Hybrid - Dramione

O Boto e a Sereia

3 de dezembro de 1995

O inverno tinha chegado com uma força violenta, cobrindo os terrenos de Hogwarts com uma camada generosa de neve. Quase nenhum aluno se arriscava em passear na área externa do castelo, pois o frio em conjunto com a ventania deixavam o clima tão gélido que nem mesmo os feitiços e amuletos de aquecimento eram o suficiente.

Naquela manhã de domingo o Jovem Malfoy sentiu a necessidade de deixar o conforto do castelo. Ele ansiava por um pouco de liberdade, um pouco de ar fresco e sentir o vento contra o seu rosto. Ignorando os avisos dos seus colegas que o tempo não estava propício, ele agarrou sua vassoura e foi voar nos terrenos do castelo.

Enquanto sobrevoava a floresta negra, ele percebeu um ponto negro que manchava o branco da neve. Quem seria louco o suficiente para caminhar sozinho num tempo tão frio? Conforme ele se aproximava, conseguiu identificar as cores da grifinória no cachecol que o aluno portava, mas não conseguiu identificar quem era. Sem querer perder a oportunidade de flagrar um grifinório fazendo algo errado, ele manteve a distância, para não ser visto.

Ele ficou surpreso ao perceber que o estudante estava indo em direção ao lago. Como o frio que estava fazendo o Lago Negro deveria estar congelado, mas a magia dos sereanos impediam. Draco ficou assustado ao perceber que um cardume de sereianos estava na superfície do lago, nadando em direção a margem. "Que merda está acontecendo?" Ele se questionou, sem entender por qual razão os sereianos estavam indo em direção a beira do lago enquanto o aluno misterioso fazia sua caminhada solitária em encontro com eles.

Quando o aluno já estava perto o suficiente da orla, Malfoy percebeu que ele estava tirando a capa, o que atiçou mais ainda a curiosidade. Assim que a capa caiu, os olhos de Malfoy se arregalaram, aquela cabeleira crespa era inconfundível. Era uma garota, a Princesa da Grifinoria. A Sangue-ruim estava aprontando algo sem Potter e Weasel, ela não estava tirando tão somente a capa, ela tinha começado a se despir.

Ele se sentiu estranho, por mais que ele quisesse saber o que ela estava aprontando, estava incomodado em observar a garota enquanto ela tirava as vestes, mesmo que não pudesse observar nada devido a distância. Mantendo uma distância segura, Draco pode ouvir a entoação de um canto enquanto Granger continuava a tirar o uniforme.

Granger caminhou em direção ao lago, completamente despida, enquanto um considerável número de sereianos estavam na margem. "Merda!" A garota estava em perigo. Por mais que ele detestasse a Sangue-ruim, ele não podia ficar apenas observando ela ser levada para o fundo do lago.

Por qual razão ela está caminhando para a morte? O canto dos sereianos não seria capaz de tirá-la de dentro do castelo. A melodia estava entoando cada vez mais forte e ainda assim ele não se sentia afetado.

Sem pensar duas vezes, ele voou em direção a orla, deixando a vassoura junto com as roupas de Granger, e correu em direção ao lago.

- Granger! - Draco gritava, na esperança de que ela voltasse, mas foi completamente ignorado.

O sonserino entrou na água e estava gelada ao ponto dele sentir a pele queimar e os ossos doerem. "GRANGER!!" ele continuava gritando enquanto tentava correr na direção dela.

O canto estava cada vez mais forte e o loiro começou a se perguntar por qual razão ele não estava sendo afetado. Algo estranho aconteceu, pois assim que a água atingiu a altura da cintura da garota, os cabelos dela se transformaram, mudando para uma textura lisa, num tom de branco azulado e eram tão longos que podiam tocar o espelho d'água.

Draco corria, mas não conseguia alcançá-la, e os Sereianos estavam cada vez mais próximos dela. "GRANGER!!!" Alguma coisa estava muito errada. O que está acontecendo aqui?