, e para de andar. — mas não posso voltar para casa até meus pais irem trabalhar.

— Eu já sei, vem comigo. — corro na direção ao contrária de nossas casas, até uma pequena mata perto de um terreno abandonado.

— Por que estamos aqui? Não tá vendo que é só um terreno abandonado? — Lucas pergunta enquanto corríamos ainda mais para dentro do local, passamos sobre as enormes árvores daquele lugar até finalmente chegarmos numa pequena cachoeira. Eu amava aquele lugar e quase ninguém sabia sobre ele.

Lucas parou admirado enquanto eu me sentava sobre o grama verdinha.

— Não sabia desse lugar. — ele comenta se sentando ao meu lado.

O único barulho que se podia ouvir, era das águas vaindo sobre o rio incrivelmente limpo.

— Olha só — ele aponta para o rio — tem peixes. — Lucas diz e eu caio na gargalhada.

Ficamos em silêncio apenas admirando o lugar.

— Que acha de um mergulho? — sugiro a Lucas, me levanto e começo a tirar meus sapatos.

— Não trouxe roupa de banho. — ele diz sério.

Tiro minha calça jeans e logo em seguida a blusa do uniforme da escola, e corro pulando no rio. Lucas se levantou na mesma hora apenas me observando nadar, sempre que podíamos Elena, João e eu vínhamos nadar aqui. Prometemos entre nós jamais contar desse lugar a ninguém, trouxe Lucas aqui porque algo dentro dele me diz que ele guardaria o segredo consigo.

— A água tá uma delícia. — digo gritando por causa do barulho da cachoeira.

Derrepente, Lucas dá de ombros e resolve entrar também. Ele tirou a roupa e ficou somente de boxe, não pude deixar de olhar, simplesmente fico paralisada olhando seu belo corpo musculoso. Lucas era simplesmente perfeito, Lucas tem pele clara, cabelos castanhos e olhos chocolates, castanhos que me lembram um tronco de uma árvore.

Ele chegou perto e jogou água em mim, e sem perceber começamos uma guerra de água. Nunca pensei que pudesse me divertir na companhia de Lucas Green, e nunca pensei que algum teria o traria para o meu lugar favorito.

Depois que saímos do rio e nos vestimos, Lucas me convidou para comer alguma coisa.

— Não tenho dinheiro. — digo sendo sincera.

— Eu pago relaxa. — ele diz e pega na minha mão me tirando do meu lugar para ir até alguma lanchonete.

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