Capítulo 9

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Pov Magnus 

Depois do dia tranquilo de ontem – quer dizer – depois da tarde tranquila de ontem, me sinto um pouco mais relaxado e não tão sobrecarregado quanto estava me sentindo. 

Hoje saí bem mais cedo de casa do que o normal. Não poderia me dar ao luxo de ficar em casa mais um dia. Tinha muitos casos para analisar, alguns para encerrar e reuniões para agendar.

Eu não era um advogado criminalista então raramente ia ao tribunal. Nosso advogado criminalista era Jem, e era excelente no que fazia, dificilmente perdia um caso, acontecia, mas não com frequência. 

Eu atuava como consultor jurídico. Auxiliava os clientes em todos os assuntos da área jurídica, normalmente dava apenas minha opinião ou indicava algum advogado específico na área em que iria precisar. A maioria dos casos como: direito trabalhista, tributário, empresarial e consumidor, dependendo do caso eu mesmo, resolvia. Se fosse algum direito penal, encaminha ao Jem.

Mas meu sonho ainda era ter uma área pro abono, sempre quis ajudar as pessoas que precisam e não tem como arrumar um advogado. Isso não seria possível, ainda. 

Graças ao anjo e a Izzy, o escritório estava indo muito bem, tínhamos uma quantidade boa de clientes regularmente, mas ainda não era suficiente pra ter pro abono, quem sabe mais pra frente dê certo.

Estava analisando alguns relatórios, quando ouvi a porta abrindo. 

Era Will. 

Ele estava tão lindo hoje. Will era sempre lindo, com aqueles cabelos negros bagunçado e aqueles olhos azuis brilhantes, a pele branca como a neve. E hoje estava mais arrumado que o comum. 

Não ia ficar admirando sua beleza hoje, ainda estava puto com ele. 

— Oi lindo – Ele disse, deu a volta na mesa e deixou um beijo na minha cabeça. — Não te vi hoje de manhã, saiu mais cedo? – Perguntou enquanto sentava na cadeira em frente a minha mesa. 

Sem tirar os olhos do computador respondi: 

— Sim, tinha muito trabalho a fazer. 

— Entendi. – Will disse. 

Olhando com o canto dos olhos, observei ele se levantar e ficar encarando minha estante de livros que tinha ao lado do sofá. Depois de alguns minutos em silêncio se virou na minha direção e o ouvi dizer: 

— Podemos conversar. 

— Claro Willian. Eu disse e apontei com a mão para a cadeira à minha frente para que se sentasse. 

O encarei e o vi revirar os olhos por tê-lo chamado de "Willian", ele odiava que o chamasse assim, e, sabia que quando eu o chamava por esse nome, era porque estava bravo.

— Mags… 

— Não Willian. – o interrompi, tirando os olhos do computador e olhando pra ele — Não me venha com "Mags". Eu vou falar, e você vai me escutar. – me levantei e fiquei andando pelo escritório. Will se virou na cadeira pra me observar, percebi que ficou um pouco mais pálido, como se fosse possível.  

– Eu adoro saber que você se importa comigo e não me quer mal – Eu disse andando pelo escritório e gesticulando com as mãos — Entendo a birra que você tem com o Alec, mas eu posso tomar minhas próprias decisões Will, você concordando ou não com elas. 

Quando o vi abrir a boca pra responder, o parei acenando com a mão na direção dele. Eu iria falar tudo que precisava de uma vez, e depois deixaria Will responder. 

Um Amor Inesquecível - MalecOnde histórias criam vida. Descubra agora