Anoiteceu e todos se reuniram perto da "cozinha" de Frypan para o jantar. O nosso cozinheiro tinha feito uma sopa de legumes, que estava simplesmente divinal.
A Clareira à noite era um sitio maravilhoso, diria até lindo. O azul negro do céu com o fogo dourado das tochas faziam daquele lugar o melhor sítio para se viver, porém esse pensamento não durava muito tempo pois lembrava-me que estávamos presos lá.
Quando terminamos de jantar dirigimo-nos à Herdade e cada um se despediu e foi ao encontro da sua cabana, digo, casa.
A casa de George tinha uma plataforma elevada com cobertores e logo pensei que aquilo seria a sua cama... estava certo.
"Fica à vontade, aquilo ali é onde vamos dormir - apontou para a tal plataforma - eu esqueci-me de uma coisa na fazenda, vou lá agora e daqui a pouco estou de volta... Podes deixar a vela acesa mesmo que adormeças até porque eu não devo mesmo demorar ok?" disse George.
"Ok." respondi enquanto despia aquelas roupas imundas e vestia outras que tinham vindo juntamente com os mantimentos. Para minha surpresa, enquanto trocava de roupa reparei em algo no meu pulso, uma tatuagem, "T.N.". Fiquei um minuto, ou até dois a olhar para aquelas estranhas letras negras cravadas no meu pulso. Não fazia ideia do que se tratava, ou o que significava, mas uma coisa era certa: era algo que jamais eu deveria esquecer.
Enfiei-me na cama, mas estava calor para dormir coberto por isso dormi só de boxer.
Acordei na manhã seguinte com George ao meu lado, dormindo ferrado. Levantei-me silenciosamente para não o acordar e notei que a vela que tinha deixado acesa estava gasta, por isso ou George chegou muito tarde ou então acabou por se esquecer de apagá-la.
Não quis pensar demasiado no assunto por isso vesti-me e fui ter à cozinha do Frypan na esperança que ele já estivesse acordado e pronto pra cozinhar para mim.
O céu estava pintado de azul e rosa, os tons do pré amanhecer, porém os muros faziam com que toda a Clareira estivesse submersa numa imensa escuridão. O ar era fresco e agradável, não se via ninguém na Clareira, provavelmente estavam todos a dormir ainda.
Frypan estava ausente da sua cozinha, portanto peguei numa maçã e fui comendo enquanto dava uma volta pela Clareira.
"Sempre e para sempre"
A voz ecoou na minha mente, desta vez com demasiada intensidade, provocando uma dor tão forte que acabei por cair ali mesmo, inconsciente.
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NEWTMAS 2: O teste do Labirinto
DiversosSegunda parte da fanfic de Newtmas. Sem memórias, Newt acorda numa espécie de elevador que o leva para um sítio novo e completamente desconhecido, a Clareira. Em breve, Newt descobrirá que existe uma memória que se recusou a ser apagada, memória ess...