Capítulo 11

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Pov Magnus

Acordei com meu celular tocando no meu ouvido, droga eu odiava muito acordar cedo eu com certeza xingaria quem estivesse ligando. Estiquei meus braços ainda deitado e peguei o celular que estava do lado da minha cama, sem olhar o visor eu deslizei os dedos pela tela e atendi.

— Quem é? – Perguntei, nada agradável e educado, esperava que não fosse algum cliente.

— Bom dia pra você também querido, vejo que está de ótimo humor como sempre – Me sentei na cama no mesmo momento que ouvia aquela voz

— Sra Lightwood? – Perguntei mesmo sabendo quem era — Me desculpe, eu acabei de acordar

— Não existe nenhuma Sra Lightwood pra você, já disse que é Maryse – Ela disse com a voz doce, calma e carinhosa de sempre. — Estou te esperando na casa da Izzy, e não aceito não como resposta.

Eu estava calculando uma boa resposta pra dar e não ter que ir até lá, mas ela desligou sem me dar a chance de poder fazer isso. Não é que eu não queria vê-los, queria muito, Robert e Maryse tem sido os mais próximos de mãe e pai que eu tive depois de Charlotte, só não estou preparado para ver o Alec.

Joguei a coberta para o lado e levantei, fui ao banheiro e fiz minha higiene matinal, coloquei a primeira roupa que vi pela frente e fui pra casa da Izzy.

Eu gostava muito da Maryse e Robert, depois que Robert se aposentou e comprou a  fazenda, nós nos aproximamos muito. Íamos quase todos os fins de semana, às vezes quando tínhamos tempo ficávamos até uma semana. Maryse era uma verdadeira mãe, tratava eu, Jem e Will igual ou até melhor que Izzy.

No fundo eu sabia que ela sofria muito com a ausência do Alec, assim como todos nós, mas não tinha nada que pudéssemos fazer a respeito disso só ele mesmo, nem eu estava bem para aconselhar alguém sobre como lidar melhor com ausência, principalmente de um filho. Então eu fiz o que podia, que era sentar no grande e lindo jardim que ela mesma plantou e ficar por horas conversando sobre tudo e nada, adorava ficar conversando com Maryse.

Robert também era um grande pai pra mim, sempre me perguntando sobre meus planos futuros para o escritório, minha profissão, quando eu ia visitar Alec, ou se estava saindo com alguém. Robert chegou a me apresentar o filho de um amigo, ele era inacreditável – Woolsey Scott era péssimo – mas valeu a intenção. Depois de um tempo que ele percebeu que não tinha interesse em ninguém, desistiu. Inclusive ele foi um dos meus maiores incentivadores a terminar meu relacionamento com o Alec, curioso não?. Ele deixou claro que apoiava nosso relacionamento, mas ele não queria que eu perdesse minha juventude esperando por alguém que talvez nunca voltaria, e ele estava realmente muito certo.

Já tinham se passado quatro meses desde que eu tinha pedido um tempo a Alec, o vi algumas vezes nesse tempo, mas não chegamos a conversar. E nem era porque eu não queria, só não tínhamos assunto, nós nem nos conhecemos mais, ele é como um estranho pra mim.

Eu já estava decidido a procurar ele pra conversarmos, o que deveria ter feito há exatamente quatro meses atrás quando fui procurá-lo na casa da Izzy, eu só não sabia como falar com ele sobre isso; qual seria o momento certo, e como começaria essa conversa. Até porque a última vez que tentei fazer isso a conversa nem começou e  acabou comigo nu na sua cama, isso não poderia acontecer dessa vez,  Mas eu iria conversar com ele.

Quando eu cheguei no apartamento da Izzy a primeira coisa que vi foi Maryse correndo na minha direção e me apertando a ponto de eu nem conseguir respirar, confesso que senti saudades, fazia meses que não a via. Ela me soltou, então fui até Robert e dei um rápido abraço.

Claro que vi Alec ali, apenas acenei com a cabeça, espero que ele não tenha percebido o quão satisfatório foi vê-lo com uma camiseta toda molhada de suor.

Um Amor Inesquecível - MalecOnde histórias criam vida. Descubra agora