Quando a gente ama, a gente abre mão de tudo só pra ver a pessoa bem. Mesmo que não fosse a minha felicidade, eu estaria bem vendo você bem. — ele responde e eu aperto suas bochechas. — Nicolas, Amizade Colorida. De Gabriela Tifany.
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Elena me abraçou logo após que cheguei a escola, mesmo dizendo que eu estava bem ela continuava a perguntar se realmente estava tudo bem comigo.
— Tá bem mesmo? — ela voltou a perguntar.
— Tô ótima. — forço um sorriso.
— Seu irmão morreu, para de fingir que tá tudo bem.
— Eu tô bem. — saio andando para o pátio e vejo Beatriz do outro dia.
Ela apenas me abraçou sem dizer nada e sorriu para mim.
— Se quiser conversar você sabe onde é minha sala, e se não quiser conversar aqui nós vamos até a minha casa. — concordei. Beatriz foi a segunda pessoa depois do Lucas que realmente pareceu se preocupar comigo.
Sei que meu pai me ama, e que essa viagem repentina foi apenas uma rota de fuga. Mas eu também preciso dele e de um pouco de fuga dos meus problemas.
— Obrigada, de verdade.
— Na verdade eu não moro mais com meus pais, moro com meu marido Nicolas.
Oi?
— E o Bruno? — pergunto.
— É uma longa história, agora eu moro com o Nicolas e a família dele. — o sinal tocou indicando o início das aulas — Preciso ir, fica bem Lua.
Me despeço de Beatriz e sigo para minha sala, resolvo mudar e me sentar atrás de Lucas.
João me encarou e sussurrou algo que não entendi, apenas balancei os ombros e me virei para frente.
Todo mundo me olhou como se soubessem que meu irmão morreu, provavelmente já sabem aqui as fofocas voam. Lucas pegou sua cadeira e a colocou do lado da minha, ele depositou um beijo no meu pescoço e disse.
— Eu tava com uma ideia meio maluca na minha cabeça — Lucas começa e eu o encaro curiosa. — não, deixa pra lá.
— Agora fala.
— Não, esquece.
— Fala logo cacete. — respondo perdendo a paciência.
— O que acha de fazemos um sexo a três? — sugere, começo a rir de nervoso e Lucas me olhou sério enquanto eu ria. — qual a graça?
— Sexo a três, isso é mesmo sério?
— Ah, só queria que você experimentasse os prazeres da vida.
Nunca passou na minha cabeça fazer algo assim, porque não tentar e experimentar.
— Vamos tentar, tem alguém em mente? — pergunto.
— Chama uma amiga sua.
— E por que não chama um amigo seu?
— Amigo meu comer minha mulher? Nem pensar.
— Direitos iguais baby.
Lucas resolveu mudar de assunto sobre nossa conversinha, nosso professor de português Paulinho, nos passou um trabalho em grupo e ficou entre eu, João, Lucas, Elena e Otávio. Sempre preferir fazer tudo sozinha, mas como ultimamente eu venho odiando ficar sozinha sugerir que fizéssemos o trabalho na minha casa.
— Posso ir na frente com você amiga? — Elena me perguntou agarrando meu braço no fim da aula.
— Vai com ela Lua, eu e os meninos vamos passar no mercado para compramos um lanche. — Lucas me beijou antes de sair fazendo todos nós olharem, inclusive João que pareceu não gostar.
No caminho até minha casa, Elena e eu permanecemos em silêncio por algum tempo. Não sei em qual momento nós duas deixamos de ser próximas e de contarmos coisas uma para a outra, mas não me sinto igual antes perto dela.
— Quando foi que você e o Lucas começaram a namorar? — ela perguntou ainda agarrada ao meu braço.
— Ontem. — respondo simplesmente e Elena sorrir como se tivesse algo engraçado.
— Meio macabro isso não acha? Seu irmão morreu e ele te pede em namoro? — dou de ombro — parece que ele tá com pena de você.. — continua.
Inspiro tentando manter a calma, para não acabar falando algo grosseiro para minha amiga. Eu estava tão farta e cansada nas últimas 24h, minha mãe voltou para o seu trabalho perfeito, meu pai fugiu como se os problemas com eles também fossem desaparecer e eu? Continuo com todos os meus caquinhos, tentando juntá-los novamente.
— Eu sei que meu irmão morreu, não precisa esfregar isso na minha cara a cada conversa que a gente tiver. — me solto do braço de Elena — Lucas me ama e não importa o que você ou que qualquer outra pessoa fale, nós vamos continuar juntos.
Assim que digo, começo a caminhar apressadamente até minha casa sem esperar por Elena. Desde que nos tornamos amiga tudo sempre parece uma competição, se eu compro algo novo, ela vai lá e compra um ainda melhor.
Estou cansada e exausta.
Abro a porta e jogo minha mochila sobre o chão da sala, caminho até a cozinha a procura de algo para comer e pego as sobras da lasanha de ontem a noite. Elena se sentou sobre o sofá em silêncio e eu agradeci por isso.
— Desculpa. — ela começa. — eu só não quero que você sofra por um garoto que vai acabar te magoando no final.
— Eu sei me cuidar, mas agradeço sua preocupação.
Engulo em seco e me sento ao lado oferecendo um pouco da lasanha do meu masterchef Lucas.
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Sexo Sem Compromisso
Ficção AdolescenteLuana e Lucas são vizinhos desde sempre, nunca se falaram e nunca foram amigos. Um certo dia Lucas pede um favor um pouco inusitado para Luana, que ela fingisse fazer sexo com ele sem compromisso para que sua ex acreditasse que ele já havia superado...