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Mesmo a noite mais escura vai acabar e o sol vai nascer.

♥︎

Quando o sinal finalmente tocou, vi João passar por mim e pela Elena sem dizer  nada. Entendi a sua reação ao ocorrido que toda a escola acha que sabe, não queria que ele ficasse sabendo disso assim...

— Pelo visto o João também sabe. — Elena comentou antes de entrarmos na sala.

Me sentei no lugar de sempre, Elena na mesa a minha frente e João atrás de mim, me viro para João e o vejo olhando para o nada.

— Não vai falar comigo? — pergunto e ele finalmente me encarou nos olhos sem ainda dizer uma palavra — Eu sinto muito João.

— Não — ele diz — não, você não sente.

Quando eu ia protestar, Lucas surgiu e me roubou um selinho na frente de todos da classe.

João por sua vez, pegou suas coisas e foi se sentar do outro lado da sala de aula.

— Porque fez isso? — pergunto baixo para que somente Lucas ouvisse.

— Pensei que fizesse parte do plano. — Lucas agora se sentou no lugar de João e começou a me provocar baixinho. — Sabe que se um dia quiser experimentar se sou isso mesmo na cama, você não iria se arrepender.. 

Fico em silêncio.

Embora eu tivesse uma pontinha de curiosidade, não queria ser mais uma na teia dele.

— Eu iria tirar sua calcinha bem devagar e depois que tirasse a sua calcinha iria te chupar até você me pedir para te foder toda.

Me viro para ele na mesma hora sentindo todos os meus pelos dos braços se arrepiarem.

— Estamos na escola Lucas. — o repreendo  — volta pro seu lugar.

— E daí? Nunca te surgiu a ideia de transar em público? – balanço a cabeça que não. — que pena, você iria adorar.

Lucas se levanta com sua típica cara de pau e vai para seu lugar, olho para João e nossos olhares se cruzam por alguns segundos...

Não era minha intenção magoar meu melhor amigo.

. .. ...

Estava quase dormindo quando ouvi o barulho de Lucas adentrando para dentro do meu quarto, ele pulava a janela numa facilidade incrível.

— O que faz aqui? — pergunto morrendo de sono.

A pouca iluminação do quarto dificultava que eu pudesse ver sua expressão.

— Queria experimentar uma coisa. — ele diz sério.

Lucas se aproximou de mim e tirou uma mecha de cabelo aleatória de meu rosto, tentei interpretar a expressão no rosto dele mas não conseguir. E ele se manteve em silêncio, apenas me encarando como se estivesse pedindo permissão para o que quer que ele faria  a seguir.

E sem que eu pudesse dizer mais alguma coisa, ele me beijou. Lentamente, sua mão sobe pelas minhas costas até tocar em minha nuca. Sentir os lábios deles foi como se eu pudesse fazer qualquer coisa que quisesse sem sair do lugar, e eu jamais pensei que pudesse sentir algo assim.

A língua dele está dentro da minha, me acariciando de uma maneira calma e ao mesmo tempo rígida.

Lucas começou a me guiar até a cama sem desgrudar nossas bocas, me deito sobre a cama enquanto ele não parava de me beijar sem parar.

Cacete. Estou completamente rendida por ele e por seus beijos.

Lucas agarrou minha cintura e sentir algo queimar por entre minha pernas. Agarro sua cintura com minhas pernas e o puxo para mim ainda mais, ele se pressiona em mim tão delicioso que acabo soltando um gemido por entre os beijos.

— Quer mesmo continuar? — Lucas me pergunta e sem nem pensar concordo que sim, eu estava tomada pelo desejo e pela sensação nova.

Que se foda que eu seja mais uma a ir pra cama com ele, é como diz o velho ditado: melhor se arrepender do que passar vontade.

Lucas tirou minha blusa e quando estava prestes a me beijar, meu irmão mais velho Diego entrou no quarto.

— Eu estava pensando Lua, porque não... — ele parou de falar quando me viu com Lucas no meu quarto.

— Calma, Diego. — Diego foi pra cima de Lucas e o puxou pela gola da camisa para fora da minha cama e para fora do meu quarto.

— Fique longe da minha irmã seu galinha.

Saio correndo atrás deles, meu irmão voltou a ameaçá-lo.

— Se voltar irei chamar a polícia. — e empurrou Lucas para fora de nossa casa. Diego se voltou para mim e eu tentei me cobrir, estava de sutiã, mas isso tudo era muito constrangedor. — Não era você que odiava esse cara?

Permaneço em silêncio e de cabeça baixa, eu estava com muita vergonha para encará-lo e dizer alguma coisa.

— Não vai responder? Ótimo, amanhã quando chegar da escola irá ver lindas e belas grandes na janela do seu quarto.

Diego sobe as escadas e passa por mim entrando no seu quarto. Ele adora fazer da minha vida um inferno.

.

No dia seguinte no café da manhã, Diego não me disse uma palavra. Embora eu soubesse que estava chateado, eu não poderia fazer nada, ele me pegou com uma garoto e foi horrível.

— Vai mesmo colocar as grades? — pergunto quebrando o silêncio, meu irmão mais velho me olhou sério e apenas concordou. — Não pode fazer isso!

— Eu posso e vou. — responde tomando o último gole de seu café preto e se levantando da mesa.

— Você não é o meu pai Diego, para de tomar conta da minha vida.

Meu irmão às vezes conseguia ser pior que nossos pais, por se sentir responsável por mim Diego achava que pode decidir tudo sobre minha vida.

— Você é menor de idade Luana, e aquele garoto iria se aproveitar de você se eu não tivesse entrado.

— Você é insuportável sabia.

— Eu também te amo irmãzinha, futuramente irá me agradecer por isso. — Diego pega seu capacete da moto, sua mochila e sai para trabalhar.

Ótimo.


Pego minha mochila pronta para sair também, quando abro a porta João estava do outro lado. Ele sorriu meio sério e eu também sorrir feliz por meu amigo ter dado as caras.

– podemos conversar? — ele me pergunta.

— Claro. — João entra e eu fecho a porta me voltando para ele.

— Vim me desculpar por ter sido rude ontem na escola.

— Não precisa, eu sei que fui uma cuzona com você.

João sorriu mostrando os dentes.

Não faço a mínima ideia do que ele está pensando. João nunca foi de se desculpar e muito menos falar de algo que o incomoda.

— É, eu me abro sobre meus sentimentos e alguns dias depois você me aparece aos beijos com o imbecil do Lucas.

— Não queria ter te magoado, sinto muito por isso.

— Seja o que for que você tenha com ele, termine. — João caminha até mim pegando em minhas mãos — Lucas não presta, estou te dizendo isso como seu melhor amigo.

— Eu sei me cuidar. — puxo minhas mãos das suas. — Era só isso? — pergunto e João apenas concorda.

Não queria ter sido grossa com ele, mas ele e o meu irmão acham que eu sou uma criança e que não sei cuidar de mim mesma.







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