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“Não existem pessoas ruins. Somos apenas pessoas que às vezes fazem coisas ruins.” — É assim que acaba, Colleen hoover.




A primeira aula acabou e eu e meus amigos voltamos para nossa sala, graças a Deus éramos todos da mesma turma.

Elena se senta na minha frente, eu no meio e João atrás de mim.

— Que aula é agora? — Elena me pergunta se virando para trás.

— Física — respondo abrindo o caderno para começar minhas anotações da aula.

Sempre fui muito estudiosa tirando às inúmeras brincadeiras e as faltas em algumas matérias.

O professor César chegou alguns minutos depois e começou a escrever no quadro.

Enquanto anotava, vi Lucas cochichar e um de seus amigos me olhou apontando na minha direção. Tiro o olhar rapidamente nervosa e tento voltar a escrever, mas não consigo. O que diabos eles estavam falando de mim?? Nesses anos todos, Lucas nem ao menos me mencionou ou me olhou.

Calma Luana, não deve ser nada.

Volto a escrever no caderno, mas minha mente agora está em outro lugar e não consigo mas me concentrar.

. .. ...

Ao final da aula, volto a pé como todos os dias. As vezes Elena ia comigo pra casa e na maioria das vezes eu ia sozinha apenas escutando música nos fones de ouvido.

Sinto alguém tocar em mim, viro na direção da pessoa e vejo Lucas parado ao meu lado.

— Oi Luana. — ele diz e eu rapidamente respondo.

— Como sabe meu nome?

Ele sorriu com seus dentes perfeitamente alinhados e meu coração parecia que queria pular para fora do peito.

— Nós somos da mesma turma lembra?! Eu soube que você vai dar uma festa. — diz.

Como ele sabe da festa? Por enquanto as únicas pessoas que sabem é somente Elena, João e eu.

— Sim. — respondo nervosa.

— Eu e meus amigos podemos ir? — ele perguntou se aproximando de mim, vou andando de costas até meu corpo se chocar com o muro da casa de alguém, Lucas colocou sua mão erguida sobre o muro e nossos corpos ficaram perto um do outro até demais.

Se eu o conhecesse diria que ele estar flertando comigo, mas não faço ideia de nada e nem do que ele possa esta pensando.

— Sim — respondo.

Lucas se afasta e novamente sorrir para mim.

— Te vejo esse final de semana então.

Ele se vira e começa a andar pela calçada na mesma direção que eu estava seguindo antes de ser parada pelo mesmo.

Odeio esse efeito que meu corpo teve por ele. Sempre tive um fraco por caras iguais ao Lucas, badboys sempre metidos em algum tipo de confusão.

Começo a caminhar de volta para casa, ao chegar deparo com o carro do meu pai estacionado na frente de casa. Corro rapidamente para dentro de casa igual uma criança de oito anos com saudades do pai.

— Pai. — grito ao vê-lo em pé na escada consertando a moldura da lâmpada da sala de estar.

Ele desceu as escadas na mesma hora e me abraçou.

— Que Saudades meu amor.

Como meu pai é um pintor bastante conhecido dentro e fora do nosso estado, ele vive viajando para exibição dos seus quatro em grandes e pequenas galerias de arte.

— Quando foi que chegou? Por que não ligou? Eu teria te buscado no aeroporto.

Me separo do pai e ele volta a subir na escada de volta ao que estava fazendo.

— Você estava na escola Luana e seu irmão no trabalho. — responde. — sua mãe me ligou mais cedo e disse que não poderá voltar para casa hoje.

— Mais um plantão que parece que nunca vai acabar.

— Temos que apoiá-la e torcer pelo seu sucesso.

— Eu sei pai — respondo meio triste.

Não quero que meu pai ache que estou chateada pela minha mãe está traçando o incrível destino dela. Só que às vezes acho que ela prefere ficar no trabalho do que voltar e passar uma noite com a gente.

Papai terminar de consertar a moldura da lâmpada e desce das escadas.

— O que acha de uma pizza quando seu irmão voltar do trabalho? — sugere.

Me animo um pouco.

Vou até ele novamente e o abraço, ele deposita um rápido beijo sobre minha testa.

— Obrigada por ter voltado, senti sua falta pai.

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