Quando a gente perde alguém ele fica com a gente, pra lembrar sempre como é fácil se magoar. — The Vampire Diaries.
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Abro a primeira gaveta da cômoda como Diego havia me falado no sonho e não encontro nada, rapidamente procuro nas outras em busca de seja lá o que for e me frusto por novamente não entrar nada.
— O que você tá procurando? — Lucas surge na entrada do quarto do meu irmão e fica de pé me olhando curioso.
Foi só um sonho Luana, porque você acha que realmente teria algo na gaveta da cômoda. Fecho a gaveta e olho ao redor do quarto, meu irmão iria odiar me ver aqui, ele não gostava que ninguém entrasse no seu quarto.
— Nada. — digo e puxo Lucas para voltarmos novamente para o meu quarto.
Assim que fechamos a porta, beijo Lucas com necessidade e desejo. Eu precisava sentir algo bom, minha vida não é a mesma que a dois dias atrás. E isso já estava me cansando, não de uma maneira física, mas sim mental.
Lucas me agarrou e me puxou mais contra si intensificando nosso beijo, pulo em seu colo fazendo minhas pernas se enroscarem em sua cintura.
— Fica comigo Lua — Lucas diz comigo ainda em seus braços — as vezes sinto que você não é real.
Sorrio.
— Termine seja lá o que você tiver com a Gabriela. — digo e Lucas concordou distribuindo inúmeros beijos entre meu pescoço e minhas bochechas.
A noite não acabou como eu pretendia que acabasse, um sexo quente para fechar com chave de ouro. Invés disso, coloquei um filme no notebook e ficamos deitadinhos juntos.
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A remoção de órgãos do meu irmão estava previsto para hoje a tarde e só o que eu pensava era não querer mais pensar nisso. Resolvi voltar para escola, pelo menos eu estaria com meus amigos e no integral.
Às vezes eu amo e odeio o fato da minha escola ser semi integral, o que podia ser um saco as vezes, mas acompanhado de amigos podia ser perfeito passar o dia na escola.
Passo sobre o pátio e graças a Deus está vazio, chegar atrasada às vezes tinha seus privilégios. Me esbarro em Beatriz, ela também era do último ano e estudamos juntas no jardim da infância.
— Oi Lu — ela exclamou ao me ver.
— Oi Bea.
— Eu sinto muito pelo seu irmão, nem imagino se algo acontecesse com o Clystoff. — Beatriz às vezes era estranha, quem é que faz um comentário desses?
— Obrigada Bea — digo — não deveria esta na sala? — pergunto tentando puxar assunto.
Estamos quase na segunda aula e eu não queria entrar na minha sala, as pessoas me olhariam com pena e eu não preciso disso.
— Vou matar as duas aulas pra ficar com Bruno — ela lança uma piscadela e eu reviro os olhos — Fernanda e Denise disseram que ele estava me esperando, mas não o vejo em lugar algum. — ela diz.
— Já olhou atrás do pátio? — ela nega — então vai lá sua boba.
A história de Beatriz e Bruno era bastante engraçada porque lembrava um pouco da minha história com a Lucas, tirando a parte de que eu e Lucas somos amigos desde crianças.
Me despeço de Bea, e sigo finalmente para minha sala.Quando cruzo a porta, todos os olhares se voltaram para mim, Lucas pelo visto não imagina que eu fosse voltar hoje pois se assustou quando eu vi que ele conversava com Gabriela.
Me sento no meu lugar de sempre e tiro minhas coisas da mochila em silêncio.— Pensei que não fosse voltar tão cedo. — Helena se vira e diz para mim.
— Eu precisava — respondo tentando não parecer a menina triste que perdeu o irmão.
— Estou feliz que esteja aqui. — ela diz e se vira novamente para anotar as anotações do quadro.
— Sinto muito pelo seu irmão Luana — Algumas pessoas da sala me disseram. Embora eu quisesse muito cair em lágrimas quando tocavam no nome de Diego, eu me segurei e apenas agradecia.
Estava no meio da aula quando meu celular tocou, vejo na tela que era meu pai. Até acho estranho, ele nunca me ligava e quando achava que não era importante ele apenas mandava um SMS explicando. Atendo sentindo meu coração se acelerar.
— Oi pai. — o professor não se importou em me ver conversando no celular, João me olhava curioso junto com Helena — aconteceu algo?
— Não sei na verdade — ele ficou alguns segundos em silêncio — antes de desligarem às máquinas, os médicos notaram que seu irmão estava com uma espécie de movimentos voluntários nos dedos da mão direita.
— E o que isso quer dizer? — pergunto sentindo às lágrimas brotarem em meus olhos.
— Se for o que eles estão pensando, ouve um erro médico gravíssimo e seu irmão apenas está em coma e nunca teve morte cerebral.
Começo a chorar ali mesmo sentindo novamente os olhares sobre mim, eu não queria criar expectativas e se decepcionada mais tarde. Pela primeira vez eu torcia que tivesse sido apenas um erro médico e que meu irmão estivesse bem..
— O que foi Lua? — João pergunta tocando em mim — por que esta chorando?,
— Meu irmão, pode está vivo? — digo e começo a rir sem parar.
Eu sabia que meu irmão não ia ser deixar levar por algo tão estúpido como isso.
Era isso que eu tentava acreditar.
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Sexo Sem Compromisso
Teen FictionLuana e Lucas são vizinhos desde sempre, nunca se falaram e nunca foram amigos. Um certo dia Lucas pede um favor um pouco inusitado para Luana, que ela fingisse fazer sexo com ele sem compromisso para que sua ex acreditasse que ele já havia superado...