Capítulo 21: Tempestade Pt.II

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A tempestade intensificou-se, fazendo-se ouvir por toda a Clareira.

"Indivíduo... A-2?" - repetiu Newt na sua mente - "O que raio significa isso?"

Newt decidiu ignorar o que tinha acabado de ouvir, supôs que Teresa estivesse confusa com toda aquela situação e que, provavelmente, não estava no seu perfeito juízo.

Thomas, momentos depois, regressou. Consigo trazia algumas sobras do que havia sido o jantar. 

"Come, apesar do seu aspecto estranho, a comida do Frypan é muito boa!" disse Thomas tentando convencer a jovem.

Teresa não disse nada, apenas aceitou a comida. E, quando terminou, disse, sorrindo:

"Tinhas razão, sabe melhor do que parece..." 

Newt, que continuava deitado ao lado de Chuck, decide levantar-se. 

Durante um momento, Newt olhou para Thomas e Teresa. Memórias do passado invadiam a sua mente. O rapaz achou melhor fingir que nunca a tinha visto pois a jovem já parecia estar confusa o suficiente.

"Sou o Newt. E tu és...?"

"Teresa."

Thomas percebeu o que o rapaz estava a fazer e permaneceu em silêncio.

"Que sítio é este?" perguntou Teresa a Newt.

"O melhor é esperares até amanhã..." respondeu.

"Mas, porquê?" interrompeu a jovem.

"Alguém te irá fazer o Passeio Guiado assim que esta tempestade terminar, e vão te explicar tudo. Não te preocupes."

"Sim, ele tem razão" disse Thomas "Mas olha, já é tarde e talvez devêssemos todos ir descansar... Hoje temos o Chuck aqui e como podes ver, não temos um sítio onde possas dormir..."

Thomas fez uma pausa, como se o seu cérebro se iluminasse. "Já sei! Porque não passas a noite na casa do Minho? Assim não ficas sozinha durante a tempestade, e o Minho é um bom rapaz, tenho a certeza que vocês vão se dar bem."

"M-Mas..."

"Está decidido! Anda comigo, vamos te buscar algumas roupas secas e ter com ele! Espero que ele esteja acordado." Thomas estava demasiado entusiasmado com aquela ideia "Newt, volto já, não adormeças antes de eu chegar!" 

Newt sorriu. Ele sabia que Teresa e Minho eram apaixonados um pelo outro, pelo menos, antes de todo aquele pesadelo começar.

Uma lágrima caiu e depois outra.

"Eles também foram separados um do outro" sussurrou, chorando, revivendo um sentimento de angústia, sentimento esse que viveu com ele durante o tempo separado de Thomas. Era insuportável.

Newt olhou para Chuck que continuava a dormir e perguntou-se como era possível uma criança daquela idade ter um sono tão pesado.

A tempestade acabou por acalmar, deixando apenas a chuva cair levemente. Newt fechou os olhos e deixava o seu corpo arrepiar-se ao som daquela chuva agora gentil.

Thomas regressou, tirou aquelas roupas ainda molhadas e deitou-se junto a Newt e Chuck. Com o gorducho entre os dois, o casal ficou por momentos, a trocar olhares doces. Nunca o calor humano soube tão bem. Ambos desejavam que aquele momento permanecesse eterno.

A manhã chegou com um raio de sol a acordar Chuck, que logo fez questão de acordar ambos.

"Bom dia!" disse o gorducho "Levantem-se logo para irmos comer! Estou cá com uma fome..."


NEWTMAS 2: O teste do LabirintoOnde histórias criam vida. Descubra agora